segunda-feira, 19 de maio de 2008

Repensando nossas cidades

Vitória, manhã de segunda-feira, 12 de maio. Vou para o trabalho e descubro às 06h30 que os ônibus não estão circulando. Greve. Sim, greve com paralisação total. Não há ônibus na cidade e mal se vê um ou outro táxi levando um ou dois passageiros. De uns tempos para cá venho pensando sobre o processo de urbanização e o impacto nos relacionamentos. Ainda não sou pai, mas desde já quero um mundo melhor para meus filhos. Sei também que nem todos estão satisfeitos com a forma como temos planejado (ou não!) o crescimento dos centros urbanos. Minha surpresa ao chegar em casa na hora do almoço - sou um dos poucos privilegiados das grandes e médias cidades que cumprem tal ritual -, abro a revista Época Negócios e vejo uma extensa matéria justamente sobre... o futuro das áreas urbanas.

Tomei um tempo para iniciar a leitura da matéria e fui bombardeado com a fascinante informação de que logo seremos 3,5 bilhões de pessoas vivendo em cidades. Estamos diante de novos desafios que nos levam a pensar como direcionamos nosso planejamento urbanístico (se é que nossos governantes realmente se preocupam com isso). A concentração da população em áreas restritas são importantes para facilitar o crescimento econômico, cultural e científico de uma nação, mas será que o nosso planeta suportará a forma como modificamos os ecossistemas?

Mudanças constantes no setor tecnológico permitem novas formas de interação entre as pessoas, novas configurações de relacionamentos surgem e as cidades agregam uma diversidade de modos de agir e pensar enriquecedores. Mas será viável morarmos um sobre os outros (literalmente!)? Algumas organizações, governos e ONG's já refletem sobre formas de fomentar o crescimento urbano sob perspectivas com menor impacto ambiental, maior coesão social pacífica e mais amenas ao meio ambiente e à população.

Talvez precisemos pensar um pouco mais em nossa qualidade de vida, pois a forma como a urbanização age em nossa vida pode ser negativa. Apesar das grandes cidades agregarem oportunidades de acesso a educação de qualidade, atividades culturais e melhores vagas de emprego, o tempo passado parado no trânsito, a violência e a poluição infligem sobre nossas vidas retirando parte da qualidade que as vantagens acima citadas nos dá.

É isso que você quer para seu futuro? Eu prefiro um futuro melhor. Aprenda a viver de forma diferente, causando menor impacto na natureza e vivendo melhor com aqueles com os quais compartilhamos nosso planeta. Afinal, o crescimento das cidades é inevitável, mas sempre há uma solução.

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Um comentário:

Reyat disse...

Nice Blog! Thanks for sharing.

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