segunda-feira, 31 de maio de 2010

Zeitgeist: ampliando nossos paradigmas de forma crítica





Não estamos aqui para dizer ou desdizer qualquer coisa.
Acreditem no que quiserem, todos temos nossos valores, nossas crenças e isso faz parte da própria construção social.

Mas gostaria de chamar a atenção para um ponto importante. Nossos valores e crenças precisam ser construções baseadas na reflexão e na adesão e não no convencimento ou na alienação.

Pense sobre como você pensa o mundo, sua vida e seus relacionamento.

Zeitgeist é o termo da Filosofia que se refere ao paradigma de uma sociedade em determinado período de tempo. Esse filme critica toda a base de sustentação da cultura judaico-cristã ocidental tentando se ater a fatos e comparações históricas.

Você pode assistir no player aí de cima com no link abaixo com legendas em Português.



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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Você está se fazendo as perguntas certas?

Para finalizar a semana, gostaria de conversar com vocês um pouco sobre onde vocês querem chegar na vida. Parece um assunto esquisito para este horário em plena sexta-feira. Principalmente em nossa cultura brasileira de happy hour e dia internacional da cerveja e afins.





É uma tendência as pessoas perguntarem o que fazemos, digo sobre nosso trabalho, qual a nossa profissão e coisas do tipo.

Pessoalmente acho complicado responder tais perguntas e creio que outras pessoas também tenham essa dificuldade. Fiquei muito feliz quando li o post do Steven DeMaio sobre suas diversas atividades e como é difícil dar nomes aos bois em certos momentos.

Eu e DeMaio compartilhamos de uma característica em comum: temos mais de uma atividade profissional. Eu trabalho numa clínica psiquiátrica em meio horário, outro meio horário dando aulas no UNESC de diversas disciplinas, atendo no consultório e ainda reservo um tempo para escrever nos 3 blogs.

Sim, tudo isso faz parte de minha vida, assim como fotografia, ouvir minhas músicas favoritas, ler muitos livros, assistir filmes, viajar, correr todos os dias para cuidar da minha saúde, sair com os amigos e, claro!, dormir.

O dia tem 24 horas e precisamos fazer o achamos correto e gostar de nossas atividades. Se elas forem um fardo, o dia parece que não acaba nunca. E isso fica mais evidente quando falamos de carreira e trabalho.

Li alguns dias atrás um post do Andrew J. Hoffman no blog da HBR sobre a diferença entre vocação e emprego. Gostei muito da sua clareza e sinceridade: algumas perguntas precisam ser respondidas quando pensamos em nosso projeto de vida e na carreira.

Se você pensou em algo do tipo qual é a profissão que ganha mais e trabalha menos?, pensou errado.

Quais são seus sonhos?

Pense nisso!




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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Geisy, Uniban e a nova classe média






O episódio envolvendo a jovem Geisy, estudante da Uniban, escorraçada, humilhada, vítima de uma patrulha moral que há algum tempo não se via atuando de forma tão clara colocou algumas questões que ainda não foram debatidas.

Jovens com vestidos curtos, calças apertadas e blusas com decote não é nenhuma novidade no Brasil, e certamente que não é também em centros universitários. Aliás, é justamente nestes campis onde coisas ainda não aprovadas na sociedade em geral, como fumar maconha, e algum tempo atrás dormir e transar com o namorado e mais um amigo, acontecem.

Mas por que agora e justamente numa Faculdade tal coisa aconteceu, a humilhação da jovem Geisy? Em primeiro lugar é preciso entender que o público universitário, especialmente em instituições particulares, não é mais o mesmo de alguns anos antes. Em segundo, o discurso que vigora nestas instituições e o sentido que elas ganharam dos anos 2000 para cá.
Desde os anos 2000 que cada vez mais o discurso das faculdades deixou de ser voltado para os alunos e passou a ser dirigido para o cliente e suas demandas. As faculdades, as que deram certo do ponto de vista financeiro como a Uniban e Anhanguera, por exemplo, passaram a ser empresas com roupa de escola, muito mais do que escola com vocação de empresa.

Estas mudanças, que não são pequenas, trouxeram para dentro das faculdades outra ética, a ética do consumo. A faculdade é neste sentido apenas o entreposto entre o colegial e o diploma universitário. Isso por que a formação universitária está mais ligada ao ajeitamento de mão de obra para um mercado ávido de novas energias – não interessando exatamente a hiperqualificação – e que será o lugar onde esta mão de obra se formará de fato. Dados do MEC mostram que 80% de todos os formados em quase todas as áreas não trabalham na carreira em que se formaram. Este dado diz tudo.

Isso tudo ocorre como conseqüência da emergência de uma nova classe média vinda à existência a partir das políticas sociais e econômicas geradas no governo Lula. De um lado, formação universitária para atender a clientela mais interessada em diploma do que qualificação, de outro, uma política social e econômica geradora de oportunidades exigente de gente nova mais ou menos preparada para ascender os motores destes novos tempos.

Ora, o público formador das faculdades particulares é hoje em sua maioria esta nova classe média ascendente e ávida por oportunidades. Chegando a faculdade sem nunca terem lido um único livro, saem delas da mesma forma. Isso por que a idéia é simplesmente se apossar de um símbolo típico da velha classe média, escolaridade universitária, assim como já se apossam de outros como uma geladeira duplex, uma televisão de 42 polegadas, achocolatados, iogurtes e carro.

As faculdades, é o caso da Uniban, apenas oferecem aquilo que encontra enorme demanda – diploma. O que vimos acontecer com a Geisy é fruto de uma moral popular quase religiosa transportada das vilas, bairros, favelas e outros lugares ainda permeados por uma ética comunitária e de grupo para uma instituição universitária. Não é a Uniban que não transforma os alunos que lá estudam em pessoas abertas, arejadas e conectadas com a modernidade e as idéias iluminadas. Mas os alunos que fazem a Uniban e querem dela apenas aquilo que foram lá buscar, diploma. Os sentimentos, comportamentos, visão de mundo dos clientes da Uniban continuam os mesmos que possuíam antes de lá estudarem. A Uniban nunca se pretendeu ser uma Universidade em seu sentido literal, ela é o que ela é, uma empresa motivada por lucratividade e mais espaço no mercado, assim sendo, apenas vende o produto de alta demanda no mercado em seu entorno.

A Geisy foi vítima não do fracasso da Uniban – a Uniban é um sucesso empresarial -, mas de uma moral conservadora e reacionária que pode estar latente nesta nova classe média. Aliás, reacionarismo e conservadorismo é uma marca clássica da velha classe média brasileira.



***


Quando li este texto, não pude deixar de pensar em minha própria experiência como professor. Foi como se uma onda de realidade soltasse uma baforada em minha cara e eu ficasse embriagado pelo choque que minhas reflexões me proporcionaram.

Encontrar pessoas variadas num ambiente universitário é algo raro nesses dias. Eu, que sou novo, mais novo inclusive que alguns alunos, convivi e vivi num ambiente diferente do que encontro hoje quando vou ao trabalho. Alunos pedindo cada vez mais conteúdo simplificado e fácil de ser decorado para fazer provas. O aprendizado, a crítica e a reflexão simplesmente evaporaram. Venceu a alienação.

