sábado, 31 de maio de 2008

Novas ferramentas em ALPHA

Prezados leitores,
Disponibilizei a partir do dia 29 de maio mais algumas ferramentas para que possam usufruir com maior versatilidade do conteúdo de ALPHA. Dentre essas destaco o box para assinatura de RSS feeds do blog. É só colocar seu e-mail e clicar no botão Subscribe e você receberá por correio eletrônico todas as novidades postados no nosso blog. Depois enviaremos uma mensagem para você confirmar a assinatura do feed.
Espero que gostem das novidades.
Um abraço!

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sexta-feira, 30 de maio de 2008

Conquistando sonhos




Há pouco tempo eu via as pessoas correndo feito loucos atrás de sucesso e se esquecendo de coisas simples. Não sabia muito bem explicar aos meus amigos sobre como a verdadeira realização pode ser alcançada de maneira mais simples do que é pregado pelo invisível, porém presente, mercado de trabalho.

Nas últimas semanas, ficou bastante popular o video do doutor Randy Pausch e sua aula na Carnegie-Melon. Assisti ao video no último sábado e fiquei bastante tocado pela multiplicidade de mensagem contidas na fala de Pausch. Confesso que tenho certa aversão à onda de auto-ajuda que persiste por tantos anos. E acredito que tornar-se um "guru" é a última coisa que Pausch pensou quando falou para o auditório lotado com 500 pessoas.

Pequenas coisas podem trazer mais satisfação do que objetivos vazios. Dr. Randy Pausch nos lembra que tudo que precisamos para ser feliz são nossos sonhos de criança. Prefiro não me prolongar em tentar explicar algo do qual ainda não sei. Espero que quando tiver meus filhos, eu já saiba o suficiente para ensiná-los a viver uma vida melhor.

Assista ao video acima. Vale a pena!

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quinta-feira, 29 de maio de 2008

The story of stuff: como a maneira que consumimos afeta nossa vida



O video acima fala sobre a cadeia produtiva e como a maneira que entendemos o consumo afeta diretamente o nosso futuro e o de nosso planeta. As soluções são mais simples do que imaginamos.

Acessem também http://www.storyofstuff.com/ e saiba mais sobre o video.

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quarta-feira, 28 de maio de 2008

Empresas têm dificuldade para encontrar profissionais qualificados

O acelerado ritmo do mercado não é acompanhado pelas instituições de ensino, reclamam as empresas. Na busca por profissionais que atendem às exigências mínimas para produzir competitivamente, muitas empresas estão contratando funcionários sem experiência e treinando in company ou até mesmo recontratando profissionais aposentados.

Se você quer se destacar no mercado, invista em qualificação técnica básica de acordo com a média da demanda de mercado. Porém, recomendo que faça cursos que o destaquem, antevendo futura demanda por parte do mercado de trabalho ou da área de atuação das empresas nas quais pretende trabalhar. Pode ter certeza que fazendo isso você vai turbinar seu currículo e aumentar consideravelmente suas chances de arrumar um bom emprego.

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terça-feira, 27 de maio de 2008

Pós-graduação na Alemanha

Pensando em contribuir para a qualificação de profissionais envolvidos com políticas de desenvolvimento em países como o Brasil, o DAAD, orgão de fomento à pesquisa do governo alemão, disponibiliza bolsas de estudos para diversas áreas.

Clique nos links e veja se você está dentro dos requisitos.

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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Planejando abrir seu próprio negócio? - EXTRA

Achei mais alguns links interessantes para os leitores de ALPHA que estão planejando abrir o próprio negócio.

http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/144-0-como-elaborar-um-plano-de-negocio/BIA_1440/integra_bia?

http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/integra_documento?documento=B20258C7324D109C03256D520059A36F

http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/integra_documento?documento=6AADA98C75F5AA0B03256D520059A62B

http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/planeje-sua-empresa/marketing/622-marketing/BIA_622/integra_bia?

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The Milton H. Erickson Foundation Newsletter

Já está online a nova edição do boletim da Milton H. Erickson Foundation. A edição de primavera de 2008 (v. 28, n. 1) trás: uma entrevista com Consuelo Casula, psicóloga que conheci no IV Encontro Latinoamericano de Psicoterapia Ericksoniana que ajudei a organizar na cidade de BH em 2004; apresenta o Instituto Milton H. Erickson do Rio de Janeiro; além de muitas outras notícias interessantes.

Se quiser baixar o PDF dessa edição, clique aqui.

Se quiser ler edições anteriores, é só clicar aqui.

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domingo, 25 de maio de 2008

Como montar seu currículo

O currículo é seu primeiro contato com seu potencial empregador. Volta e meia alguém me pergunta como deve formatar o currículo ou me pedem para dar uma ajudinha para dar uma repaginada no que já dispõem.

Depois de pesquisar na internet por mais de 5 anos, dei de cara com o modelo desenvolvido por Max Gehringer. Fiquei feliz por saber que usamos o mesmo modelo. Para montar um CV bacana, entre no link acima, junte as informações necessárias e confeccione seu passaporte para um potencial emprego. Lembre-se de usar linguagem clara, de ressaltar os resultados que deu para seus empregadores e falar a verdade, nada mais que a verdade.

Para cada empresa que enviar seu currículo, mude as informações de forma que elas privilegiem seu perfil para a vaga em questão. Reescreva o objetivo de acordo com a vaga para a qual pretende participar do processo seletivo.

Algumas empresas disponibilizam em seus sites uma área própria para cadastro de pessoas interessadas a fazer parte de sua equipe de colaboradores. Essa é outra opção para quem procura emprego.

Mas a melhor opção ainda é ter um bom QI. A maior parte das vagas são preenchidas por indicação. Um bom profissional de RH sempre inicia a procura por pessoas dentro de sua própria empresa; depois, pede indicações dos colaboradores; e, por último, publica em jornais, revistas e sites a vaga existente. Como anda sua rede de relacionamentos profissionais? O network é a ferramenta que melhor potencializa suas chances de sucesso na busca de uma boa posição no mercado de trabalho.

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Programa de cooperação franco-brasileiro

Ter um diploma com validade na França e no Brasil é possível. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho de Presidentes de Universidades Francesas (CPU) abriram inscrições para alunos de doutorado que queiram fazer doutorado-saduíche.

Confira a notícia no site da ABOP.

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sábado, 24 de maio de 2008

Reportagens sobre escolha profissional, mercado de trabalho e relações de trabalho no Brasil

O site Universia publicou uma série de reportagens sobre as mudanças na educação superior no país e a quantas anda o mercado de trabalho.

Vale a pena ler!

http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=15843

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ALPHA é notícia novamente

Mais uma vez ALPHA é motivo de notícia, desta vez no jornal capixaba A Tribuna na coluna Dia-a-dia em sua edição do dia 24 de maio.

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sexta-feira, 23 de maio de 2008

Quem é você?

Desculpem-me pela falha... Como saber para onde vamos se não sabemos de onde viemos e quem somos? Pois então; façamos isso agora.

Toda empresa que se comprometa com a seriedade do negócio precisa pensar sobre sua missão, sua visão e seus valores.

A missão da empresa
Todos temos uma missão e estamos aqui por alguma razão. Qual é o propósito de sua empresa? Muito mais do que uma frase bonita numa placa pregada na parede, a missão deve realmente refletir a alma da empresa.

Além do horizonte
Como você se vê no mercado? Essa é a sua visão. Se quiser pode mudar a pergunta um pouco. Que tal "Quem você quer ser quando crescer?"?

Prioridades e marcos de referência
Após olhar além, faz-se necessário prestar atenção nas placas que lhe mostram o caminho. Demarcar os valores da empresa é fundamental para lembrar tanto gestores e como colaboradores em que acreditam e como o negócio deve ser pensado.


Já indiquei para o leitor de ALPHA o tutorial do Universia. Agora, gostaria de lhes recomendar o site Plano de Negócios e o Starta. Se quiserem saber mais sobre planejamento do seu negócio caro amigo empreendedor, dê um pulinho nesses links e aproveite as informações para fazer um planejamento adequado.

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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Para quem estou vendendo?

Uma vez decidido o que vender, vale a pena voltar a atenção para quem você precisa conquistar e encantar, o seu cliente. Afinal, ele é a razão de seu negócio existir. Então, verifique para quem é o seu produto. Qual parcela da população comprará seu produto ou serviço? Detalhe ao máximo sua clientela potencial, abrangendo diversos aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos.

