terça-feira, 29 de setembro de 2009

Concurso de Título de Especialista em Psicologia de Trânsito

Estão abertas até o dia 16 de outubro as inscrições para o Concurso de Provas e Títulos para Concessão do Título de Especialista em Psicologia de Trânsito e seu respectivo registro.

O concurso é a oportunidade para os psicólogos que atuam na área obterem a titulação, exigida pelas Resoluções nº267/08 e nº283/08 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que determinam que a partir de 2013 serão credenciados apenas os psicólogos portadores do Título de Especialista em Psicologia do Trânsito reconhecido pelo CFP.

As inscrições podem ser feitas até as 12h (horário de Brasília) de 16 de outubro, no site do Instituto Quadrix. A taxa é de R$ 150. A data prevista das provas, objetiva e discursiva, é 25 de outubro.

As provas serão realizadas em: Belém (PA), Manaus (AM), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), São Paulo (SP).

De acordo com o edital do concurso, para participar da seleção o candidato deve: ter prática profissional na especialidade requerida; ser psicólogo com mais de dois anos de inscrição em Conselho Regional de Psicologia; estar em pleno gozo dos seus direitos, entre outros.

Mais informações no edital do concurso.


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segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Gestão de Pessoas nas nuvens? Não é o que você parece, mas pode ser...

A Google é sem dúvida uma empresa que se destaca continuamente pelas inovações.

O que me intriga é a forma como ela pensa a gestão de seus colaboradores e pratica suas políticas de RH.

Dá uma olhada nos princípios que a Google adota para fazer a diferença.

Os 12 mandamentos
1. Conheça profundamente sua equipe antes de fazer mudanças
2. Procure o consenso ao invés de impor decisões
3. Tome decisões claras e assuma a responsabilidade por suas ações
4. Você trabalha para sua equipe e não o contrário
5. Coloque a mão na massa
6. Compartilhe as informações com a equipe
7. Resultados têm maior impacto do que politicagem
8. Arrisque-se. O fracasso pode trazer grande aprendizado
9. Construa um bom relacionamento com seu time, para trabalhar bem em equipe
10. Encoraje a criatividade de seus funcionários
11. Independentemente da hierarquia, mantenha os canais de comunicação interna abertos
12. Crie um bom ambiente de trabalho


Quer saber mais sobre como a Google quebra paradigmas? Clique aqui!


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sábado, 26 de setembro de 2009

Exercício 3 - 3o. Período 02-09 (RESPOSTAS)

Pereira, F.N. Uma análise sócio-histórica da educação, da construção da subjetividade e da escolha profissional. (MIMEO)

1) Explique a dialética e o processo de construção subjetivo-objetivo.
Partamos do princípio que o homem se constrói historicamente e é sujeito ativo na construção histórica da humanidade. Ou seja, não só as condições de dado momento histórico afetam a concepção da subjetividade individual e coletiva como o homem age alterando a realidade material e sua própria construção subjetiva, num circuito que se auto-alimenta – produzindo novas condições naturais para sua existência (VIGOTSKI, 1998). A subjetividade reflete as condições sociais, econômicas, culturais e políticas de uma sociedade situada geográfica e historicamente, e está num constante processo de atualização, além de uma simples absorção imediata do meio. Segundo Ciampa (citado por BOCK, 2002, p. 71), “interiorizamos aquilo que os outros nos atribuem de tal forma que se torna algo nosso”. Esse processo ocorre, portanto, ao longo de toda a vida do indivíduo. A subjetividade forma-se num processo histórico: desenvolvendo o ser humano nas suas habilidades, interesses, e aspectos sócio-afetivos. Seguindo esse raciocínio, a construção da realidade revela-se através da ação do homem sobre ela, numa dinâmica dialética que será melhor detalhada abaixo. O subjetivo e o objetivo constituem-se um ao outro sem se confundir (BOCK, 2001; ROSA; ANDRIANI, 2002).

As condições materiais servem de substrato para a formação, organização e transformação da sociedade, de seus valores e idéias. Contrapondo-se à concepção liberal de homem individual, racional e natural, a sócio-histórica afirma que não existe natureza ou essência eterna e universal humana; todavia, confirma a condição humana: o homem é um ser ativo, social e histórico. Na medida em que transforma ao mundo, o homem transforma a si mesmo (PIMENTA; KAWASHITA, 1991; VIGOTSKI, 1998).