Fico preocupado com o país do futuro. Nosso país sempre foi o país do futuro. Como será o país onde meus filhos crescerão?

E o presente? O futuro começa agora...


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terça-feira, 25 de maio de 2010

Tecnologia cria apartamento versátil





Para o arquiteto Gary Chang, de Hong Kong, saber aproveitar o espaço de um apartamento é de extrema importância.

É muito comum que os apartamentos modernos sejam pequenos e que as pessoas se sintam desconfortáveis neles. Assim, Gary utilizou paredes que deslizam e o dono do apartamento pode modificar seu layout para adequa-lo às necessidades do dia-a-dia.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

Group Story: aplicativo ajuda a criar álbum de fotos coletivo

O aplicativo promete facilitar a criação de álbuns de fotos que contam a história de um grupo, com todos participando de sua criação e edição online.

Por Nátaly Dauer

Aqueles que possuem histórias de grupos para contar por meio de fotografias costumam achar bastante complicada a participação de todos na criação. O site Group Story pretende acabar com esse problema, permitindo que vários usuários possam participar da criação de um mesmo álbum.

As fotos remetidas ao Group Story ficam armazenas em um servidor seguro, podendo ser acessadas e editadas por todos os participantes do grupo. A partir de então, pode-se criar um álbum físico com estas fotos, escolhendo layout, cores, títulos e textos.

O site Mashable destaca que o aplicativo é ótimo para grupos de amigos, reuniões escolares e familiares, festas de empresa e conferências, criando uma maneira para que todos possam colaborar para a publicação da história do evento. O site apresenta inclusive alguns vídeos demonstrativos do programa.

O problema é que não há um álbum online, sendo o site destinado exclusivamente para a produção do álbum físico, com fotos impressas. Como a quantidade de pessoas que ainda gastam seu dinheiro com “revelação” diminui em ritmo acelerado, a idéia corre o risco de ir parar na vala comum dos projetos mirabolantes e fracassados da web. Além disso, o Group Story não possui integração nem com o Facebook nem com o Flickr, os dois maiores repositórios de fotos de usuários na rede.

Fonte: Geek


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2 Quintos dos Infernos, desobediência civil e um Brasil melhor

Recebi a mensagem abaixo pelo newsletter da BizRevolution, também recebi uma mensagem sobre os 2 quintos do Inferno de impostos que estamos pagando. Daqui a pouco viveremos numa Somália pagando impostos à la Noruega...

Falo tanto com meus alunos sobre fazermos alguma coisa a respeito de nosso país. Quem sabe o debate eleitoral pós-Copa nos ajude a refletir como construímos nossa nação.

Segue a mensagem do Ricardo:


"Mesmo votar em favor do direito não é fazer coisa alguma por ele. As coisas não mudam; nós é que mudamos." Henry David Thoreau

Querida(o) Amiga(o),

Na esquina da Rua Tuiuti com a Marginal Tietê em São Paulo você encontra uma loja que vende móveis para casas de campo, jardins e afins. À 200 metros da loja você tem a entrada principal do Parque do Piqueri em São Paulo. O parque tem 97 mil metros de área verde onde todos os dias milhares de moradores da zona leste utilizam para energizar as suas mentes e corpos. O parque como todos os espaços públicos desse Brasil tem carência de muitas coisas, falta de tudo, inclusive bancos para você sentar e apreciar a beleza do parque.

Digamos que você acordou hoje afim de ajudar o Parque do Piqueri a aumentar o seu patrimônio público. O que você poderia fazer?

Você poderia simplesmente ir até a loja que fica em frente ao parque, comprar meia dúzia de bancos de jardim e solicitar a sua instalação nas áreas mais necessitadas do Parque do Piqueri. Em poucos dias você mesmo conseguiria perceber e vivenciar o impacto que a sua pequena colaboração teria sobre a alegria dos frequentadores do parque.

Entretanto, você seria preso se tentasse instalar um banco no parque.

Você, civil, não pode fazer nada pelo espaço público sem pedir a benção de algum secretário administrador gerente de diferentes orgãos públicos.

A instalação de um simples banco em um parque da cidade tem que passar por uma comissão de alguma secretaria municipal, que vai levar a solicitação para algum escritório administrativo estadual, que vai pedir dinheiro ao governo federal para daqui a alguns anos executar a idéia e implementar os bancos no Piqueri.

O mais triste de tudo é que o dinheiro que o governo federal libera para as cidades não foi gerado pelo governo federal. O dinheiro foi gerado pelos próprios cidadãos das cidades que tem que pagar impostos e remeter para um orgão centralizador que depois devolve o dinheiro para a cidade que o gerou.

Eu acredito que eu não preciso explicar para você que nessas idas e vindas, entre tantas aprovações, canetadas e caciques envolvidos, a verba vai desaparecendo.

Eu também não preciso te dizer que se o projeto de adição de bancos no Parque do Piqueri fosse realmente importante para alguém, o projeto viraria promessa de campanha de algum candidato a vereador, deputado, senador ou presidente desse país.

Se a obra de ampliação dos bancos no Parque do Piqueri desse Ibope no Big Brother, em alguns anos você veria um grande cartaz fincado no parque dizendo, "Governo Federal banca o projeto dos bancos do parque. Governo Federal, trabalhando por todos. Blá blá blá".

Nós estamos àpenas alguns meses da oportunidade de escolher o próximo presidente do Brasil. Dilma, Serra, Marina, Michel Temer, Ciro, o Bode do Zoológico, o Zé da Borracharia, todos eles são candidatos a presidente.

Qual premissa você vai usar para escolher o seu candidato?

Milhões vão optar pelo bicho que prometer acabar com todos os males das suas vidas.

Milhões vão escolher o candidato que tem plano para acabar com a violência, com o desemprego, com a falta de saúde, educação, moradia, alimentação, crise ambiental e sei lá mais o quê.

Milhões de brasileiros ainda acreditam que a melhor forma de governo é aquela que tem um governo atuante gerando empregos, segurança (de todos os tipos) e licitações públicas.

Por conta disso, o Brasil nunca teve tanta gente procurando emprego público. Os cursinhos para empregos públicos estão lotados. Os livros sobre como conseguir emprego público estão esgotados. O número de candidatos por vaga pública nunca foi tão grande. Milhões de brasileiros estão optando nesse momento por uma maneira segura de viver mamando nas tetas do estado.

Esse Brasil, definitivamente não é o Brasil que eu quero deixar para os meus filhos. Eu não trabalho 24 horas por dia 7 dias por semana para ver um país de cidadãos complacentes a espera de uma solução do presidente, do governador ou do prefeito.

Diferente do que a maioria pensa, eu acredito que "O melhor governo é aquele que menos governa!".

O melhor governo é aquele que intervém menos, limita menos, dita menos leis e obrigações.

Os defensores do poder público estão dizendo nesse momento que o Capitalismo precisa de regulamentação. Mas enquanto somos regulamentados até a alma, quem regulamenta o presidente e o governo?

Quem disse que o governo deveria ter mais poder que a sociedade civil?

Quem disse que o Ministério das Cidades entende mais de leis do que a própria OAB?