A segmentação, ou seja, descobrir para qual parte do mercado seu produto é oferecido pode lhe facilitar e muito. Segmentando você economiza na promoção do produto, otimiza a logística, e desenvolve um produto mais afinado com as necessidades do seu cliente.

A partir daí, você retorna ao produto e se pergunta: será que meu cliente (esse da sua segmentação) perceberá valor no meu produto? Lembre-se que você não está desenvolvendo o produto ou o serviço para você mesmo e sim para outras pessoas. Retome as perguntas sobre o produto genérico, esperado, ampliado e potencial e reflita sobre o que você tem a oferecer ao mercado.


Pesquisas de mercado e de comportamento do consumidor
É recomendável que você procure saber para quem está vendendo seu produto. Se puder, encomende pesquisas de mercado e sobre o comportamento do consumidor. Se isso for muito caro para você, leia o máximo possível sobre o macroambiente (economia, política e cultura) e procure saber sobre o mercado no qual quer entrar. Saber sobre seu cliente e como ele se comporta vai facilitar no desenvolvimento do produto, na promoção (mais em sintonia com o segmento), no treinamento da força de vendas, entre outros fatores.

Trabalhe as informações com cautela e com sabedoria. Articular as informações que obtém sobre o mercado e o cliente e torná-las conhecimento aplicável ao negócio pode ser uma vantagem competitiva estratégica. O Sistema de Informação de Marketing (SIM) agrega, organiza, armazena, processa e distribui dados pertinentes ao negócio. Através do SIM, os gestores de marketing fazem o diagnóstico e compreendem os problemas mercadológicos de forma otimizada, auziliando na tomada de decisões do negócio.

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quarta-feira, 21 de maio de 2008

O que você vai vender?

Hoje vamos iniciar nossas discussões sobre como montar um plano de negócio. Antes de qualquer coisa, é preciso saber o que você quer vender. A partir de então, criamos um plano estratégico o mais detalhado possível para evitar imprevistos e falhar por falta de atenção. Acredite, não existe idéia tão brilhante que dispense um bom planejamento.
Para descobrir o que você quer vender responda às 4 perguntas:
  1. Quero vender algo que já existe?
  2. Quero fabricar algo que alguém pede?
  3. Quero antecipar-me a algo que será pedido?
  4. Quero fabricar algo que ninguém demanda no momento, mas será valorizado pelos clientes?
  5. Quero modificar um produto existente e vendê-lo?

Depois, siga para o próximo passo: descobrir se é viável tal produto ou serviço. Para tanto, faz-se uma análise do ambiente que abrange aspectos políticos, ambientais, sociais, tecnológicos, econômicos e legais. Feito isto, você pode tomar duas ferramentas para continuar sua análise de viabilidade: a SWOT da Harvard ou as forças de Porter.

Análise SWOT

Essa ferramenta foi desenvolvida pela Harvard Business School em 1960 e ainda é pertinente quando pensamos em iniciar um novo negócio. Liste quais são suas forças (strength), suas fraquezas (weakness), suas oportunidades de mercado (oportunities) e suas ameaças (threats).

Forças de Porter

As cinco forças de Porter são: poder de barganha dos fornecedores, concorrentes atuais, novos entrantes (concorrentes potenciais), poder de barganha dos clientes, e produtos substitutos. Pense bastante sobre esses pontos, principalmente sobre produtos substitutos; hoje, a concorrência não é mais direta com outros prestadores de serviços ou fabricantes de produtos similares e sim pela renda do cliente. Os serviços de um psicólogo clínico, por exemplo, concorrem no mercado da cidade de Vitória com academias de ginástica, bares e restaurantes, entre outros. Assim, analise profundamente as variáveis do ambiente de mercado se quiser obter sucesso na sua empreitada.

Qual é o meu produto ou serviço?

Feita a análise do ambiente, é necesário pensar sobre o produto ou serviço. Responda às seguintes perguntas:

  1. O que quero oferecer ao cliente?
  2. Qual o produto genérico?
  3. Qual o produto esperado?
  4. Qual o produto ampliado?
  5. Qual o produto potencial?

Digamos que você queira oferecer ao cliente uma experiência cultural significativa através do contato com outras culturas. Seu produto genérico pode ser programas de intercâmbio para os quais você oferece a possibilidade do cliente ir para outro país e estudar um idioma numa escola. O produto esperado é montar um programa de intercâmbio que inclua passagem e o custo com as aulas de idioma, por exemplo. O ampliado seria oferecer o curso, a passagem e seguro saúde. Como potencializar um programa de intercâmbio? Fácil... ofereça o curso, a passagem, o seguro saúde, cartão telefônico, cartão de débito internacional, atividades extras (esportes e atividades culturais), e ainda preparação pré-embarque com um psicólogo.

No próximo post, abordaremos a segmentação e o desenvolvimento do produto.

Até lá!

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terça-feira, 20 de maio de 2008

Planejando abrir seu próprio negócio?

De acordo com o SEBRAE, 470.000 micro e pequenas empresas são criadas a cada ano. Elas são 99% das 5,5 milhões de empresas brasileiras e empregam 56% da força de trabalho nacional (26 milhões de trabalhadores). Infelizmente, por volta de 50% delas fecham antes de completar o segundo aniversário.

Foi pensando nisso que o Universia, montou um pequeno tutorial sobre como montar o próprio negócio. Afinal, muitos jovens, principalmente universitários, podem estar pensando em aproveitar os conhecimentos adquiridos na faculdade para por em prática novas tecnologias e aplicar seu espírito empreendedor.

Mais adiante, ao longo dessa e da próxima semana detalharemos alguns pontos sobre como o desenvolvimento de um bom planejamento de marketing pode fazer toda a diferença para seu negócio.

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segunda-feira, 19 de maio de 2008

Repensando nossas cidades

Vitória, manhã de segunda-feira, 12 de maio. Vou para o trabalho e descubro às 06h30 que os ônibus não estão circulando. Greve. Sim, greve com paralisação total. Não há ônibus na cidade e mal se vê um ou outro táxi levando um ou dois passageiros. De uns tempos para cá venho pensando sobre o processo de urbanização e o impacto nos relacionamentos. Ainda não sou pai, mas desde já quero um mundo melhor para meus filhos. Sei também que nem todos estão satisfeitos com a forma como temos planejado (ou não!) o crescimento dos centros urbanos. Minha surpresa ao chegar em casa na hora do almoço - sou um dos poucos privilegiados das grandes e médias cidades que cumprem tal ritual -, abro a revista Época Negócios e vejo uma extensa matéria justamente sobre... o futuro das áreas urbanas.

Tomei um tempo para iniciar a leitura da matéria e fui bombardeado com a fascinante informação de que logo seremos 3,5 bilhões de pessoas vivendo em cidades. Estamos diante de novos desafios que nos levam a pensar como direcionamos nosso planejamento urbanístico (se é que nossos governantes realmente se preocupam com isso). A concentração da população em áreas restritas são importantes para facilitar o crescimento econômico, cultural e científico de uma nação, mas será que o nosso planeta suportará a forma como modificamos os ecossistemas?

Mudanças constantes no setor tecnológico permitem novas formas de interação entre as pessoas, novas configurações de relacionamentos surgem e as cidades agregam uma diversidade de modos de agir e pensar enriquecedores. Mas será viável morarmos um sobre os outros (literalmente!)? Algumas organizações, governos e ONG's já refletem sobre formas de fomentar o crescimento urbano sob perspectivas com menor impacto ambiental, maior coesão social pacífica e mais amenas ao meio ambiente e à população.

Talvez precisemos pensar um pouco mais em nossa qualidade de vida, pois a forma como a urbanização age em nossa vida pode ser negativa. Apesar das grandes cidades agregarem oportunidades de acesso a educação de qualidade, atividades culturais e melhores vagas de emprego, o tempo passado parado no trânsito, a violência e a poluição infligem sobre nossas vidas retirando parte da qualidade que as vantagens acima citadas nos dá.

É isso que você quer para seu futuro? Eu prefiro um futuro melhor. Aprenda a viver de forma diferente, causando menor impacto na natureza e vivendo melhor com aqueles com os quais compartilhamos nosso planeta. Afinal, o crescimento das cidades é inevitável, mas sempre há uma solução.

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sexta-feira, 16 de maio de 2008

Evento apresenta programa de bolsas para alunos em Vitória

Nos dias 14 e 15 de maio, foram realizadas duas palestras pela World Study e seu parceiro International Doorway to Education & Athletics (IDEA) sobre programas de intercâmbio para alunos de graduação. O evento reuniu vários estudantes no Bristol Ocean Flats em Vila Velha, ES, para explicar o funcionamento desses programas e esclarecer dúvidas sobre o sistema educacional norte-americano.