2) Qual(is) a(s) diferença(s) entre as concepções sócio-histórica e liberal de homem?
As condições materiais servem de substrato para a formação, organização e transformação da sociedade, de seus valores e idéias. Contrapondo-se à concepção liberal de homem individual, racional e natural, a sócio-histórica afirma que não existe natureza ou essência eterna e universal humana; todavia, confirma a condição humana: o homem é um ser ativo, social e histórico. Na medida em que transforma ao mundo, o homem transforma a si mesmo (PIMENTA; KAWASHITA, 1991; VIGOTSKI, 1998). Bock (2002, p. 49) afirma que “na visão liberal, o indivíduo tem em suas mãos a possibilidade de ultrapassar os obstáculos colocados pela realidade, e a escolha [profissional], se adequada asseguraria melhoria de condição de vida”. Logo, a escolha de uma profissão prestigiada socialmente poderia ajudar o jovem a se projetar profissionalmente e mudar suas condições sócio-econômicas, desconsiderando a condição fundamental da sobrevivência. A ideologia liberal enquadra o ambiente no qual o indivíduo está inserido como neutro e não-determinante, não influenciando, então, no desenvolvimento das aptidões individuais (EHRLICH; CASTRO; SOARES, 2000). A perspectiva liberal coloca que o indivíduo dispõe intrínseca e socialmente de condições para superar a realidade material em que se encontra, bastando para isso somente sua intenção de modificá-la. No liberalismo, todos são livres e iguais. Identificamos, pois, nessa perspectiva a naturalização do status quo das relações de poder e da divisão do trabalho.

3) Dahrendorf aponta uma saída para a sobredeterminação do ambiente sobre o indivíduo. Como você entende essa saída? Dê exemplos.
Dahrendorf (citado por FREITAG, 1985), aponta uma saída para o impasse pessimista, que parece obscurecer o discurso materialista histórico e dialético, ao afirmar que o Estado capitalista e liberal e as classes dominantes não são onipotentes, nem tudo está pré-condicionado ao seu controle. Isso reafirma a condição dialética e dinâmica das construções históricas: a história muda assim como mudam as relações de poder. A sociedade não simplesmente favorece a superação dos obstáculos da realidade objetiva, porém, a possibilidade de mudança e superação é inerente a qualquer realidade, por mais difícil que sejam tais ações.
* Exemplos: pessoas que aproveitam uma oportunidade de estudo em uma escola ou faculdade, uma bolsa de estudos, trocam de emprego, fazem um curso.

4) Como Bourdieu e Passerón entendem a construção (desenvolvimento) da cultura ao longo da história da humanidade?
A cultura não se trata de um conteúdo puramente natural e previamente estabelecido pela “ordem das coisas no mundo” ou por uma “natureza humana”, pelo contrário, ela é um produto sócio-histórico. Segundo Bourdieu e Passerón (1975), o fato social é arbitrário: a cultura não pode ser deduzida de princípios universais, físicos, biológicos ou espirituais. Ela é proveniente de opções e escolhas socialmente pertinentes e necessárias. Numa coletividade, a cultura é construída de acordo com as conveniências de cada momento histórico arbitrariamente e de maneira condizente com as condições materiais disponíveis. Entretanto, as classes dominantes tentam impor certos conceitos culturais à coletividade através de ações, sejam elas pedagógicas ou de repressão, que naturalizam a cultura e encobrem a arbitrariedade dessa com sua ideologia.

5) O que é educação, segundo o texto?
A educação da qual tratamos neste texto é entendida num sentido amplo, ou seja, englobando as esferas familiar, formal e social, bem como as influências de cada uma nas demais. Como seria demasiadamente longa uma discussão aprofundada desse conceito, abordaremos a importância da educação no processo de constituição da subjetividade e, posteriormente, para a escolha profissional e inserção do jovem no mercado de trabalho. Entendemos que a educação se dá não apenas através dos meios formais, visto que ela excede esse cenário nas demais instituições das quais fazemos parte e contribuem para nossa socialização e construção da subjetividade: escola, meios de comunicação, família, rede social, entre outros (BOURDIE; PASSERÓN, 1975; PATTO, 1984).

6) Como ocorre a construção da subjetividade, desde o nascimento, passando pela infância, pela escolarização, adolescência e a inserção no mundo adulto?