Imagine viver em uma sociedade onde você deu poderes a um ser humano ditar as leis que regem a sua vida. Ele é um ser humano, corruptível, sujeito a criar algum tipo de sacanagem para beneficiar a si próprio e os amigos. Essa sociedade é a sociedade em que você vive.

Dias atrás eu estive em Nova Iorque. Nova Iorque é o berço de milhares de idéias que regem hoje a sua vida, idéias que você nem faz idéia que nasceram por lá mas nasceram.

Você, bairrista, torcedor da seleção brasileira de futebol, pode não acreditar em mim, e continuar a achar que vive em um país maravilhoso cheio de idéias brilhantes e seres humanos calientes, mas, infelizmente, depois que terminar a Copa do Mundo, e você guardar a bandeira do Brasil no fundo do ármario; e voltar os olhos para as próximas eleições para presidente, talvez caía alguma ficha na sua cabeça.

O momento mais emocionante da minha viagem a Nova Iorque foi quando passeando pelo Central Park em um dia ensolarado de maio , eu me vi frente a frente com um poster que dizia, "O que nós fariamos sem a sua Doação?".

Nova Iorque é a centro do universo para o país mais poderoso da história da humanidade. O Central Park é o parque central da cidade, famoso em todo o país, teoricamente uma grande oportunidade eleitoreira para o Bush, Obama, Clinton, Giuliani, Bloomberg e todos os outros candidatos falarem que ELES são responsáveis pela sua preservação e desenvolvimento.

Entretanto, a sociedade civil não deixa os políticos usarem o parque como plataforma política. Quem toma conta do Central Park é o cidadão nova iorquino . O Central Park não precisa da boa vontade da Secretaria de Jardins de Nova Iorque para se desenvolver; quem cuida do parque é o Central Park Conservancy.

"O Central Park Conservancy foi fundado em 1980 por um grupo de dedicados líderes filantropos civis. Eles estavam determinados a terminar com o dramático declínio que o Central Park experimentou nos anos 70 e restaurá-lo ao seu esplendor do passado como o principal espaço público dos EUA. Hoje, a missão do Conservatório é restaurar, gerenciar e preservar o Central Pak em parceria com o público para a a alegria das presentes e futuras gerações."

Tudo de bonito que você vê no Central Park é mantido e desenvolvido por PESSOAS e não por fundações ou ONGs que novamente vão se beneficiar de alguma maneira com o marketing da coisa toda. O principal lago do parque, por exemplo, é mantido pela família da Jaqueline Onassis - sem qualquer referência às empresas da sua família. O "Strawberry Fields", um imenso espaço verde dentro parque, é mantido por Yoko Ono em homenagem a John Lennon.

Eu sei, tem que ser herói para viver em um país em desenvolvimento como o Brasil, em uma cidade maluca como São Paulo com seu trânsito caótico, custo de vida alto, competição acirrada, e ainda encontrar tempo para se envolver com uma causa que não gera dinheiro algum para quem se envolve.

Mas, a vida de todos nós será muito mais fácil quando uma quantidade imensa de pessoas levarem suas vidas baseadas nos mais altos padrões de convivência, respeito mútuo e valores morais. Para a cultura das pessoas mudar para melhor nesse país, as pessoas precisam ser expostas diariamente a uma quantidade imensa de exemplos consistentes feitos por milhares de pessoas. Não basta o exemplo do pai, não basta o exemplo de um programa na televisão falando sobre coisas positivas, as pessoas precisam ver perspectiva nas pequenas coisas do seu dia-a-dia; por exemplo, no parque público que elas convivem todos os dias.

Imagine se o Parque do Piqueri fosse residência de milhares de mensagens positivas doadas por milhares de cidadãos que vivem na Zona Leste. O Parque do Piqueri não seria um lugar inspirador para frequentar?

O Central Park em Nova Iorque tem 3,4 km2 de área. É um oásis dentro de Manhattan. Ao contrário do Parque do Piqueri que fecha as 18:00hs, o Central Park não fecha nunca.

Ao contrário do Parque do Piqueri que tem meia dúzia de bancos, o Central Park tem quase 10 mil bancos para você sentar e apreciar a leitura de um bom livro.

Além de muito bem conservados, os bancos do Central Park trazem lindas mensagens gravadas em belas placas de metal escolhidas pelos indivíduos que estão conservando cada banco.

Hoje são quase 3 mil bancos conservados por pessoas que moram na cidade. Filhos compram bancos para homenagear os pais por terem lhe proporcionado uma vida maravilhosa, maridos apaixonados declaram seu amor eterno as suas esposas, centenas de cidadãos comuns compartilham anonimamente mensagens de esperança em bancos que eles mesmo estão bancando com dinheiro do próprio bolso.

Digamos que você more em Nova Iorque e tenha vontade de ajudar o Central Park a aumentar o seu patrimônio público. O que você poderia fazer? Ligar para o Central Park Conservancy, apontar o banco que você quer conservar, dizer onde você quer colocá-lo, ditar a mensagem que deseja imprimir no banco, e pronto, em poucos dias você passa a ser dono de um banco no maior parque público dos EUA.

O "pobrema" todo dessa situação, como diria o cúmpanheiro presidente, é que o paternalismo brasileiro MATA na raiz toda e qualquer iniciativa do indivíduo brasileiro em criar um mercado específico, seguir uma vida alternativa, ser ele mesmo. O paternalismo brasileiro infiltra na cabeça das pessoas um modelo único centralizador ditado por um único partido, por uma única cidade, por uma única igreja e religião, por um único canal de televisão, por uma única novela, por um único livro, MATANDO a criatividade de milhares de brasileiros que estão tentando construir alternativas de Vida.

As eleições e a Copa estão aí. Nada vai mudar. Se alguma coisa vai mudar, ou está mudando, é porque alguns indivíduos desobedientes estão levando pedaços do Brasil para frente.

Seja um deles.

NADA MENOS QUE ISSO INTERESSA.

QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães
Desobediente!


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domingo, 23 de maio de 2010

Evasão de faculdades privadas bate recorde

por Mariana Mandelli

O ensino superior privado do Estado de São Paulo registrou em 2008 a maior taxa de evasão dos últimos oito anos. O recorde é de 24,21% para a Região Metropolitana e de 21,10% em todo o Estado. Em 2000, 60.843 alunos da Grande São Paulo desistiram da faculdade. Em 2008, o número saltou para 168.452. O crescimento é de cerca de 178,5%.

Os dados, obtidos com exclusividade pelo Estado, fazem parte de um levantamento do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp). São considerados dentro do conceito de evasão alunos que abandonaram, trancaram, desligaram-se ou se transferiram para outra instituição. A pesquisa é realizada com base no censo da educação superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).

As explicações para o aumento da evasão não estão ligadas diretamente à crise econômica, que começou no fim de 2008. Segundo o Semesp, são três as razões: a inclusão das classes C e D, que desistem por motivos financeiros ou de defasagem acadêmica; a grande concorrência entre as instituições, que “roubam” alunos umas das outras; e a falta de sintonia entre a metodologia dos cursos e os interesses de uma geração que está cada vez mais conectada e envolvida com tecnologia.