O IDEA foi representado por Fran Mosca, seu Regional Development Manager, que atenciosamente apresentou a empresa e seus programas oferecidos pela World Study. A IDEA está baseada em Miami e oferece programas de bolsas em universidades americanas para cursos de graduação e pós-graduação, possibilitando a estudantes de várias partes do mundo o acesso à educação americana. Os programas do IDEA já atenderam 3000 alunos e oferece bolsas em 120 universidades espalhadas em 27 estados nos EUA. Seus programas são 100% risk-free, ou seja, todos os alunos receberão propostas de bolsa de estudos. São 15 bolsas para alunos do programa Academic, 9 para Athletic e 1 para Master.

University Athletic Program
Esse programa visa uma interação dinâmica entre estudantes e esportistas internacionais e instituições norte-americanas com o propósito de oferecer oportunidades educativas, intercâmbio cultural e esportivo. A partir disso vai ocorrer a colocação do aluno em universidades como bolsista. São avaliadas tanto suas habilidades desportivas e seu potencial acadêmico, permitindo a associação dos talentos dos alunos às necessidades dos técnicos das universidades participantes. Esse contato acontece durante 12 dias no mês de julho, quando os estudantes viajam para os EUA e são entrevistados pelas universidades, fazem teste de inglês e participam de jogos-treino para serem avaliados pelos treinadores.

Quem é esportista amador e está interessado em obter bolsas parciais ou totais de estudos em universidades americanas e em praticarem seu esporte favorito no time da universidade, essa é a sua chance. Não é preciso ter inglês fluente, porque as universidades possuem programa de ensino de inglês para os alunos. O estudante vai para os EUA, estuda inglês dentro da universidade e depois começa seu curso de graduação.

Se você joga futebol (soccer), tênis, golfe ou basquete, dê um pulo na World Study e saiba mais sobre essa oportunidade. Ah! Esse programa é para ambos os sexos, ok?

University Academic Program
O academic program tem o objetivo de ajudar estudantes internacionais qualificados a realizarem o sonho de estudar em universidades nos EUA, através da obtenção de bolsas de estudo. As bolsas são concedidas com base no potencial acadêmico do estudante, no seu desejo de compartilhar idéias e experiências com estudantes de outros países no campus universitário e as necessidades das universidades na composição de seu quadro internacional de alunos. Esses outros fatores são levados em consideração para a concessão das bolsas e são muito importantes para as universidades: as necessidades de recrutamento das instituições acadêmicas, seus objetivos de diversidade cultural (país nativo do participante), a avaliação do histórico escolar do candidato e os recursos disponibilizados pelas bolsas.

Em geral a bolsa de estudos é destinada a todo o período do curso, a menos que algo extraordinário aconteça, como por exemplo, má conduta do aluno, constante baixo rendimento nos estudos. Também não há obrigação do estudante de completar o curso universitário na instituição que o recrutou. Caso ele consiga uma oferta de bolsa melhor em outra universidade ou queira desistir, ele pode encerrar o programa.

Master Program
Se você já terminou sua graduação ou está no último ano, pode fazer um curso de pós-graduação nos EUA. O programa tem o objetivo de ajudar estudantes internacionais qualificados a realizarem o sonho de realizar seu mestrado em Universidades no USA, através da obtenção de bolsas de estudo. O objetivo do programa é ajudar estudantes internacionais qualificados a realizarem o sonho de realizar seu mestrado em universidades americanas, através da obtenção de bolsas de estudo. Outros fatores são levados em consideração para a concessão das bolsas tais como: as necessidades de recrutamento das instituições acadêmicas, seus objetivos de diversidade cultural, a avaliação do histórico escolar do aluno e os recursos disponibilizados pelas bolsas.

Geralmente, a bolsa de estudos é destinada a todo o período do curso, a menos que o estudante não cumpra com as exigências de manter o rendimento nos estudos e bom comportamento. Nesse programa também não há obrigação do estudante de completar o curso na instituição que o recrutou. Se você conseguir uma oferta de bolsa melhor em outra instituição ou queira desistir, você perde a bolsa na universidade que estiver cursando seu Master.
Não é necessária fluência em inglês. O TOEFL é obrigatório, porém, caso o estudante não atinja a média exigida pela universidade, ele fará um curso de ESL (English as a Second Language).

E aí? O que tá esperando?

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quinta-feira, 15 de maio de 2008

Procurando informações para turbinar seu currículo e dar um gás na sua carreira?!?

Se você procura informações sobre ensino superior, bolsas de estudos, intercâmbio acadêmico e tecnológico, o site Universia, iniciativa apoiada pelo banco Santander, é o lugar certo para buscar informações. Dê um pulo e lá e depois me conte o quanto as informações disponíveis são boas.

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quarta-feira, 14 de maio de 2008

Escola brasileira figura entre as grandes


Segundo ranking elaborado pela Financial Times e noticiado pela revista Exame, a Fundação Dom Cabral de Minas Gerais é top 20 entre as escolas de negócios em todo o mundo. Ela aparece em 16o. lugar e é considerada entre as 10 mais em quesitos como: preparação do conteúdo; desenho do curso; qualidade dos participantes; follow-up; infra-estrutura; localização; e parcerias. O único quesito "deficiente" da FDC foi a ausência de palestrantes e participantes internacionais nos cursos, que a coloca quanto a esse item em 43o. lugar.

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terça-feira, 13 de maio de 2008

Meu contato profissional


Se quiser conhecer meu currículo, clique na figura.

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segunda-feira, 12 de maio de 2008

VII Semana de Administração, Comércio Exterior, Economia e Contabilidade


Começou nesta segunda-feira (12/5), em São Paulo, a VII Semana de Administração, Comércio Exterior, Economia e Contabilidade, co-realizada por Época NEGÓCIOS. O evento acadêmico acontece de 12 a 16 de maio, nas dependências da Universidade Presbiteriana Mackenzie. No total, serão 29 palestras distribuídas ao longo dos 5 dias, pela manhã e à noite, relacionadas ao tema “Carreira – Oportunidades e desafios”. O ciclo de palestras no turno da manhã é das 9 às 10:30 e à noite das 19:30 às 21 horas. À tarde e no início da noite ocorrem workshops cujo os temas vão desde “como negociar com o oriente médio” até como se comportar em uma dinâmica de grupo. Para se inscrever, clique aqui.



Fonte: Época Negócios

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domingo, 11 de maio de 2008

Intercâmbio urbano

Ontem tive uma oportunidade rara em minha vida e estou muito feliz por isso. Fui ao Centro para conhecer minha própria cidade. Às vezes pensamos que para conhecer o mundo e expandir nossos horizontes devemos ir para outros países, visitar lugares mais "desenvolvidos", e, infelizmente, nos esquecemos de nossa cidade. Conhecer a História de seu próprio povo é saber de onde viemos e isso é um diferencial para escolher para onde vamos.

Foi pensando nisso que a Prefeitura de Vitória desenvolveu junto à Companhia de Desenvolvimento de Vitória, ao IPHAN (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e ao Instituto Goia, dentre outros parceiros, o Projeto Visitar. O objetivo é integrar a História ao processo de crescimento da cidade, que passo por um momento de revitalização do Centro. O projeto Visitar visa estabelecer rotas turísticas urbanas que recobrem as memórias e valorizem nossas origens.

São 29 destinos do circuito pertencentes a dois roteiros: Vitória, de vila a cidade; e, De Caramurus e Peroás. Os turistas podem visitar igrejas, praças, monumentos históricos e aprender sobre os cinco séculos de Vitória. Cinco locações (Catedral Metropolitana, Igreja do Rosário, Igreja do Carmo, Igreja de São Franciso e Igreja de São Gonçalo) possuem monitores de terça-feira a domingo de 9:00 às 17:00 que dão explicações sobre o local e curiosidades.

Se você quiser fazer os dois roteiros com guias a Prefeitura disponibiliza o serviço gratuitamente. Basta ligar para (27) 3315-5540 e marcar seu grupo. Os agendamentos são para os dias de sábado e domingo.

Aproveite! Antes de querer conhecer o mundo, que tal conhecer a sua casa!?

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Canadá tem novas regras para imigração de profissionais qualificados


O Canadá aprovou nova lei que regulamenta a imigração de profissionais qualificados. Agora, profissionais que fazem curso de pós-graduação em instituições canadenses podem requerer visto para trabalho por 3 anos.