Como ser social em potencial, o indivíduo nasce e faz parte de uma primeira coletividade: a família. O indivíduo – membro de um grupo com cultura própria – ingressa num processo que irá durar por toda a vida, iniciando-se o processo de socialização e da construção da realidade atravessado pelas diretrizes sociais que orientam a subjetivação. Desde o nascimento e o início da socialização aprende-se a escolher e a decidir o que fazer profissionalmente (OLIVEIRA, 1997). Charlot (citado por MIRANDA, 1985) diz que a criança é um ser sempre já socializado. Devemos tomar cuidado com o equivocado entendimento literal que pode ser sugerido dessa afirmação para não sermos deterministas ao entendermos a construção da subjetividade na perspectiva sócio-histórica. Na verdade, dentro de uma coletividade, antes mesmo de a criança nascer, existem predisposições que podem futuramente apontar direções em suas escolhas e atitudes, incluindo a escolha profissional (SOARES, 2002). Assim, reiteramos com Berger e Luckmann (1985) que nascemos membro de uma sociedade que nos antecede e da qual herdamos diversos construtos culturais.

A coletividade familiar é o primeiro grupo do qual a criança participa ativamente. Segundo Bourdieu e Passerón (1975), a família é responsável pelo Trabalho Pedagógico primário, o qual inculca o arbitrário cultural primário. Considerada Autoridade Pedagógica legítima pela sociedade e responsável pela transmissão da ideologia dominante, dos valores morais e da cultura, a família está encarregada do Trabalho Pedagógico de socialização primária. Essa é a primeira socialização que o indivíduo experimenta e através da qual torna-se membro de uma sociedade (BERGER; LUCKMANN, 1985). A inculcação exercida pela família tem o poder de se agregar fortemente à subjetividade do indivíduo, e funcionará como um modelo que, ao longo de sua vida facilitará ou dificultará a inculcação de arbitrários secundários nos sucessivos Trabalhos Pedagógicos que se realizarão. A socialização primária se dá necessariamente pela mediação do outro; logo, mobiliza afetos e identificações e é carregada de “alto grau emotivo” (BERGER; LUCKMANN, 1985; MIRANDA, 1985). Esses afetos e identificações contribuem para a formação da identidade do indivíduo; consideramos que a identidade abrange também um aspecto referente ao mundo do trabalho, isto é, fazem parte dela a identidade profissional e a identidade ocupacional. A sociedade verifica a inculcação dos arbitrários e seus conteúdos, reforçando ou negando nas interações diárias os comportamentos adquiridos no processo de socialização e no desenvolvimento da subjetividade.

7) O que é o arbitrário cultural?
O arbitrário é um sistema simbólico, detentor de uma seleção de significados, que define objetivamente a cultura de um grupo.

8) O que é habitus?
O habitus, como um produto histórico, produz práticas individuais e coletivas e, conseqüentemente, a história, em acordo com os esquemas que ela mesma produz. A subjetividade e a objetividade material constroem-se mutua e historicamente numa relação dialética e dinâmica.

9) Por que não podemos deduzir o habitus individual do familiar ou do habitus da classe sócio-econômico-cultural ao qual a pessoa pertence?

O processo de socialização e aprendizagem corresponde a um maquinário reprodutor, com as devidas modificações grupais e individuais que interessam ao arbitrário dominante. A reprodução ocorre além do arbitrário cultural: verifica-se uma manutenção da estrutura social, do modo de produção, da divisão do trabalho e das relações de poder. Apesar do Trabalho Pedagógico exercido pela família (socialização primária) na inculcação de um primeiro arbitrário cultural, a criança – nascida numa classe com seu habitus próprio – potencialmente sofre determinações de um Trabalho Pedagógico inerente à educação recebida pelos pais e a seu processo de socialização. Portanto, podemos pontuar que o Trabalho Pedagógico Primário exercido sobre a criança é herança do arbitrário anteriormente introjetado nos (e pelos) pais sob ação dos agentes socializadores (escola, família e sociedade).