“A inclusão das classes C e D é algo bastante positivo. Reduzir valores e criar facilidades de pagamento dão mais acesso aos alunos, mas não garantem a permanência”, afirma Rodrigo Capelato, diretor executivo do Semesp. Para ele, políticas públicas de financiamento, como o ProUni e o Fies, deveriam ser ampliadas.

Para os consultores em educação que atuam no setor, não se pode atribuir a evasão somente aos alunos. Segundo eles, as faculdades devem reforçar projetos de nivelamento intelectual, ajudando na permanência desses estudantes.

“O sonhos das escolas é incluir as classes mais baixas, que são mais frágeis culturalmente. Então, o mínimo que as instituições devem fazer é dar as mínimas condições para esse aluno se recuperar”, afirma Carlos Monteiro, consultor em educação. “A desistência é culpa das faculdades, que sonham com um perfil de aluno da USP.”

A Anhanguera Educacional, que tem hoje mais de 140 mil alunos, investe em um projeto institucional para amenizar as diferenças de conteúdo desses alunos. Comparando o primeiro trimestre de 2010 a 2009, houve melhora na retenção. No ano passado, a taxa de renovação de matrículas foi de 88%. Neste ano, superou os 91%. “A instituição deve criar condições para receber esses estudantes, reforçando a formação humanística que envolva atividades culturais, de expressão e de raciocínio lógico”, diz a vice-presidente acadêmica Ana Maria Sousa.

Os diversos métodos publicitários para atrair público, segundo os especialistas, dão a falsa impressão de que é possível permanecer no curso sem dificuldades. “Para ter cada vez mais estudantes, as faculdades buscam alunos que não têm o perfil financeiro e intelectual delas”, afirma o consultor em educação Ryon Braga. Entre 2007 e 2008, segundo o Semesp, o número de matrículas subiu 4,66%.


Fonte: O Estado de S.Paulo


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SEMINÁRIO INTERNACIONAL: Prof. Dr. OMAR AKTOUF


SEMINRIO INTERNACIONAL
O PROGRAMA DE MESTRADO EM ADMINISTRAO PPGADM
CONVIDA ALUNOS E DEMAIS INTERESSADOS PARA PARTICIPAREM DE EVENTO.
Palestrante: Prof. Dr. OMAR AKTOUF
H E C MONTREAL

Palestra: A Evolução do Capitalismo Financeiro e Uma Análise Alternativa da Crise Mundial
Dia 24-05-2010 10h
Salão Rosa CCJE
UFES (Universidade Federal do Esprito Santo)

OBS: Não é necessário fazer inscrição prévia!












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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Google TV








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Percebendo o óbvio


Dias atrás tive a oportunidade de ler um livro que minha màe ganhou há tempos num congresso. Eu ficava intrigado como o livro era pequeno, com poucas páginas. Mas, seu título me fisgou: Óbvio Adams - A história de um empresário de sucesso.

Poxa... se você vai ler sobre um empresário de sucesso, seja case sobre seus negócios ou uma biografia, você acaba esperando um livro daqueles grandes e pra lá de 200 páginas. Imaginem ainda minha cara quando descobri que se tratava de uma obra de ficção.

Entretanto, posso garantir que valeu cada página lida. E, ao final, ficou óbvio porque o livro era tão pequeno. O óbvio é óbvio, não precisa de muita explicação. Basta sermos objetivos, claros e perspicazes.

Vou compartilhar com vocês coisas simples que essa leitura pode nos ensinar.

1) Depois de achadas todas as respostas parecem óbvias
Observo isso quase todos os dias em sala de aula com meus alunos. Poucas são as pessoas que entendem o desenvolvimento de um conceito ou de uma ideia e como algo que hoje nos parece tão simples, um dia foi alvo de questionamentos, discussão e muito trabalho para ser solucionado.

Uma vez resolvido o problema, tudo fica mais fácil. Assim, sempre pergunto para meus pacientes como será sua vida depois que conquistarem o que me pedem nas consultas. Fazemos exercícios para imaginar e construir esse futuro no qual tudo está resolvido e a vida segue com melhor qualidade.

É incrível como saber onde queremos chegar faz a diferença e sentir-se lá no futuro, bem, com tudo resolvido e desfrutando de uma nova vida é uma ponte que nos ajuda a atravessar rios caudalosos.

2) O óbvio está em harmonia com a natureza humana
Se você quiser explicar algo, eu digo para meus orientandos de monografia no UNESC, faça de forma que alguém que não entende do assunto se interesse por ele e compreenda sua explicação.

Talvez, vocês já passaram por situações complicadas com perguntas cabulosas de crianças sobre tudo quanto é fenômeno natural ou social. Se você consegue dizer a verdade para uma criança, sem rodeios, com clareza e objetividade, de forma que ela entenda e aprenda, você está sendo óbvio.

Treine em casa. Se você tentar explicar muito é porque sua ideia é muito complexa. Foque no óbvio!

3) O óbvio não gasta papel
Bem, vamos retomar a questão da clareza, da objetividade e da simplicidade.

Eu aprendi algo muito importante com meu professor de matemática financeira no curso de MBA da Fundação Getúlio Vargas. Ele um dia disse em sala de aula: se você escrever algo e passar de três linhas, o seu leitor já perdeu o foco.

Ideia brilhante! Recomendo isso para meus alunos quando vão fazer trabalhos e provas. Qualquer frase com mais de três linhas pode até ter um impacto prosáico e/ou poético, mas desvia a atenção do que é mais importante na ideia.

Se sua ideia for óbvia, você precisará explicar pouco sobre ela.

4) O óbvio brilha no olhar das pessoas
Se sua for boa e óbvia, vai perceber que as pessoas a entenderam pelo feed back de seu semblante.

Isso é algo muito perceptível em sala de aula. Quando o pessoal não está entendendo o assunto, eles ficam com cara de "Madagascar".


5) O óbvio tem hora certa
Sua ideia pode ser brilhante e dar tudo errado...
Lembre-se que existe o tempo certo para tudo nesta vida. Planeje e esteja preparado, guarde sua ideia e analise o ambiente no qual você está inserido.

Creia! Eu mesmo já montei diversos projetos super interessantes que afundaram porque as pessoas não estavam preparadas para recebê-los.

Primeiro prepare o campo. Depois, semeie. Regue. A colheita virá no tempo certo.


Bom, melhor para por aqui antes de ficar muito complicado, né?

Abraço a todos e até a próxima!




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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Você abandonaria o Facebook por problemas de privacidade?


Polêmica sobre Privacidade e Crescimento do Facebook ganhou espaço na Web essa semana.

Surgiu um movimento para ABANDONAR o Facebook o chamado #QuitFacebookDay . Revoltados com as alterações nas políticas de privacidade da rede de relacionamentos, dois usuários criaram uma página a fim de programar uma fuga em massa do site. A data seria o próximo 31 de maio.

Segundo Matthew Millan e Joseph Dee escrevem no endereço, o QuitFacebookDay foi criado porque “o Facebook oferece escolhas sobre como gerir os seus dados pessoais, mas elas não são justas. Para um usuário médio, o site transforma o controle de privacidade em uma maldição.”