Caso você queira tirar um visto de trabalho e depois um visto permanente para esse país, essa é uma boa opção para se qualificar e obter pontos com o governo e a autoridade de imigração do Canadá.

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sábado, 10 de maio de 2008

Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - Bibliografia para os cientistas de plantão

BERGAMINI, C. W. A difícil administração das motivações. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 38, n. 1, jan./mar. 1998, p. 6-17.

BOCK, S. D. Orientação profissional: a abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2002, 188p.
CARNOY, M. A educação na América Latina está preparando sua força de trabalho para as economias do século XXI?. Brasília: UNESCO Brasil, 2004, 130p.

CHIAVENATO, I. Recursos humanos. Edição compacta. São Paulo: Atlas, 2000.

CODO, W. Qualidade, participação e saúde mental: muitos impasses e algumas saídas para o trabalho no final do século. In: DAVEL, E.P.B., VASCONCELOS, J.G.M. (org.). Recursos humanos e subjetividade. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 129-157.

COHENDOZ, M. (1999). Identidad joven y consume: la globalización se vê por MTV. Revista Latina de Comunicación Social 22. Disponível em: http://ull.es/publicaciones/latina/a1999coc/35mtv.html.

COUTINHO, M.C. Subjetividade e trabalho. In: LUCCHIARI, D.H.P.S. (org.). Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 2003, p. 117-122.

DRUCKER, P. Peter Drucker na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

EHRLICH, I. F., CASTRO, F. de, SOARES, D. H. P. Orientação Profissional: liberdade e determinantes da escolha profissional. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, n. 28, out. 2000, p. 61-79.

FERRETTI, C. Uma nova proposta de orientação profissional. São Paulo: Cortez, 1997.

FREITAG, B. Política social e educação. Em aberto, Brasília, v. 4, n. 27, jul./set. 1985, p. 1-15.

GAREGA, S. Las adolescentes del polimodal en la modernidad líquida: una mirada para comprender a los jóvenes de hoy. Aprendizaje Hoy v. 59, 2004, p. 7-19.

ILO – International Labor Organization. Learning and training for work in the knowledge society. Geneva: International Labour Office, 2002, 116p.

ISRAELSEN, L.D.; RATLIFF, R.L.; SKOUSEN, C.R.; SCHEUING, E.E. A brief introduction to relationship economics. In: GARCIA, A. (org.). Personal relationships – international studies. Vitória: UFES/NIERI, 2006, p. 5-20.

LASSANCE, M.C., SPARTA, M. A orientação profissional e as transformações no mundo do trabalho. Revista Brasileira de Orientação Profissional, São Paulo, v. 4, n. 1-2, p. 13-19, 2003.

LISBOA, M. D. Orientação profissional e mundo do trabalho: reflexões sobre uma nova proposta frente a um novo cenário. In: LEVENFUS, R. S., SOARES, D. H .P. (org.). Orientação vocacional ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002, p. 33-49.

MAROCHI, M. L. G. Considerações sobre modelos de produção e a psicologia do trabalho. Revista da FAE, Curitiba, v. 5, n.41, jan./abr. 2002, p. 15-28.

MENEGASSO, M. E. O declínio do emprego e a ascensão da empregabilidade: um protótipo para promover a empregabilidade na empresa pública do setor bancário. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção. Tese de doutorado não publicada. Universidade Federal de Santa Catarina, dezembro de 1998. Disponível em: . Acesso em: 04 jul. 2004.

MORIN, E. M. Os sentidos do trabalho. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 3, jul./ set. 2001, p. 8-19.

MYERS, R. A., JORDAAN, J. P. Las diferencias individuales y el mundo del trabajo. In: BOHN, M. J. et al. Educacion, vocacion y ocupacion. Buenos Aires: Paidos, 1975, p. 11-71.

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PIMENTA, S. G., KAWASHITA, N. Orientação profissional: um diagnóstico emancipador. São Paulo: Loyola, 1991, 52p.

PRADO FILHO, K. Escolha profissional e atualidade do mercado de trabalho. In: LUCCHIARI, D. H. P. S. (org.). Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 2003, p. 109-122.

SCHEIN, E. H. Career anchors revisited: implications for career development in the 21st century. Academy of Management Executive, v. 10, n. 4, 1996, p. 80-88.

SHAW, M. Review - Jan Aart Scholte: Globalization. A critical introduction. Milleneum Journal of international studies, 2001. Disponível em: . Acesso em: 14 jul. 2004.

SOARES, D. H. P. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2002, p. 197.

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Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - PARTE III

Novos paradigmas de produção e novas formas de organização do trabalho surgiram, colocando de lado sistemas fordista-tayloristas de produção em massa em favor à customização máxima e o Just-in-case. A implantação de equipes de trabalho, a gestão e garantia da qualidade da produção se tornaram realidade tanto no produto final, como no seu processo de fabricação e/ou concepção. Entretanto, em muitas empresas ainda se mantém a relação hierárquica tradicional. O modelo de produção permanece tecnocêntrico.

Eis que surge na virada do século uma nova sociedade e, juntamente com ela, um novo paradigma. Hoje, exige-se maior qualificação e envolvimento do trabalhador por um fato nem tanto óbvio a muitos gestores: de todos os capitais alocados na empresa, o único que pode fazer todos funcionarem de forma competitiva e sustentável é o capital humano.

O gerenciamento dos relacionamentos entre os agentes econômicos, e aqui incluímos também os colaboradores e seu nível motivacional, pode repercutir de forma significativa na redução dos custos de transação no mercado (ISRAELSEN; RATLIFF; SKOUSEN; SCHEUING, 2006). Um bom gestor deve estar ciente de que a organização deve investir na especialização da informação de seus bancos de dados e na extrapolação dessas em conhecimento. Para tanto, afirma DRUCKER (2004), os profissionais executores nessas tarefas devem se auto-gerenciar. E é exatamente aí que a motivação (ambas, interna e estimulada pelo gestor) começa a trabalhar. Um profissional envolvido com os projetos pelos é responsável e comprometido com a missão da empresa renderá muito mais lucro para si mesmo, para a sociedade e para a organização, visto que poderá realizar-se em diferentes esferas: a) ética – ao auxiliar ao próximo e devolver à sociedade o investimento feito nele; b) estética – almejando à beleza; c) intelectual – na superação científica e busca da verdade; e, d) espiritual – na procura da unidade. Visto o trabalho corresponder a uma produção também subjetiva, a motivação e a satisfação da pessoa no ambiente de trabalho desdobram-se em potencialidades positivas além da simples produção de produtos e prestação de serviços.

Se as corporações insistirem em contratar mão-de-obra altamente qualificada e investir no seu aperfeiçoamento contínuo sem despertar para a necessidade da gestão desse conhecimento produzido e da motivação, ou estará contribuindo para a concorrência – uma vez que preparará o colaborador para uma empresa que o valoriza e aproveita sua capacidade produtiva –, ou pecará por não aproveitar o investimento feito junto a seus funcionários. Afinal, toda organização é constituída de pessoas e seu sucesso depende diretamente delas (CHIAVENATO, 2000).

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sexta-feira, 9 de maio de 2008

Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - PARTE II

MENEGASSO (1998) coloca que até meados da década de 1970, o emprego estava associado à estabilidade, previsibilidade e certeza; com as mudanças imprimidas pelos avanços tecnológicos, grande parte dos empregos migrou do setor secundário para o terciário. Segundo Brief e Nord[1] (citado por MORIN, 2001), o trabalho possui variados significados, mas diversos autores concordam que ele é uma atividade que tem um objetivo. Ele pode ser ou não associado com trocas econômicas ou conformado formalmente num emprego. Esse para MORIN (p. 12) trata-se da ocupação de uma pessoa, correspondendo ao conjunto de atividades remuneradas em um sistema organizado economicamente.

Fenômeno capitalista, o emprego não é necessariamente parte integrante da vida; entretanto, o trabalho é fator de extrema importância. Transformando e significando a natureza, o homem produz o necessário a sua existência através do trabalho (PIMENTA; KAWASHITA, 1991; FERRETTI, 1997; CODO, 2000; SOARES, 2002; COUTINHO, 2003). O trabalho tem um papel mediador entre os mundos subjetivo e objetivo para a construção da subjetividade na apreensão e significação da realidade concreta num processo dialético e sócio-histórico (FERRETTI, 1997; EHRLICH; CASTRO; SOARES, 2000). O qual o trabalho e as profissões são significados através de uma construção histórica (MYERS; JORDAAN, 1975; BOCK, 2002)– na história da humanidade e para cada indivíduo. Enfim, o trabalho constitui-se produção de bens – tanto materiais quanto simbólicos –, com um determinado fim, necessários a existência humana. O trabalho só existe em função do homem e para o homem (SOARES, 2002). Já o emprego designa uma atividade parte de um sistema organizado economicamente e na troca de força de trabalho por salário.