Contudo, não podemos deduzir o habitus individual nem o familiar a partir do habitus de classe, porque o Trabalho Pedagógico de inculcação dos arbitrários nem sempre é bem sucedido e ainda porque as práticas familiares não são necessariamente as mesmas de outras coletividades ou da classe as quais pertence. Existem, também, vários fatores apontados por Percheron (citado por NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2002), que tornam uma dedução inviável. Dentre eles destaca a ascensão ou declínio do grupo familiar, seu nível educacional, seu pertencimento ao meio urbano ou rural, postura conservadora ou empreendedora e sua religião. A partir da ação desses fatores, existem famílias numa mesma classe social com comportamentos bastante diferenciados e famílias de classe diferentes com comportamentos similares. Hinde (1997) aponta que variações de comportamento de um mesmo indivíduo em situações distintas são maiores do que indivíduos advindos de contextos diferentes numa mesma situação social.

10) Quais os agentes pedagógicos citados no texto?
O indivíduo desenvolve sua subjetividade através da cultura e da mediação estabelecida entre os membros de uma sociedade que a representam. A sociedade dispõe de agentes socializadores que realizam um Trabalho Pedagógico com a finalidade de inculcar um arbitrário cultural considerado legítimo, ou seja, um arbitrário oriundo da classe dominante. Diversos são esses agentes pedagógicos: família, escola e o meio social.

11) Quais os quatro tipos de capital envolvidos no processo educacional e de desenvolvimento da subjetividade? Explique eles.
O investimento familiar dado à educação formal considera quatro tipos de capitais (NOGUEIRA; NOGUEIRA, 2002): a) o econômico, isto é, bens e serviços a que o indivíduo tem acesso; b) o cultural, que decorre diretamente da educação formal, pois agrupa interesses e preferências sobre artes, culinária, esportes, vestuário, domínio da língua culta e de outros idiomas, além de informações sobre o mundo escolar e do trabalho; c) o social, conjunto de relacionamentos sociais caracterizados como influentes e mantidos pela sua família; e d) o simbólico, parte da seleção de significações contida no arbitrário cultural. O capital econômico e o social podem servir de auxiliares na acumulação do capital cultural ao permitir o acesso a instituições de ensino de qualidade e a bens culturais de alto custo financeiro. Porém, o benefício escolar e profissional advindo desse acesso provém, sobretudo, de capital cultural anterior. De acordo com a quantidade e qualidade de capitais disponíveis por cada família, certas estratégias de investimento na educação formal, incorporadas no habitus familiar, seriam mais rentáveis e seguras ou incertas e arriscadas.

12) Quais as estratégias de investimento escolar das de investimento familiar à educação formal citados no texto?

Nogueira e Nogueira (2002) sugere três tipos de disposições e estratégias de investimento escolar:

1) As classes baixas, pobres em capitais econômico e cultural, investem moderadamente na educação de seus membros, pois as chances de sucesso são reduzidas, incertas e a longo prazo, devido a falta de capitais econômico, social e cultural necessários ao bom desempenho escolar.

2) As famílias de classe média possuem considerável acúmulo de capitais que permitem maior investimento na educação formal que as de classe baixa sem correr tantos riscos; logo, investem com maior esperança na escolarização de seus filhos almejando, principalmente, reconhecimento social através do status da profissão desses. À classe média, desprovida de capital de produção, resta somente possibilidades de reconhecimento relativo a tais significantes de status das ocupações, sobretudo das que requerem formação universitária. Não só a remuneração é recompensa pelo trabalho exercido, mas também a representação agregado à profissão. O investimento na educação e a escolha profissional-ocupacional podem se basear na questão do status, já que esse nas famílias de classe média relaciona-se ao status profissional-ocupacional de seus membros e não na propriedade geradora de capital econômico de suas ocupações. Duas situações decorrem da idéia de status agregado: uma ocupação de formação universitária dispõe de maiorstatus – além de melhor remuneração – do que uma de formação técnica, e esta mais do que outra que exija educação básica; a outra situação é a de que entre as ocupações que exigem mesmo grau de formação educacional, algumas têm maior status do que outras, independentemente da remuneração recebida pelo trabalho, mas pelo seu reconhecimento social. Essa é a lógica adotada pela família de classe média ao investir na educação formal de seus membros.

3) As elites econômicas e culturais investem fortemente na escola, porém de forma mais descontraída que as classes médias, pois o sucesso escolar é tido como algo natural. Entretanto, as famílias de classes dominantes investem na educação formal de seus filhos com o objetivo, dentre outros, de perpetuar a divisão do trabalho e do poder e manter a ordem social estabelecida. Nogueira e Nogueira (2003) e Carnoy (2004) concordam na premissa que as classes mais altas dispõem de mais capital para investir na educação e, também, obtêm um retorno mais elevado para esses investimentos.