Ainda sobre essa questão, vale ler outra matéria que analisa a questão de uma forma mais ampla, considerando ainda questões pessoais relacionadas ao fundador do Facebook. Começaram a ser publicados trechos de um novo livro sobre a sua vida. Com ele, voltam à tona os processos judiciais por plágio e atitudes nada camaradas de Zuckerberg e que ele tanto quer deixar para trás – e, pelo visto, ele não vai conseguir isso tão cedo já que há um filme sobre o mesmo tema em produção.

Charlie Cheever, ex-chefe de engenharia do Facebook, diz que “Mark não acredita muito em privacidade, ou pelo menos acredita em privacidade como uma pedra em seu caminho. Talvez ele esteja certo, talvez ele esteja errado”


Qual a sua opinião sobre o caso? É válida essa mobilização sobre a questão da privacidade?



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terça-feira, 18 de maio de 2010

A DELL FAZ PROMOÇÃO MAS NÃO ENTREGA 2: logo venderão bananas na esquina...

Novamente tive problemas com a DELL. Comprei um mini10 a pedido de um familiar na promoção. Constavam do pedido o netbook, uma capa e um receptor de tv digital. Adivinhem o que aconteceu?!... Entregaram somente o netbook.

Minha surpresa é que novamente, como ocorreu com meu pedido meses atrás, quando fui conferir o status de entrega do pedido, a mensagem era de que não haviam pedidos em pendência a serem entregues.

Quando liguei para o SAC da DELL, na verdade liguei 6 ou 7 vezes nesta tarde, a ligação caia depois de vários minutos escutando aquelas músicas de espera e mensagens de que minha ligação era importante, que seria gravada, etc.

Finalmente, por volta de 17h45, consegui falar com uma atendente do setor de pessoa jurídica, a qual me informou que TODO o setor de atendimento a pessoa física estava em treinamento naquela tarde.

Por que a DELL fez um treinamento com todo um setor de atendimento sem deixar funcionários para atender seus clientes? Por que a DELL não informou isso enquanto eu esperava todo aquele tempo ao telefone? Por que a atendente não tem acesso ao sistema para me informar apenas o status de meu pedido.

Desta vez, não vou somente postar no meu blog e no NUNCA MAIS e Reclame Aqui (clique para ler as reclamações), como vou procurar o PROCON.

A DELL tem se revelado cada vez mais amadora. Sugiro comprarem um Apple.
A DELL logo estará vendendo bananas no sinal.


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As latas falam por si mesmas...





Quer saber mais? Leia reportagem de Época NEGÓCIOS.


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segunda-feira, 17 de maio de 2010

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Líder, Liderança e Resiliência


A palavra da moda no management internacional é resiliência. E você? Como está nesse quesito?
Todos dão palpites em suas decisões? Você “está líder”, mas se questiona se há algo errado no desempenho do seu papel? Já está pensando em gritar por socorro? Está estressado e a beira de um colapso nervoso? Seus pensamentos recorrentes são: “pare o mundo que eu quero descer” como disse Raul Seixas, ou “desisto, abro mão da posição de líder, rebaixem meu salário, mas quero minha vidinha tranquila de volta”? Calma, provavelmente você nem esteja falhando muito como líder, mas sim no desenvolvimento da liderança. Muito provavelmente você não seja vesgo ao se enxergar corretamente com características de líder.

A sua pergunta então é: “Por que não me destaco e nem venço como líder?”. Pois é, muitos têm quase todas as características exigidas para serem classificados como líder, mas não sabem ou não conseguem desempenhar bem o papel de liderança. Se você faz parte ou não desse grupo, recomendo firmemente que se interesse um pouco mais no entendimento da resiliência como competência para melhorar sua performance na liderança.

As mil e uma utilidades de um líder
A função de liderança talvez seja a principal busca da sociedade contemporânea. E por razões óbvias: o destino de uma família, uma empresa, uma comunidade qualquer, de um país, está diretamente associado à capacidade de sua liderança. Hoje, na mídia, são comuns os alardes da importância do líder e, principalmente, quais devem ser suas características. O líder precisa ter resiliência, autodisciplina, energia, foco, visão, responsabilidade, carisma, tolerância ao estresse (por meio da resiliência), poder de síntese, capacidade de assumir riscos, conhecimento, capacidade de aprender sempre, e saber delegar, ouvir, comunicar e ser sensível, empreendedor, eficiente, determinado, automotivado, tolerante, criativo, dinâmico, objetivo etc. A lista é imensa.

A situação se agrava quando buscamos exemplos e modelos a serem seguidos. Há grandes líderes, históricos, hoje reconhecidos como ícones da resiliência. E como essa característica é inata, concluímos que eles a tinham em alta dose. “Naqueles tempos” sabia-se muito, mas não se sabia tudo. Eles eram resilientes e não sabiam.

Hoje temos condições de analisar o comportamento desses grandes líderes e classificar a sua atuação.
- Quando falamos em determinação, tenacidade e resiliência: Gandhi.
- Inovação, capacidade empreendedora e resiliência: Thomas Edison.
-Coragem, obstinação e resiliência: Lawrence da Arábia.
-Estratégia, obstinação e pouca resiliência: Napoleão Bonaparte.
- Capacidade para assumir riscos, comprometimento, foco e resiliência em altíssimo grau: Jesus Cristo, e muitos outros.

Mas onde estão os líderes atuais?
Um líder histórico é mais fácil de ser identificado, pois sua trajetória já foi esmiuçada por muitos estudiosos. Temos de ter filtros para a avaliação dos líderes atuais devido à manipulação dos meios de comunicação - é difícil avaliar o que é real e o que é marketing.

Esse é um dos aspectos que explicam a aproximação do perfil do líder com o de um herói, um personagem histórico, do que com alguém de carne e osso. O fato é que os meios de comunicação mitificam muito o líder, colocam-no como alguém que conduz revoluções, vira a mesa, muda totalmente o rumo da história. E, mais do que isso (e talvez por conta disso), essa é a expectativa geral. A comunidade, a empresa, a família - e até você! - querem o herói, o líder que nunca decepciona que sempre sabe o caminho, que sempre tem uma saída infalível, que faz sempre a escolha certa.

Mas, falando de líderes de hoje, seres “reais”, muito parecidos conosco, lembro de alguns que foram ou são exemplos de:
- Comunicação, luta por igualdade e resiliência: Martin Luther King.
- Perseverança, humildade, comprometimento e resiliência: Nelson Mandela.
- Sonhar, criatividade, empreender e resiliência: Ozires Silva. Sonhava desde pequeno com aviões e criou a Embraer.
- Obstinação, capacidade de enfrentar grandes desafios e resiliência: Maria Silvia Bastos, que foi a líder da Companhia Siderúrgica Nacional, transformando-a em empresa lucrativa e na maior produtora de aço da América Latina.

Há muitos outros, mas finalizo destacando o ícone vivo da resiliência, o Dalai Lama, que não precisa de maiores explicações, não é?

Liderança sempre
Vamos levar em conta nossa realidade atual e apocalíptica: tudo acontece muito rápido, o cotidiano está confuso e cheio de dificuldades, mudanças, caos, incertezas. Esse panorama não é novo, são elementos que sempre existiram, inerentes à história da humanidade. A liderança não é um desafio deste século. Os governos do passado dedicaram muito de seu tempo ao estudo da liderança.