Começa uma nova era, na qual o emprego para a vida toda é uma raridade. As carreiras tornam-se não-lineares, e, às vezes, várias mudanças acontecerão na carreira, senão mudanças de carreiras. O indivíduo está se tornando o arquiteto responsável pelo desenvolvimento de suas habilidades. Diversos fatores concorrem para esse crescimento da ênfase no indivíduo (ILO, 2002): na economia atual, houve um deslocamento da importância das vantagens comparativas tradicionais para o capital intelectual e os recursos humanos; a educação passou da orientação dada pelo professor, da educação passiva, na qual era importante absorver informações, para uma modalidade cujo fator primordial é o desenvolvimento de habilidades que possibilitem a aprendizagem continuada tanto para a vida pessoal como para a profissional e que dê competências para o indivíduo saiba utilizar as informações adequadamente; as TICs, principalmente as baseadas em tecnologias de internet, oferecem grandes oportunidades para as pessoas.

O mercado de trabalho migrou de um paradigma baseado no emprego para um sustentado no conceito de empregabilidade, ou seja, um cenário no qual o trabalhador possui um conjunto de capacidades e características pessoais que levam a pessoa a conseguir empregar-se com mais facilidade que outras (SOARES, 2002). A concepção de formação técnica foi superada pela gestão da criatividade, do conhecimento e do potencial inovador do trabalhador. Logo, as experiências nos mais diferentes tipos de atividades também são levadas em consideração de forma extremamente positiva.

MAROCHI (2002) aponta um levantamento feito por Lima[2] sobre características exigidas do novo trabalhador sob influência do modelo toyotista. Abaixo seguem algumas delas como exemplo:
1) ser altamente competitivo e, ao mesmo tempo, altamente cooperativo;
2) ser muito individualista e, amo mesmo tempo, capaz de trabalhar em equipe;
3) capacidade para tomar iniciativa, mas também de se conformar completamente às regras ditadas pela organização;
4) flexibilidade e, ao mesmo tempo, perseverança e meticulosidade excessivo (perfeccionismo necessário à qualidade total);
5) capacidade de reagir rapidamente e de se adaptar às mudanças;
6) captar e adquirir continuamente novos conhecimentos em domínios variados;
7) ter o pensamento controlado, ou seja, pensar operatoriamente;
8) capacidade de autosuperação;
9) capacidade de comunicação, persuasão e de motivar a equipe.

Empresas de alta performance, que produzem produtos de alto valor agregado, precisam de trabalhadores autônomos, bem qualificados, criativos e de uma estruturação de trabalho baseada em equipes (ILO, 2002). A probabilidade de emprego está bastante atrelada ao acesso a educação que o indivíduo teve (tem) na sua formação. Entendemos, nesse sentido, não só anos de estudo, mas também a sua qualidade. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (ILO, 2002), a educação deve incluir o desenvolvimento de competências fundamentais para a Sociedade do Conhecimento: cidadania, habilidades sociais, capacidade para trabalhar em equipe, para identificar, analisar e resolver problemas, para aprender novas competências, “alfabetização” digital, ter ao menos uma noção de conhecimento científico e sobre tecnologia, habilidade para utilizar TICs, fluência verbal e competência para proteger a si mesmo e aos colegas no ambiente de trabalho contra doenças e riscos ocupacionais.

Os recursos humanos tornaram-se a vantagem comparativa (e estratégica) chave para o mercado internacional (WERTHEIN, 1999; NASCIMENTO, 2001; ILO, 2002; CARNOY, 2004). A gestão organizacional do conhecimento permite otimizar a produção e conceber novos produtos e serviços ao mercado consumidor. Devido ao deslocamento da importância nas vantagens comparativas tradicionais para as estratégicas, a riqueza dos países, também, se deslocam para seus recursos humanos e para o desenvolvimento sustentado de tecnologia nacional. Segundo WEICHERT FILHO (2002), nesse ponto reside a necessidade da ampliação dos investimentos em educação – opinião compartilhada pela Organização Internacional do Trabalho (ILO, 2002) e pelo Banco Mundial (WORLD BANK, 1999a; WORLD BANK, 1999b).
A educação é um desafio, que, se for dominado, pode ser usado a favor da abertura de todo um campo de oportunidades de crescimento. O papel da educação na nova ordem que se estabeleceu no processo de globalização é de extrema importância para o futuro promissor tanto do trabalhador, quanto das organizações e das nações. A maior competitividade internacional demanda flexibilidade e capacidade de inovação das organizações e da força de trabalho. A economia se desloca para as atividades produtivas que se baseiam no conhecimento humano sofisticado (ILO, 2002; CARNOY, 2004; DRUCKER, 2004). Logo, pontuamos a necessidade de políticas públicas pertinentes com o novo cenário, visto que os ganhos potencialmente altos da produção e dos serviços que se fundamentam no capital intelectual. Emerge, então, uma nova sociedade, que, além de pós-industrial, se alicerça no saber humano, no capital intelectual, a Sociedade do Conhecimento.


[1] BRIEF, A. P., NORD, W. R. Meaning of occupational work. Toronto: Lexington Books, 1990.
[2] LIMA, M.E.A. Os equívocos da excelência: as novas formas de sedução na empresa. Petrópolis: Vozes, 1996.

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quinta-feira, 8 de maio de 2008

Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - PARTE I


Neste início do século XXI, o Brasil encontra-se diante de um mercado inter(trans)nacionalizado. Muitas mudanças estruturais e conjunturais são necessárias para adequar a produção para esse novo contexto. As mudanças se tornam cada vez mais velozes e atingem não apenas o setor secundário (a indústria), mas também os setores primário e terciário da economia brasileira (MENEGASSO, 1998). No setor primário, surgem novas empresas agrícolas, muitas vezes de capital estrangeiro ou parte de um holding. No terciário, antigos estabelecimentos comerciais aperfeiçoam seus serviços e oferecem outras opções aos seus clientes. A antiga farmácia de bairro torna-se uma drugstore, algo parecido com um mini-mercado. Mais e mais shopping centers são inaugurados em diferentes regiões do país. Enfim, o panorama produtivo atual é bastante diferente daquele que encontrávamos no Brasil há vinte ou trinta anos atrás.

A alta velocidade das mudanças cria dificuldades para que as pessoas e a rede social que as integra consigam processá-las e adaptar-se a elas. O ritmo das mudanças e os efeitos do avanço tecnológico sobre a reestruturação produtiva cresceram exponencialmente nas últimas décadas, tornando o ritmo altamente acelerado e os efeitos praticamente imprevisíveis (WERTHEIN, 1999). Essas transformações não se limitam somente ao âmbito das rotinas e procedimentos inerentes às ocupações (PRADO FILHO, 2003), mas se desdobram em novas configurações no imaginário popular e na divisão de poder e status, bem como no acréscimo ou redução de oportunidades no mercado de trabalho. As exigências de mercado mudaram com as inovações tecnológicas, econômicas e sociais dos novos tempos, demandando um perfil diferente das profissões e dos trabalhadores (ILO, 2002). O século XXI aprofunda mudanças das últimas décadas do século XX. Os espaços profissionais, antes bastante delimitados, passam por uma revisão profunda que foge totalmente ao mapeamento tradicional (PRADO FILHO, 2003), levando à construção de novas formas de carreiras (SCHEIN, 1996).

As mudanças no modo de produção, nos mercados e nas tecnologias nos últimos cem anos foram certamente incríveis, entretanto, seguiram um direcionamento já estabelecido no início do século XX. A globalização ocorreu, fundamentalmente, pelo desenvolvimento das tecnologias de informação, comunicação, transporte e produção em função da microeletrônica e do aumento da automação, bem como pelo cenário social, político e econômico nos últimos trinta anos (LISBOA, 2002; LASSANCE; SPARTA, 2003). Scholte (2000, citado por SHAW, 2001) conceitua a globalização como o conjunto de transformações nas esferas social, política e econômica das últimas décadas cujos desdobramentos na geografia social são marcados pelo crescimento dos espaços supra territoriais. As principais conseqüências desse início de momento pós-industrial do capitalismo são a integração e a interdependência política e econômica cada vez maior entre os países, regiões e continentes.