Carnoy (2004) levanta um fator que acontece na América Latina devido a crescente concorrência no mercado de trabalho e conseqüente concorrência pelo acesso aos recursos educacionais existentes. Famílias com nível sócio-econômico elevado, grau de escolaridade e renda mais elevados tendem a aumentar seu investimento nos ensinos fundamental e médio de seus filhos com o objetivo de garantir seu ingresso na universidade. Vale ressaltar que no caso dessa população, a universidade é pública. É uma luta desigual com as classes de nível sócio-econômico mais baixo, que não dispõe de capital, seja de qualquer tipo, suficiente para obter educação de nível superior pública, gratuita e de alta qualidade, restando-lhe somente o ensino superior privado e absurdamente de péssima qualidade. Mesmo investindo num ensino que posteriormente se revela praticamente inútil na ambição de ascensão sócio-econômica, o proletariado parece acreditar no mito liberal alimentado pela elite de que agregar conhecimento através da educação formal certamente é um diferencial no mercado de trabalho. Pochmann (2007) aponta o crescimento do desemprego entre a população com ensino superior como conseqüência do baixo ritmo de crescimento da economia e do não aproveitamento da mão-de-obra qualificada pela indústria e pelo setor de serviços, visto que o Brasil possui, em geral, produtos de baixo valor agregado. Percebemos, assim, no discurso veiculado pela mídia e reiterado pelo mercado de trabalho, o encobrimento ideológico da necessidade de outros capitais, citados acima, na aquisição de uma posição diferenciada na estratificação social.

13) Levando em consideração a citação de Carnoy (pp. 8 e 9), como você entende o sistema de cotas adotado no vestibular?
Opinião pessoal.

14) Quando e por que surgiu a "livre" escolha da profissão?
A escolha livre da profissão é recente, remetendo ao século XIX e à instalação do modo de produção capitalista. A problemática vocacional surge apenas com a estruturação social implementada no capitalismo (JEANGROS, 1959; BOHOSLAVSKY, 1983; BOCK, 2002). As profissões deixaram de ser herdadas e repassadas por gerações nas famílias. Essas passaram a almejar melhores condições de vida para seus filhos, que tendo uma melhor educação e sendo mais instruídos, poderiam ser mais prósperos que seus pais e ter melhores salários.

15) Qual é o impasse na inserção no mercado de trabalho apresntado no 1o. parágrafo da p. 10? Qual sua opinião sobre o assunto?

O nível de escolaridade influi sobre as chances de trabalho remunerado e na renda da população jovem (WAISELFISZ, 2004), porém não conduz o jovem diretamente ao emprego (CASIMIRO, 2004). A questão não é somente falta de qualificação, como coloca mascarada ideologicamente o mercado. Num momento de crescimento da economia, esse fator pode sim existir, mas de forma pontual. Pochmann (2007) corretamente afirma que o desemprego é estrutural e se reverte na escassez de vagas. As organizações alegam falta de qualificação dos jovens mesmo os postos de trabalho mantendo suas características e atividades, bem como melhora na escolaridade dessa população. Nesse cenário, ocorre uma disputa entre adultos melhores qualificados e os jovens para postos antes ocupados tradicionalmente por esses (CASIMIRO, 2004). Os contratantes potenciais alegam que se o trabalhador é jovem, lhe falta experiência; caso tenha experiência e seja mais velho, é muitas vezes considerado desatualizado e/ou não teria a mesma motivação e energia para produzir como alguém mais novo. Nesse ponto, encontramos um duplo-vínculo, no qual prolonga-se patologicamente a situação do mercado de trabalho brasileiro e degradação subjetiva do trabalhador frente à impossibilidade de encontrar uma ocupação e às precariedade e instabilidade dos postos de trabalho que lhes estão disponíveis.