Líderes de qualquer época tiveram de enfrentar mudanças e buscar saídas para problemas ocasionados por imprevistos, acidentes da natureza como terremotos, guerras, fome, pestes e revoltas sociais. Talvez o que caiba seja uma atualização sobre os intervalos entre tempestade e bonança. Hoje, o espaço entre esses dois fenômenos é cada vez menor. A máxima, inclusive, poderia ser alterada para: "depois da tempestade, vem a bonança e depois, a tempestade novamente".

O que atesta que os desafios do líder não são novos são os best sellers sobre o assunto, pois não são apenas os modelos de referências que são históricos - veja alguns manuais atemporais, como a Arte da guerra, de Sun Tzu, de cerca de 2.500 anos e O príncipe, de Maquiavel, escrito no século XV. Os dilemas de O príncipe, de Maquiavel, são atualíssimos e a obra chinesa, uma das mais antigas, mostra que os desafios e as buscas são as mesmas dos dias atuais, e ainda persistem as dificuldades. Hoje se fala em ter visão de futuro e da dificuldade em profetizar acontecimentos e armar esquemas de defesa. E a máxima milenar chinesa “é muito difícil profetizar, especialmente em relação ao futuro” continua muito atual.

Liderança é um processo!
Para os que aqui buscam fórmulas, a desilusão: não existe nenhuma! Por mais desconfortante que seja essa afirmação deve ser encarada. Não há química, nem biologia, nem DNA que dê a fórmula de um líder carismático, por exemplo, e de como se processa a sua liderança. As pessoas confiam em um líder carismático independentemente das razões. Esse líder tem uma grande capacidade de comunicação e é impulsionado por uma crença interior muito forte. Sua causa não é questionada e ele faz economia de explicações. Não importa o que aconteça, seus seguidores estarão lá. A lei é: "Se é ele quem diz, eu vou atrás".

Parênteses para os curiosos: esse tipo de líder pode ser muito perigoso, pois há os líderes carismáticos positivos - aqueles que exercem o poder em prol do bem coletivo - e os negativos - os motivados por interesses pessoais. Às vezes as pessoas estão seguindo um líder que está interessado em engrandecimento pessoal, sem controle moral, sem ética. Um exemplo do carismático negativo? Hitler. Quer mais dois? Jim Jones, que em 1978, em JonesTown, levou 900 seguidores ao suicídio coletivo, onde os pais deram veneno para os próprios filhos - 303 crianças morreram - desculpe-me por dar um detalhe mórbido, mas importante para caracterizar a força de um líder carismático negativo. Um exemplo final, em 1993, o líder religioso americano David Koresh, que se intitulava a reencarnação do Senhor Jesus, seduziu os seguidores com a filosofia de que deveriam morrer para depois ressuscitarem das cinzas. Ateou fogo no rancho de madeira onde ficava a seita Branch Davidian e matou 80 pessoas, incluindo 18 crianças.

Tiros pela culatra à parte, esse tipo de liderança, de uma forma mais pura e honesta, é fundamental em qualquer tempo, em qualquer contexto. É o impulsionador de todos os saltos e revoluções que acontecem na humanidade. E é um estilo de liderança que não cabe apenas em grandes cenários, cabe em qualquer lugar. Essa função é necessária no processo de liderança de qualquer sistema, país, grupo, empresa ou família. Se existe crise, o medo e a insegurança se propagam, é preciso a interferência do líder carismático para restabelecer o equilíbrio.

Em períodos de estabilidade, uma empresa pode limitar a condução de seu destino às funções de gestão. Se sua estrutura for adaptada ao ambiente em que opera, o órgão de direção da empresa pode funcionar bem com a administração eficiente, sem precisar reinventar nada. Mas em períodos de turbulência ou em mercados que lidam com elevada complexidade conjuntural, sem líderes com carisma e resilientes, o futuro fica comprometido. A gestão dá as soluções certas aos problemas, responde convenientemente às solicitações, mas a liderança resiliente reformula os problemas e não se limita a responder às solicitações: cria um destino. Mas vai aqui uma palavra de consolo, se o DNA não explica a liderança, sabemos, entretanto, que ela pode ser estudada, treinada e aperfeiçoada.

Até a sociologia explica os ciclos
Os períodos de mudança e estabilidade são cíclicos. A mudança é sempre seguida de estabilidade. Depois, é necessária outra mudança e depois mais outro período de estabilidade. Tudo permeado de resiliência para evitar rupturas.

A resiliência tem de ser uma característica forte no líder uma vez que ele exerce uma função com limites de alto risco: ele olha para frente e para trás, para dentro e para fora, e vê onde e quando é necessária sua atuação. Fora, fazendo as revoluções, ou dentro, fazendo a engrenagem funcionar. Por tudo isso a liderança é mais importante que o líder. Em uma equipe, por exemplo, nos momentos de dúvida e incerteza, o dar sentido a uma realidade não precisa vir só de uma pessoa, a contribuição na liderança oscila, dependendo do problema. Às vezes, de onde menos se espera, vem a sugestão do melhor caminho a seguir.

É mais ou menos o que acontece em nosso cérebro. Quando uma decisão é processada, não dá para definir se a liderança foi do córtex, do sistema límbico ou do reptiliano. Na psicanálise, temos o id, ego e o superego. O modelo do processo de liderança que ocorre em sua cabeça, quando você toma decisões, lidera sua vida, é o mesmo. Não há um líder, há liderança.

“Líder que não sabe se comunicar vai se estrumbicar”
(Adaptação da famosa frase do Chacrinha)

A ideia de que a liderança é um processo, desencadeia outras perguntas: que processo é esse? Como ele acontece? Aqui vai a síntese da complexa resposta: a corda onde a liderança está equilibrada se chama co-mu-ni-ca-ção. É através dela que você constrói a verdadeira liderança. Com ela e através dela você interpreta a realidade, define prioridades, estabelece regras e, resilientemente, se esforça para influenciar os outros.

Não é por acaso que o poder de influenciar pessoas e a habilidade para se comunicar são lugares-comuns quando se fala em liderança. Antes que você comece a imaginar os discursos inflamados (e motivadores) de Hitler, ou o "Eu tenho um sonho", de Martin Luther King, a relevância da comunicação na liderança pode ser observada em qualquer equipe, seja em uma equipe que discute o destino de milhões de reais, seja em uma equipe de uma micro-empresa, que discute o que comprar de comes e bebes com o dinheiro da “vaquinha” para a festa do final do mês. Em todos os casos há muita negociação, e o líder ainda que discretamente, exerce a sua influência. Eu costumo dizer que: “O bom líder se comunica até com o silêncio”.

Porém, atenção! Se você já se animou, achando que era mais simples do que você imaginava (afinal, quem não sabe se comunicar?), um alerta: a liderança não está exatamente na comunicação. A liderança genuína e eficiente só é construída através da qualidade da comunicação, mas isso é assunto para um livro inteiro, escrito por mestres em comunicação e liderança. Minha praia vem a seguir.

Metáforas para o líder resiliente
O milho de pipoca é pequeno. Se não passar por calor intenso continuará pequeno, sem expressão, igual a todos os demais. Porém, quando passam pelo calor, muitos viram pipoca. Algumas são bem maiores e mais bonitas que outras. Outros que passaram pelo mesmo calor transformador, queimam-se e são rejeitados. Não prestam para nada.