Acontecimentos no outro lado do mundo podem ser acompanhados online e em tempo real. A economia globalizada permite novos avanços culturais, sociais e tecnológicos. Vemos hoje um mundo globalizado e repleto de interdependências, cuja sociedade da informação já foi superada pela sociedade do conhecimento. Nesse novo contexto do qual o adolescente é sujeito ativo, os meios de telecomunicação transmitem informação ao redor do planeta, divulgando o capitalismo e seus produtos. Com isso, percebemos mudanças de valores, nos laços sociais e nos modos de subjetivação (GAREGA, 2004; COHENDOZ, 1999).

A globalização trouxe consigo mudanças tecnológicas e no mercado financeiro, a emergência do mercado internacionalizado, competição internacional, novas estratégias de negócios e novas formas de racionalizar a produção através de novas práticas de gestão, e o aumento de investimento estrangeiro direto nos mercados nacionais. É prudente observar as mudanças com um olhar crítico, já que oferecem aos trabalhadores, organizações e países tanto oportunidades quanto desafios para os quais devem se adaptar.

WERTHEIN (1999) destaca três mudanças principais no setor produtivo: reestruturação produtiva e substituição do modelo fordista-taylorista por novos desenhos conceituais e operacionais e processos produtivos mais sistêmicos e integrados. A estrutura hierárquica das organizações torna-se mais planas, agregando a participação de todos os trabalhadores, gerindo e distribuindo a inteligência com as TICs (Tecnologias de comunicação e informação); necessidade de elevação continua da qualidade dos produtos e serviços devido à alta competitividade; maior demanda pela capacidade de adaptação a mercados em constante mutação.

As vantagens comparativas tradicionais entre países, tais como tamanho geográfico, abundância de matéria prima e recursos naturais, mão-de-obra abundante e barata, cedem lugar às vantagens comparativas estratégicas – o capital intelectual, a capacidade de processamento da informação e as telecomunicações (na forma de TICs) – aplicados às atividades humanas. Em alguns casos, os recursos naturais tornaram-se uma verdadeira “maldição” e sua má utilização a favor do crescimento chegou até a atrapalhar o desenvolvimento de países em momentos específicos (STIGLITZ, 2004).

No final do século passado e início do século XXI, as organizações brasileiras enfrentaram e ainda se deparam com um novo contexto caracterizado pela inovação tecnológica, pelos novos paradigmas de gestão, pelas mudanças profundas no campo da informação e do conhecimento e da emergente demanda por uma educação voltada para qualificar o trabalhador para o mercado de trabalho em transformação. Como o Brasil abriu suas portas recentemente para o mercado internacionalizado, muitas mudanças estruturais e conjunturais são necessárias para a adequação de nossa produção para o contexto que agora se apresenta.

Pela pluralidade de “economias” vigentes no país (SODRÉ, 1980; FREITAG, 1985), o Brasil encontra dificuldades para o ingresso nos novos espaços sócio-político e econômico da geografia globalizada. Nosso capitalismo avança devagar, aproveitando as brechas encontradas para avanços mais rápidos. Como efeito da globalização e, sobretudo, da introdução de novas TICs (tecnologias de comunicação e informação), BERGAMINI (1998) lembra que o redesenho das organizações impôs a eliminação de um grande número de cargos para aumentar as condições de produção, senão de sobrevivência das organizações. Na tentativa de se adaptar ou mesmo sobreviver num cenário tão instável, um novo perfil profissional e organizacional surge (MAROCHI, 2002). Os novos modelos desenvolvidos pela administração científica do trabalho (toyotista e volvista) buscam um paradigma mais sistêmico e integrado para entender as organizações no cenário atual – mais competitivo, complexo, flexível, ao qual autocontrole, capacidade de aprendizagem e autogestão e criatividade do trabalhador são características cruciais.

O ritmo das mudanças e os efeitos do avanço tecnológico sobre a reestruturação produtiva cresceram exponencialmente nas últimas décadas. O ciclo de mudança que levava até trinta anos para acontecer, hoje se dá em pouco mais de seis meses. As mudanças são bastante visíveis e ocorrem também nos ambientes de trabalho (MENEGASSO, 1998). Assim, as mudanças no mundo do trabalho exigem transformações no sistema de ensino, na política, na economia e no paradigma de gestão das organizações. As exigências do mercado de trabalho de capacidade para ser criativo, para lidar o com o novo, o inesperado, o imprevisível, para trabalhar em equipes e se atualizar constantemente, para julgar, discernir, intervir propor soluções e resolver problemas, vão de encontro à atual realidade educacional e administrativa brasileira. Isso exige uma mudança radical e definitiva com o paradigma predominante historicamente nas organizações de nosso país.

O capitalismo contemporâneo imprimiu profundas mudanças estruturais e culturais nas últimas décadas. Com a abertura da economia brasileira conduzida no começo da década de 1990 nos governos de Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, as organizações brasileiras não estavam preparadas para o ambiente competitivo internacional e a invasão de produtos importados com preços competitivos. As empresas precisaram se adequar à nova realidade que demandou novas formas de gestão e melhor qualificação do trabalhador, entre outros aspectos.

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Novidades em ALPHA: Sphere


Caros leitores, para incrementar nosso blog resolvi acrescentar uma nova ferramenta chamada Sphere. O objetivo é oferecer a vocês a possibilidade de ver outras páginas, sejam blogs ou sites, que estão discutindo o mesmo assunto tratado em cada post. Com isso poderemos acompanhar notícias, compartilhar opiniões diferentes sobre os assuntos discutidos e aumentar as fontes de pesquisa para cada tópico. Até o momento deste post são mais de 75.000 páginas com essa ferramenta instalada.
Espero que a nova ferramenta lhes possibilite uma nova experiência na navegação pela Web.
Para usar, basta você acrescentar o endereço do Sphere nos seus favoritos clicando sobre o link com o botão direito. Uma janela irá se abrir dizendo que um programa está sendo instalado. Clique em OK. Depois, sempre que quiser saber quais links sobre o mesmo assunto existem, basta clicar em Sphere: Related content e uma janela vai se abrir com os links para outras páginas.
Abraço a todos!

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quarta-feira, 7 de maio de 2008

Brasileiros preferem a experiência: 66% dos executivos se mudariam para a Argentina sem problemas


Notícia veiculado no último dia 2 na Gazeta Mercantil emplaca um título que muito me deixa feliz: além de dinheiro, brasileiros querem outra vivência cultural. A reportagem fala sobre pesquisa realizada pela Stanton Chase International, Ibope Inteligência e Grupo Foco com executivos brasileiro. Entre os latino americanos, os argentinos, os chilenos e os mexicanos são os que mais se preocupam com a remuneração quando recebem uma proposta para trabalhar em outro país. Já os brasileiros procuram saber se vão realmente aprender algo novo no cargo, se terão desafios e, principalmente entre os jovens, se essa escolha terá impacto positivo no crescimento profissional e se facilitará a subida de cargo.

Quer ler a matéria na integra? Clique aqui.

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Novas perspectivas: globalização e política

Lendo a reportagem da revista Época sobre a China e novas configurações políticas na tarde de hoje, me lembrei que nesse ano no qual os jogos olímpicos e a turnê da tocha que roda o mundo viraram manchete também é um ano que pode significar muito mais do que imaginamos. Mais uma vez uma jovem superpotência (antigo império e jovem em seu poder capitalista) sediará os jogos que representam a união dos povos. Alguém aí se lembra de algo parecida ter acontecido anteriormente? Pois é... Eu me lembrei de uma coincidência que espero ser mera semelhança.

Em 1936, a Alemanha sob comando do Führer nazista também teve a oportunidade de se mostrar ao mundo. Calma, não quero colocar os chineses na mesma gaveta que o execrável nacional socialismo alemão. Na verdade, quero separar o joio do trigo no que tange repercussões vindouras na política internacional e refletir o que pode nos aguardar dentro em breve.

A Alemanha foi um país nascido do esforço de alguns bem intencionados pensadores que resolveram unir reinos antes separados. Para tanto, costuraram politicamente uma república, cortaram terras com um sistema logístico de dar inveja e investiram pesado em educação. Outros países asiáticos também fizeram semelhante investida no período pós II Guerra e atualmente colhem frutos maduros de tais ações, como os casos de Japão, Coréia do Sul e da tardia China. Bem... dizem que antes tarde do que nunca!