16) Como a educação contribui para aumentar as possibilidades das pessoas na vida econômica e social (empregabilidade, trabalho, renda, cultura geral, etc.)? (Leia p.12-15).
Ela contribui para a empregabilidade, aumenta o poder de produtividade do trabalhador e potencializa suas oportunidades de renda, melhora sua mobilidade no mercado de trabalho e amplia suas possibilidades de escolha dentro de sua carreira. (...)
Ao longo da história, a educação adaptou-se aos modos de formação particulares de organização sócio-cultural e do processo produtivo, e seu papel mudou de acordo com as necessidades de qualificação do trabalhador. No início do processo de acumulação capitalista, o trabalho manual e servil era valorizado como o necessário ao crescimento econômico. A divisão do trabalho impunha aos trabalhadores um trabalho repetitivo e simples – exploração da força de trabalho que traria lucro aos capitalistas. Somente com as inovações tecnológicas da terceira revolução industrial, sobretudo no último terço do século passado, o conhecimento passou a ser valorizado como um recurso de capital humano (capital intelectual) que poderia incrementar os ganhos de produtividade (CRAWFORD, 1994; INTERNATIONAL LABOUR ORGANIZATION, 2002; STEWART, 1998). Entretanto, essa não é uma realidade brasileira, senão um ideal já bastante tardio (POCHMANN, 2007; ZEBRAL FILHO, 1997). (...)
Como o grau de instrução é associado à rentabilidade no mercado de trabalho, a competição acaba por transportar-se desse campo para se revelar também na educação. Carnoy (2004) cita o aumento da competição subnacional para acesso aos recursos educacionais existentes – vide a concorrência nos vestibulares Brasil afora. Essa competição pode ser apontada no crescente número de jovens disputando vagas em universidades públicas de qualidade (INEP, 2003a, 2003b; CARNOY, 2004). Vemos aqui uma disputa – questão também levantada por Waiselfisz (2004) – pelos produtos econômicos (remuneração e a possibilidade de aumento do poder de compra), sociais (status e reconhecimento) e culturais (arte, educação, entre outros) pertencentes a um modus vivendi estimulado e socialmente reconhecido pela cultura vigente.


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Exercício 2 - 3o. Período 02-09 (RESPOSTAS)

Rego, A.; Pinha e Cunha, M.; Souto, S. Espiritualidade nas organizações e comprometimento organizacional. RAE Eletrônica. 6(2), jul./dez. 2007, pp. 1-27.

1) Quais as três definições de espiritualidade nas organizaações citadas no artigo?
"A espiritualidade nas organizações pode ser interpretada como o reconhecimento, pela organização e pelos seus líderes, de que os empregados têm uma vida interior que alimenta, e é alimentada, pela realização de trabalho com significado num contexto de comunidade (Ashmos e Duchon, 2000; Milliman, Czaplewski e Fergusson, 2003). Esta definição é, todavia, apenas uma entre as muitas presentes na literatura (Freshman, 1999; Brown, 2003).
Giacalone e Jurkiewicz (2003a), por exemplo, sugeriram que a espiritualidade nas organizações é um quadro de valores organizacionais, evidenciados na cultura da organização, que promove a experiência de transcendência dos empregados por meio dos processos de trabalho, facilitando o seu sentido de conexão com as outras pessoas, de um modo que lhes proporciona sentimentos de plenitude e alegria. Por seu turno, Ian Mitroff, num Simpósio realizado na Academy of Management, definiu-a como “o desejo de encontrar o propósito último da vida e viver de acordo com ele” (Cavanagh, 1999, p. 189).
Para os propósitos do presente artigo, após a leitura atenta da literatura (especialmente os números especiais de revistas como o Journal of Management Inquiry e o Journal of Organizational Change Management), e tendo em vista algumas das recentes operacionalizações do construto (Ashmos e Duchon, 2000; Milliman et al., 2003; Duchon e Plowman, 2005), definimos a espiritualidade nas organizações do seguinte modo: existência de oportunidades na organização para realizar trabalho com significado, no contexto de uma comunidade, com um sentido de alegria e de respeito pela vida interior."

2) Quais as cinco dimensões da espiritualidade usadas pelos autores da pesquisa?
"A definição acima orientou o processo de operacionalização do construto, o qual abarca cinco dimensões: sentido de comunidade; alinhamento do indivíduo com os valores da organização; sentido de serviço à comunidade (trabalho com significado); alegria no trabalho; oportunidades para a vida interior."