Os japoneses são os mestres da arte do bonsai. Plantas frutíferas são mantidas em vaso, e ficam do tamanho que o vaso permite. Elas se adaptam. Têm vida, mas dão frutos muito pequenos. Na maioria das vezes, quando tiradas do vaso e replantadas em um campo mais amplo, elas sofrem no início. A adaptação é difícil. Chega a dar a impressão de que vão morrer. Mas, vencido o desafio, adaptadas e habituadas com as novas condições, elas crescem. Crescem muitas vezes o dobro do tamanho que, por anos a fio tiveram, enquanto estavam no vaso.

Pense nas flores. Plantas da mesma família, quando em um vaso, dão uma pequena quantidade de flores. Em terreno amplo e adequado, ocupam seu espaço e retribuem com muito mais flores. Com os homens isso também acontece. A mudança de vida, um novo e aparentemente insuperável desafio, faz com que cresça. Basta mudar de ambiente e ser mais exigido, que o homem cresce e nem sempre esse desenvolvimento é totalmente indolor.
Toda mudança tira a pessoa da chamada “zona de conforto” e naturalmente isso provoca algum “desconforto”, pelo menos no início. Mas a oportunidade para viver essa nova vida, para demonstrar seu potencial e conquistar um novo espaço, faz com que se desenvolvam suas competências. O homem ao assumir responsabilidades de liderança vai passar por fases de “sofrimento”, pois a vida é feita de opções, escolhas e trocas e cada uma terá seu preço. Uma opção muitas vezes inviabiliza alternativas. Mas vamos nos adaptando. Temos essa característica. Nascemos resilientes. Alguns sortudos são mais resilientes que outros. A resiliência não nos torna impermeáveis as tempestades, nem inatingíveis em crises, nem invulneráveis.

Qualifiquei anteriormente Napoleão Bonaparte como pouco resiliente, pois foi num período de falha dessa característica que perdeu a guerra e seu império. Eu entendo que há apenas dois grandes padrões de liderança (e mais um monte de variações). A liderança autocrática, sem resiliência, onde eu mando em você e não te dou direito de contestar e a democrática onde eu mando em você e vira e mexe você chia, contesta, expõe razões e como sou resiliente mudo de posição e permito até que você mande em mim.

Brincadeiras sérias à parte, o líder resiliente sabe que poderá ter sua liderança contestada, por cima e por baixo, por chefes e subordinados, mas ele tem flexibilidade e aguenta a pressão. Ele faz também com que a empresa seja resiliente. Ante a crise de mercado, a empresa sofre, mas se ajusta, entra em prejuízo, mas não vai à falência. Vencida a crise, muitas vezes “renasce” mais forte, uma vez que aprendeu muito e estará mais bem preparada para a eventualidade de novas tormentas.

O líder resiliente não é um super-homem, mas seu grande diferencial é que usa todas as experiências, principalmente as mais difíceis e dolorosas, para crescer e evoluir. Ele aprende com os erros e muda o curso das coisas. Tem flexibilidade para mudar quantas vezes for necessário. Nadando em óleo quente o líder resiliente vira pipoca, enquanto outros se queimam e são descartados como os piruás.

O mundo acaba de passar por uma crise terrível, que teve seu início em um segmento do mercado americano e contaminou todo o mercado financeiro, que por sua vez implodiu a economia mundial. Tivemos exemplos únicos de líderes, empresas e países resilientes, que souberam gerir a crise. Muitos sofreram, vergaram com a força dos ventos, mas não quebraram. Outros, bem, dos outros nem se ouve mais falar, e você, se ainda não é um perfeito resiliente, deve estar cansado de ouvir as mesmas histórias e por isso não vou repeti-las aqui.

O líder resiliente aprende a suportar pressões, sem permitir que deixem marcas profundas. Sabe que o mundo é altamente competitivo, mas é assim para todos e passa a gostar da competição. Descobre que também gosta das calmarias da zona de conforto, mas não tem medo de sair dela. Sabe que nasceu resiliente e por descobrir os benefícios, faz do seu aprimoramento um exercício constante.

E você, já pensou em ter a flexibilidade da mola? Suportar os constantes e grandes impactos que a vida aplica, e ao terminar a pressão, sempre voltar ao normal?
Bom não é?

Mauricio Sita (É um dos precursores no Brasil do tema Resiliência. Publicou vários artigos abordando os diversos aspectos da resiliência, seja pessoal, profissional e até mesmo sobre empresas resilientes. Foi executivo de diversas empresas, entre elas a Minasgás S.A. e a General Electric do Brasil S.A. Tem formação em Psicanálise, Filosofia e Ciências Jurídicas e Sociais).

O artigo foi publicado originalmente no livro Ser + Líder – Os caminhos da liderança na visão de grandes especialistas.

Fonte: HSM Online


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quinta-feira, 13 de maio de 2010

NOTÍCIAS!!!! Desafios da Família Moderna ||| Sociedade sem manicômios


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Projeto de lei quer criar piso salarial para psicólogos

Projeto de lei do deputado Mauro Nasif traz a tona a discussão sobre salários vergonhosos que profissionais de nossa classe se sujeitam a aceitar e manter vínculo com vários locais, além de, também, trabalharem como autônomos por muitas vezes.

O piso salarial é conhecido em nossa legislação ordinária como salário mínimo profissional, que é fixado por lei, sendo deferido a profissional cujo ofício seja regulamentado também por diploma legal. Hoje, profissionais de várias atividades, principalmente as relacionadas à área da saúde, além de uma carga horária elevada, acumulam mais de um emprego com o intuito de conseguir uma remuneração digna. Mesmo assim, em muitos casos, esse objetivo não é alcançado.

Leia mais sobre o projeto no site da FENAPSI (Federação Nacional dos Psicólogos) e discuta sobre ele.


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quarta-feira, 12 de maio de 2010

6o Seminário de Gestão Organizacional Contemporânea & 1o Congresso de Tecnologias de Gestão e Subjetividades





O Programa de Pós-graduação em Administração da Universidade Federal do Espírito Santo – PPGADM - realizará nos dias 23, 24 e 25 de agosto 2010 o congresso Tecnologias de Gestão e Subjetividades. O congresso acontecerá nas dependências da Universidade Federal do Espírito Santo, Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas, Vitória, Espírito Santo. Objetiva-se com este congresso aprofundar o debate sobre o tema “Tecnologias de Gestão e Subjetividades”, bem como permitir que os diversos pesquisadores que realizam estudos que envolvem a temática do congresso possam ter um espaço para compartilhar o conhecimento e os resultados obtidos com suas pesquisas.

Para fazer sua inscrição online, clique aqui.
Se procura por mais informações, visita a página do evento.

Abaixo seguem os temas que serão debatidos no evento.


Tema 01: Imigração, Cultura do Trabalho e Organizações
Líder: João Gualberto Moreira Vasconcelos e Sérgio Robert Sant”Anna.