Depois de passarem pela Revolução Cultural lidera por Mao Tsé-tung que varreu do mapa intelectuais, fábricas e escolas, a população chinesa viu seus líderes se esforçarem para escrever nas páginas da História algo que fosse próprio desse imenso e diversificado país. Hoje, 32 anos após a morte do mentor de uma reviravolta fundamentalista dentro do maior país comunista, a China se apresenta como uma nação dividida entre dois mundos. Seu crescimento exponencial nas três últimas décadas levou a uma parte da população tecnologias e qualidade de vida sem igual. Parte dos chineses saíram de um estilo de vida medieval para o das grandes metrópoles em um curtíssimo espaço de tempo. A mudança nos padrões de vida chega a alarmantes 10.000 % segundo reportagem desta semana publicada em Época e anteriormente em Newsweek. Diante disso, milhões de chineses experienciam ao longo de sua vida avanços que supostamente levariam algumas gerações para serem absorvidas de forma saudável por um povo.

O que será do mundo diante deste novo cenário geopolítico?
Geralmente (palavra que aprendi logo que comecei a trabalhar na World Study), quando uma nova potência surge, a que antes estava no poder sente-se ferida e parte para o ataque. O interessante é que atualmente a crise do subprime atingiu o flanco dos EUA e ainda não temos certeza das conseqüências disto somado à queda do dólar frente várias moedas e à alta do petróleo. Previsões afirmam que o dólar deve fechar o ano em torno de R$ 1,20 e o barril de petróleo será negociado na virada de 2009 para 2010 em US$ 200. Os EUA já não estão tão fortes como alguns anos atrás e a China ainda não sabe o que fazer diante da situação de abertura dos mercados e controle ditatorial severo da circulação de informações e da governança de sua imensa população.

Os governantes chineses parecem estar atentos à necessidade de se integrar à conjuntura mundial ao invés de ir contra a maré. Por um lado, cria institutos de ensino de mandarim e cultura chinesa mundo afora; por outro, inclui no currículo escolar aulas de inglês para alunos de todos os níveis. No ano passado, o governo chinês lançou um documentário dividido em 12 episódios sobre A ascensão das Grandes Nações, no qual deixava claro que o imperialismo não é a saída correta mas sim a conquista a longo prazo a partir do fluxo dos mercados.

Os jogos olímpicos deste ano serão importantíssimos porque nos mostrarão como a potência asiática irá lidar com milhares de atletas em seu território, possíveis boicotes diplomáticos na cerimônia de abertura dos jogos e protestos sobre a questão tibetana. A forma como o Partido Comunista chinês vai gerenciar seus problemas domésticos nos a partir de agosto até o final desta década revelará qual o posicionamento desse gigante frente a um inevitável conflito. Até quando o controle será possível e como fazer uma transição pacífica? Eis a million dollars question.

Cavalos não são zebras...
Nos anos 1980 e 1990, se você listasse maravilhas do mundo moderno, milionários, empresas de sucesso e artistas com vendagem extraordinária, a maioria dos apontados ou seriam americanos ou morariam nos EUA. Hoje o cenário é bem diferente. Países emergentes possuem empresas que se destacam mundialmente (Inbev, Tata, ArcelorMittal, Petrobras, entre tantas outras), acolhem milionários que ganham com a economia globalizada e inovam em suas áreas de atuação. O domínio norte-americano, só comparável no mundo ocidental ao império romano, manteve nos últimos 20 anos incontestável e inabalável dianteira. Contudo, essa soberania global é dia-a-dia contestada. Apesar da unipolaridade política e militar com o fim da guerra fria, outros aspectos – tais como industrial, financeiro, social e cultural – revelam diferentes tipos de capitais mudando de mãos.

Analistas americanos já começaram a falar numa era “pós-EUA”. O país que na última década perdeu posições em várias listas de top 10 (você pode escolher a categoria!) já não fascina a população média de suas antigas áreas de influência. O aumento do poder político das nações, economias aquecidas em países em desenvolvimento, melhoria no poder de compra e acesso a serviços e produtos a grupos de média e baixa renda fizeram com que as pessoas voltassem mais sua atenção para questões regionais bem como para as globais. A globalização, também, produziu um movimento contrário aos produtos massificados que distribuiu num primeiro momento. Tais produtos foram absorvidos e adaptados ao gosto local. Em contrapartida, movimentos de reafirmação cultural reforçaram aspectos da identidade cultural local, num esforço de manter coesa a identidade dessas pessoas.

E eu com isso!?
Bem, o mundo já não é mais o mesmo lugar de antes. O mercado de trabalho local cedeu espaço a um que abrange qualquer profissional que tenha a qualificação necessária e que cobre menos pela mesma atividade. O dinheiro que financia a produção troca de mãos na medida da velocidade dos processadores de nossos computadores, ou seja, acelera exponencialmente de tempos em tempos.

Se nosso país não investir em políticas educacionais pertinentes, logo teremos parte de nossa população defasada na disputa por trabalho num mundo globalizado. Entretanto, nosso governo ainda parece viver da colonial exportação de commodities ao invés de investir no desenvolvimento de capital intelectual e exportação de tecnologia e serviços com alto valor agregado.

E o que eu posso fazer a respeito disso, Fábio? Se você quiser realmente estar por cima enquanto o barco navega pelo mundo, procure se preparar através de qualificação pertinente a sua área de atuação e estar disposto a se atualizar constantemente. AH!... Não é necessário aprender mandarim desesperadoramente por agora. Aprenda a falar bem sua língua pátria, o bom e velho português; se quiser, invista numa segunda língua, o que pode variar de acordo com sua área de atuação. Espere mais um pouco; talvez, daqui uns 10 anos valha a pena estudar mandarim. Caso você já domine duas línguas e trabalhe diretamente com o mercado chinês, aí sim pode estudar mandarim a vontade. Mas lembre-se, experiência no currículo vale mais do que cursos.

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domingo, 4 de maio de 2008

O mundo não é plano


Pessoas foram mortas pela Inquisição por desafiarem dogmas durante os anos das trevas, cientistas se esforçaram para provar que a Terra é redonda e que gira em torno do sol e não o contrário. Muitos anos se passaram, ocorreram duas guerras de proporções mundiais e um grande número de alunos são enviados a países estrangeiros para trocar experiências culturais e aprender que o mundo é muito maior do que imaginavam. Eu trabalho com preparação de intercambistas (eu fui um em duas oportunidades), sou orientador profissional e me não me surpreendi com o lançamento de Who's your city? de Richard Florida. Independente da metáfora topográfica que queira usar, o mundo não é como parece à primeira impressão.

A tese do autor nessa obra é bombástica. Escolher a cidade onde você mora vai fazer toda a diferença no futuro de sua vida profissional. Apesar da globalização e das facilidades que as novas tecnologias de comunicação nos proporcionam, viver em cidades que oferecem um estilo de vida estimulante, proporcionam oportunidades de crescimento pessoal, qualidade de vida e oferta de educação de ponta faz toda a diferença.

Se você tem a op0rtunidade de morar, pelo menos por um tempo, numa cidade que vai dar um gás no seu currículo e lhe acrescentar experiências de vida, aproveite a chance de mudar sua vida. Fazer um programa de intercâmbio cultural pode ser o início de tudo.

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Que saudade...

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sábado, 3 de maio de 2008

Você se lembra do Homem de Ferro?


Acabo de retornar do cinema. Assisti ao Homem de Ferro, que tomou umas boas colheradas de Biotonico Fontoura na versão cinematográfica da Marvel. Parece-me que o revival vai continuar com vários super-heróis voando e explodindo seus inimigos nas telonas. Meu caro amigo, isso é que se chama matar duas cobras com uma palada só e ainda mostrar o pau.

Os produtos para kiddults estão chegando ao mercado com força. Afinal, trabalhamos duro a semana toda e merecemos curtir um pouco nos finais de semana. Toda a lógica criada até meados desta década está dando sinais de que seus dias estão contados. Não sou futurólogo, nem crítico de cinema. Sou um entusiasta de algo que lá no fundo me dá um gostinho de esperança. (Penso eu aqui com meus botões: Vocês também pararam para pensar para onde estávamos indo? Esse não é o caminho que quero seguir...) Além de ser mais ou menos isso o fio que amarra a crise existencial do personagem principal da trama, essa temática percorre todos os personagens da Marvel, que de alguma forma se perguntam por quê as coisas são como são e como podem mudar.

É o fim onda emo e do Homem Aranha? Personagens a parte, a tendência que está ressuscitando personagens das antigas para que vai realmente levar pequenos e grandes fãs de quadrinhos para as salas de cinema. Outros lançamentos ainda nos aguardam, outros prometem criar filas. Seja como for, são produtos para agradar três gerações: crianças, adolescentes e adultos.
Vá ao cinema e confira!