3) Segundo o texto, no que difere a espiritualidade da religião?
"Ser alguém espiritual não significa exibir qualquer religião. E uma organização que nutre a espiritualidade não é a que induz as pessoas a adotarem determinadas crenças e práticas religiosas. Em rigor, esta indução pode ser mesmo uma “afronta” à genuína espiritualidade. Mais especificamente, a espiritualidade diz respeito ao fato de os colaboradores: (a) serem entidades com necessidades espirituais (desejo de serem únicos, de estarem em união com algo superior a si próprios, de serem úteis, de compreenderem e serem compreendidos; Strack et al., 2002); (b) desejarem experimentar um sentido de propósito e de significado no trabalho; e (c) pretenderem experimentar um sentido de conexão com a comunidade de trabalho (Ashmos e Duchon, 2000)."

4) Quais as vantagens, citadas no texto, da espiritualidade para o trabalhador?
"Em nível de análise individual, os estudos têm procurado identificar os efeitos da espiritualidade para a saúde e as respostas psicossomáticas. Diversas evidências teóricas e empíricas têm sugerido que as pessoas com forte espiritualidade apresentam, por exemplo, melhor qualidade de vida; uma elevada auto-estima; um sentido mais forte de pertença; um melhor ajustamento a eventos traumáticos; maior proteção contra doenças geradas pelo estresse; maior satisfação com a vida; menor pressão sanguínea; melhor funcionamento do sistema imunológico; e, por último, menores tendências depressivas (Musgrave, Allen e Allen, 2002; Moss, 2002; Miller e Thoresen, 2003; Puchalski, 2004; Sawatzky, Ratner e Chiu, 2005)."

5) O que é comprometimento organizacional?
"O comprometimento organizacional é o estado psicológico que caracteriza a ligação do indivíduo à organização, tendo implicações na sua decisão de nela continuar (Allen e Meyer, 1996, 2000)."

6) Cite os três componentes do comprometimento organizacional?
"A maior parte dos estudos focaliza-se em três componentes: a orientação afetiva para com a organização (ligação afetiva); o reconhecimento dos custos associados com a saída da mesma (ligação instrumental); e um sentido de obrigação moral de nela permanecer (laço normativo)."

7) Que tipos de comportamentos podemos esperar dos três diferentes tipos de laço ou comprometimento organizacional?
"Dado que o comprometimento afetivo baseia-se em um vínculo emocional com a organização, é provável que as pessoas mais afetivamente comprometidas sejam mais motivadas para contribuir com o desempenho da organização, apresentem menor turnover, menor absentismo e adotem mais comportamentos de cidadania organizacional (Organ e Paine, 2000). Diferentemente, é provável que os colaboradores com laço instrumental mais forte não sintam qualquer propensão a darem à organização mais do que aquilo a que estão obrigadas. Acresce que, se este for o laço preponderante, é possível que os indivíduos adotem mesmo atitudes e ações negativas em relação à organização (e.g., absentismo, comportamentos retaliatórios). Finalmente, é provável que as pessoas que sentem obrigações e deveres de lealdade para com a organização (laço normativo) tendam a adotar comportamentos positivos. Todavia, esses sentimentos tendem a não suscitar os mesmos entusiasmo e envolvimento que os produzidos pelo comprometimento afetivo. Conseqüentemente, os resultados organizacionais positivos tendem a ser menos notórios."

8) Que aspectos tendem a desenvolver o laço afetivo do trabalhador?
"A literatura (Allen e Meyer, 1996, 2000; Meyer, 1997) sugere que o comprometimento afetivo se desenvolve quando o colaborador se envolve e/ou reconhece o valor e/ou deriva a sua identidade da associação com a organização. Estes efeitos podem ser alcançados quando, por exemplo, o colaborador (a) sente que a organização o trata de modo justo, respeitador e apoiante; (b) tem confiança na organização e nos seus líderes; (c) obtém satisfação no trabalho; (d) considera que os valores da organização têm uma orientação humanizada; (e) sente que existe congruência entre os seus objetivos e os da organização; e (f) a organização é uma boa cidadã e assume comportamentos socialmente responsáveis."

9) E o laço instrumental?
"O comprometimento instrumental desenvolve-se quando o indivíduo (a) reconhece que, se sair da organização, perderá investimentos nela feitos e/ou (b) não tem alternativas atrativas de emprego em outras organizações. É possível, por outro lado, que se sinta sobretudo instrumental ou calculativamente ligado à organização quando se sentir insatisfeito, injustiçado, impossibilitado de desenvolver o seu potencial e realizando trabalho rotineiro e não desafiante."