A imigração deixou marcas profundas na sociedade brasileira e isso não foi obra do acaso, propiciou a organização da vida produtiva, lançando as bases para o desenvolvimento de pequenas, médias e grandes empresas chefiadas por famílias de origem européia. A imigração não só influenciou a vida produtiva e a configuração do cenário empresarial e dos seus dirigentes, como também imprimiu a sua marca na formação social e cultural em diversas regiões do país. Neste sentido, este GT irá discutir os desdobramentos da imigração no campo das organizações. Como forma metodológica para compreender esta temática, entendemos que as pesquisas com viés qualitativo são as que melhor explicam este fenômeno. As contribuições de outras áreas como Antropologia, Sociologia, Psicologia contribuem para enriquecer o debate.

Tema 02: Estudos em Trabalho, Ergologia e Gestão
Líder: Mônica de Fática Bianco.

O tema Estudos em Trabalho, Ergologia e Gestão objetiva estudar a reestruturação produtiva e as mudanças organizacionais implementadas nos últimos anos. Tem-se como pressuposto a idéia do sujeito trabalhador produzir a si próprio continuamente, num processo continuo de produção de subjetividades no contexto da interação social a que estamos submetidos dia-a-dia nas diferentes realidades sócio-organizacionais. Assim, nesse tema propõe-se a estudar o Trabalho, levando em conta o contexto/ambiente em que as ‘situações de trabalho’ estão inseridas. O foco da temática é o olhar sobre o trabalho humano, individual ou em grupo, sob a perspectiva da transdisciplinaridade.

Tema 03: Práticas de Gestão na Educação
Líder: Gelson Silva Junquilho.

Visa agregar aos estudos organizacionais um olhar específico dos chamados Estudos Organizacionais sobre a área educacional, tomando-se esta última como campo complexo e privilegiado de relações de poder, controle, alienação, comando e significações culturais simbólicas, a partir do qual se realizam relações de ensino-aprendizagem, considerados essas mesmas relações como o que poderia se denominar “produtos finais” de organizações educacionais. É nessa perspectiva ampliada de se estudar gestão que se propõe refletir e analisar a gestão em educação, na perspectiva da prática social, agregando contribuições que possam desvendar contextos simbólicos complexos organizacionais, aí compreendidos unidades de ensino público gratuito, bem como políticas de gestão educacional de governos federal, estaduais e municipais.

Tema 04: Políticas e Práticas Participativas
Líder: Márcia Prezotti Palassi

Objetiva estudar as experiências de participação na (re)formulação de políticas públicas, dos atores da sociedade civil na democratização dos processos de gestão das cidades e das pessoas nas organizações. Enquadra-se na divisão de Estudos Organizacionais, pois nesta área a Administração é compreendida como um fenômeno social e laboratório de experiências humanas, justificando a adoção de teorias do campo das ciências humanas. Busca desenvolver um olhar diferenciado sobre a Administração, pautando-se numa abordagem alternativa à gerencialista hegemônica e convencional, considerando as organizações como produtoras de subjetividade, ao invés de vê-las somente como controladoras da subjetividade, perspectiva tradicional nos estudos organizacionais.

Tema 05: Estudos dos Fenômenos Organizacionais a partir de Abordagens Críticas e da Teoria Crítica
Líder: Ricardo Behr

O campo temático tem como centralidade a teoria das organizações a partir da perspectiva da teoria crítica para o entendimento dos fenômenos organizacionais. O campo prioriza os seguintes temas: poder, controle, cooperação, solidariedade, socialismo e anarquismo e a preferência para a apreensão de dados se dá nos espaços organizacionais alternativos à burocracia, tais como: autogestão, economia solidária, gestão social e nas formas substantivas de organização e vida.

Tema 06: Ergonomia, Gestão e Saúde do Trabalhador
Líder: Simone da Costa Fernandes Behr

O tema de estudo Ergonômico, Gestão e Saúde do Trabalhador fundamenta-se em compreender a partir do arcabouço teórico da Ergonomia o(s) impacto(s) da organização do trabalho ou mesmo da forma de gestão na saúde do trabalhador. Nesse contexto, o enfoque da Ergonomia está pautado no homem em sua atividade de trabalho, ou seja, o interesse de pesquisa provém da ergonomia de origem européia (corrente européia), muito embora não deixe de perpassar a corrente americana (sistema homem-máquina) uma vez que as duas correntes são complementares.

Tema 07: Estudos Pós-estruturalistas em Organizações
Líder: Eloisio Moulin de Souza

A temática Estudos Pós-estruturalistas em Organizações utiliza a Filosofia da Diferença e o Pós-estruturalismo como norteadores conceituais e epistemológicos de pesquisa nas organizações. Assim, as pesquisas realizadas deverão ser fundamentadas principalmente por autores pós-estruturalistas, dentre eles pode-se citar: Michel Foucault, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Joan Wallach Scott e Judith Butler. Estudos que envolvem poder, gênero, políticas de inclusão, minorias em espaços organizacionais, dentre outros, analisados sob uma perspectiva pós-estruturalista, são assuntos relevantes e alinhados ao tema.

Tema 08: Consumo, Inovação e Tecnologia
Líder: Teresa Cristina Janes Carneiro

O tema Consumo, Inovação e Tecnologia estuda as dimensões tecnológica, organizacional e social do vasto campo multidisciplinar dos sistemas de informação e das tecnologias de informação e comunicação (TICs). Visa incentivar pesquisas buscando compreender o processo de difusão e adoção das novas mídias e a dinâmica das mudanças que ocorrem neste processo, entender as características, as lógicas e as formas de organização das redes sociais mediadas pelas TICs, analisar as relações entre as TICs e os processos de gestão organizacional e compreender as relações entre a tecnologia, consumo e inovações tecnológicas.

Tema 09: Estratégia e Reder Inter-Organizacionais
Líder: Hélio Zanquetto Filho

O tema Estratégia e Redes Inter-Organizacionais tem como interesses principais os assuntos relacionados à Formação e Desenvolvimento das Redes Inter-Organizacionais e Estratégia. O tema Formação e Desenvolvimento das Redes Inter Organizacionais se dedica ao estudo dos contextos organizacionais relacionados aos aglomerados industriais, comerciais e de serviços geograficamente concentrados e também às estruturas de cooperação inter-organizacional não concentradas geograficamente.

Tema 10: Imaginário Social, Mundo do Trabalho e Organizações
Líder: João Gualberto Moreira Vasconcelos e Sérgio Robert Sant”Anna.

O filósofo francês de origem grega Cornelius Castoriadis formulou uma abordagem inovadora e conceitualmente profunda das questões vinculadas ao que ele denominou de Significações Imaginárias Sociais. Essas significações ajudam a elucidar o que o quadro social-histórico de diferentes sociedades. A aplicação desses conhecimentos no campo da gestão é ainda desafiadora, sobretudo, no campo das subjetividades que envolvem as organizações e o mundo do trabalho, que podem gerar imaginários sociais observados de diferentes perspectivas, desde a política até o que envolve educação, por exemplo. A partir desses elementos conceituais, o tema irá discutir a importância dos conceitos formulados por Castoriadis para a sociedade brasileira, em especial no campo organizacional.

Tema 11: Temas Livres

Assuntos pertinentes e relacionados a “Tecnologias de Gestão e Subjetividades” não incluídos nos temas especificados.


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