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sexta-feira, 2 de maio de 2008

Notícias Interpersona


A revista científica digital Interpersona publica artigos sobre relacionamento interpessoal e é editada pelo International Center for Interpersonal Relationship Research (ICIRR) baseado no Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento da Universidade Federal do Espírito Santo.

Devido à grande submissão de artigos, a partir de 2009 a revista Interpersona (An International Journal on Personal Relationships) publicará quatro números por ano, sendo dois volumes regulares e dois especiais.


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Sugestões de leitura sobre amizade para os cientistas de plantão

Adams, G., Plaut, V. C. (2003). The cultural grounding of personal relationship: friendship in North America and West African worlds. Personal Relationship, 10 (3), 333-347.
Allan, G. (1998). Friendship and the private sphere. Em: R.G. Adams e G. Allan (org.). Placing friendship in context (pp. 71-91). Cambridge: Cambridge University Press.
Bertrera, E. M. (2005). Mental health in U.S. adults: the role of positive social support and social negativity in personal relationships. Journal of Social and Personal Relationships, 22 (1), 33-48.
Chan, D.K-S., Cheng, G.H.L. (2004). A comparison of offline and online friendships qualities at different stages of relationship development. Journal of Social and Personal Relationships, 21 (3), 305-320.
Feld, S., Carter, W.C. (1998). Foci of activity as changing contexts for friendship. Em: R.G. Adams e G. Allan (org). Placing friendship in context (pp. 136-152). Cambridge: Cambridge University Press.
Garcia, A. (2005a). Relacionamento interpessoal: uma área de investigação. Em: A. Garcia (org.). Relacionamento interpessoal: olhares diversos (pp. 7-27). Vitória, ES: UFES/PPGP.
Garcia, A. (2006b). Personal relationships research in South America – An overview. Em: A. Garcia (org.). Personal relationships: international studies (pp. 78-97). Vitória, ES: UFES / Núcleo Interdisciplinar para o Estudo do Relacionamento Interpessoal.
Hinde, R. A. (1979). Towards Understanding Relationships. London: Academic Press.
Hinde, R. A. (1987). Individuals, Relationships and Culture: Links between Ethology and the Social Sciences. Cambridge: Cambridge University Press.
Hinde, R.A. (1997), Relationships: a dialectical perspective. Hove, UK: Psychology Press.
Hinde, R. A., Groebel, J.(Eds). (1991). Cooperation and Prosocial Behaviour. Cambridge: Cambridge University Press.
O’Connor, P. (1998). Women’s friendships in a post-modern world. Em: R.G. Adams e G. Allan (org.). Placing friendship in context (pp. 117-135). Cambridge: Cambridge University Press.
Pereira, F.N., Garcia, A. (2007). Amizade e escolha profissional: influência ou cooperação? Revista Brasileira de Orientação Profissional, 8(1), 71-86.
Schütze, Y. (1996). Relationships between adult children and their parents. Em: A.E. Auhagen e M. Von Salisch (org.) The diversity of human relationships (pp. 106-119). New York: Cambridge University Press.
Tsai, M.-C. (2006). Sociable resources and close relationships: intimate relatives and friends in Taiwan. Journal of Social and Personal Relationships, 23, (1), 151-169.

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Amizade e novas arquiteturas para os relacionamentos no século XXI


Hoje vou conversar com vocês sobre a amizade. Termo conhecido de todos, a amizade agrega (e congrega) pessoas das mais variadas estirpes. Eu como cientista dos relacionamentos interpessoais, tenho uma visão diferenciada dos relacionamentos. O dito popular diz que "os opostos se atraem" e "dize-me com quem andas e te direi quem és". Talvez o último nos direcione por caminhos mais afins com a realidade de nossos relacionamentos. Entretanto, cotidianamente (creio que por uma questão de comodidade) muitos reduzem a essência deve pensamento.

A sociedade tem passado por mudanças radicais desde o início da Revolução Industrial. A migração do meio rural para as cidades, a aglomeração da gente nas metrópoles e a procura por melhores condiçõees de vida e trabalho imprimem na sociedade uma nova arquitetura que aponta cada vez mais na contemporaneidade novas formas de nos relacionarmos com aqueles que nos cercam.

A necessidade de procurar por cenários mais favoráveis para viver, seja por motivos de trabalho ou outros, nos leva, às vezes, para longe de nossas famílias. Essa separação da família estimulada pela "meritocracia" moderna quebra o status da hierarquia familiar tradicional, mudando as responsabilidades frente à família para ir ao encontro da necessidade de preparação para o mercado de trabalho. Aí observamos uma migração de uma perspectiva mais coletivista ou familiar para uma perspectiva individualista fomentada pelo sistema capitalista. A famíia pode passar, assim, a um papel secundário em favorecimento da escolha pessoal e do desenvolvimento individual.

Por uma ciência dos relacionamentos interpessoais
Os estudos dos relacionamentos interpessoais abarcam hoje uma gama de abordagens teóricas muito ricas, relacionadas a diversas ciências que convergem de forma transdisciplinar para compreender esse fenômenos sociais. Quero reafirmar perante vocês minha simpatia pela viés adotado por Robert Hinde, cientista que dedicou sua vida à construção de uma ciência do relacionamento interpessoal. Hinde refere-se a uma rede de fatores que se correlacionam num sistema com múltiplos níveis, incluindo também a estrutura sócio-cultural e os fatores ambientais. Todos estes níveis afetam-se mutuamente de forma dialética. Esse autor ainda destaca a importância de se partir de uma ampla base descritiva para o estudo dos relacionamentos tendo como alvo a busca de princípios subjacentes aos aspectos observados.

Quem são nossos amigos?
As amizades sofrem a influência de diversos fatores desde o ambiente físico até a estrutura sócio-cultural. Viver em uma sociedade altamente urbanizada leva à necessidade de novos tipos de relacionamentos. Durante a adolescência, a intimidade, provida anteriormente pela família, passa cada vez mais a ser complementada pelos pares e amigos. Os amigos são, geralmente, aqueles com os quais compartilhamos certas similaridades, inclusive idade, gênero, etnia, religião, nível sócio-econômico-cultural e atividades. Essa similaridade é maior entre amigos mútuos do que entre amigos unilaterais (quando um dos indivíduos não considera o par como amigo reciprocamente) ou não amigos. Apesar de a amizade ser considerada um relacionamento voluntário, ela não deixa de fazer parte de um contexto social e cultural. As amizades não se baseiam em parentesco ou consangüineidade e o compromisso estabelecido entre as partes está enraizado na confiança, na lealdade, em atividades compartilhadas, em companheirismo e na interdependência de ambas as partes.

Além de a amizade ser social e historicamente contextualizada, ela possui algumas características fundamentais que podem ser encontradas em diferentes contextos sociais e culturais: a amizade é diádica, pessoal, informal e mútua, sustenta-se em emoção positiva, consideração, voluntariedade, apego e ausência de sexualidade exacerbada. Amigos tendem a se esforçar para providenciar apoio quando necessário. Segundo Hinde, os amigos afirmam reciprocamente suas identidades e as expectativas de confiança e de apoio são centrais nessa forma de relacionamento. Podemos listar algumas necessidades geralmente supridas por amigos: auxiliar a pessoa na manutenção de uma auto-imagem valorizada e de competência; expressar e reconhecer os atributos mais importantes do amigo; estimular a auto-elaboração positiva; ser confiável e confiante; e, cooperar e dar apoio no que se refere às necessidades cotidianas. A amizade ainda inclui auto-revelação, confiança e reciprocidade. Atividades e interações em grupo influenciam a díade e vice-versa. Além disso, as pessoas tendem a ter amizades com aqueles que lhes são similares em idade, gênero, grupo étnico, atributos físicos e preferências por atividades profissionais e recreacionais.

Amigos de fé, irmãos, camaradas
Ontem descobri duas edições de Vida Simples (outubro e novembro de 2005). Ambas com reportagens sobre amizade. E lendo esses textos na manhã de hoje me fizeram lembrar de vários queridos amigos que tenho guardados no meu coração. Amigos queridos apesar das distâncias, amigos apesar de algumas diferenças; amigos vêm e vão. Amigos porque gostamos um do outro e queremos ser amigos. A amizade é voluntária. Diante de nossos amigos podemos ser quem realmente somos e sermos compreendidos. Ter amigos faz bem para a saúde, para o coração e para a alma. Sem vocês meus queridos amigos, seria um ninguém. Obrigado por tudo que fizeram e fazem por mim. Obrigado por compartilharmos momentos memoráveis, confidências inenarráveis e emoções inexplicáveis.


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