10) E o normativo?
"O comprometimento normativo tende a desenvolver-se quando o colaborador internaliza as normas da organização mediante socialização; recebe benefícios que o induzem a atuar reciprocamente ou estabelece com a organização um contrato psicológico. É possível, por exemplo, que desenvolva o dever de lealdade à organização quando (a) se sente satisfeito no trabalho, justiçado e apoiado; (b) percebe que a organização fomenta valores que ele próprio possui; (c) verifica que os seus líderes são de confiança; (d) percebe que a organização adota políticas de recursos humanos que o valorizam como pessoa e não como mero instrumento ou recurso."

11) Quais as vantagens do alinhamento entre os valores pessoais e corporativos?
"É igualmente possível que a pessoa desenvolva laços de confiança e estabeleça com a organização um contrato psicológico de natureza relacional (Rousseau, 1995). Pode também suceder que, ao perceber um alinhamento entre os seus valores e a missão/valores da organização, a pessoa desenvolva uma maior identificação organizacional, procurando atuar favoravelmente em prol da organização. É também presumível que, recebendo da organização recursos espirituais e motivacionais, o colaborador desenvolva o dever de responder reciprocamente (Gouldner, 1960; Settoon, Bennett e Liden, 1996; Eisenberger et al., 2001) com maior comprometimento afetivo um sentido mais forte do dever de lealdade."

12) Quais as desvantagens de não se adotar a espiritualidade nas organizações?
"Quando o trabalho não tem significado para a vida, a criatividade não flui. O comprometimento e a motivação para o trabalho são menores. A cooperação e o espírito de equipe são penalizadas. Os níveis de estresse são mais elevados, podendo gerar acidentes de trabalho, erros decisórios e problemas de saúde física e psicológica. A identificação dos indivíduos com a organização é menor, e isso pode refletir-se no modo como se pronunciam externamente acerca da sua organização e, por conseguinte, na reputação organizacional. Os talentos abandonam mais provavelmente a empresa, que fica também com menor potencial atrativo para recrutar e selecionar bons candidatos. A lealdade organizacional é menor.
Distintamente, quando as organizações criam espaços espiritualmente ricos, os seus membros satisfazem as necessidades espirituais, experimentam um sentido de segurança psicológica e emocional, sentem-se valorizados como seres intelectual, emocional e espiritualmente válidos, experimentam sentidos de propósito, de autodeterminação, de alegria e de pertença. Em contrapartida da recepção destes “recursos” espirituais e motivacionais, desenvolvem maior ligação afetiva com a organização e sentem o dever de responder reciprocamente, de serem mais leais e mais produtivos."


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Exercício 1 - 3o. Período 02-09 (RESPOSTAS)

Stewart, T.A. (1998). O trabalhador do conhecimento. Em: T.A. Stewart. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas (pp. 35-47). Rio de Janeiro: Campus.


Crawford, R. (1994). A organização empresarial é redefinida. Em: R. Crawford. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças econômicas, seu impacto nas empresas e nas decisões de investimento (pp. 114-121). São Paulo: Atlas.

1) Quais as características da nova organização?
As empresas que querem tomar a ponto do mercado mudaram radicalmente sua filosofia de gestão. Elas facilitam a livre circulação de informações, utilizam a capacidade intelectual dos funcionários e se preparam para responder rapidamente a toda e qualquer demanda que apareça.


2) Quais as características do novo perfil de trabalhador pedido pelas empresas?
Para montar uma equipe condizente como o novo paradigma organizacional, faz-se necessário recrutar colaboradores que saibam pensam analiticamente, se preocupem com o desempenho da equipe e da empresa, que tenham afinidade com a cultural organizacional, uma postura de aprendizado constante, habilidades de resolução de conflitos e capacidade de planejamento.

3) O que as empresas precisam levar em conta frente ao novo cenário de negócios?
Uma vez que a economia migra fortemente do paradigma industrial para o do conhecimento, antigas atitudes e hábitos tornam-se contraproducentes. Há uma demanda por adaptação ao ambiente externo e global, reengenharia da cadeia de valor das empresas, empowerment e horizontalização da estrutura organizacional, bem como a implantação de tecnologias de gestão que abarquem conceitos sistêmicos e biopsicossociais.

4) Como fazer uma análise dos ambientes? Que técnicas podemos usar?
Existem metodologias de análise de ambientes que, apesar de certa idade, ainda são pertinentes ao cenário atual. Toda e qualquer metodologia que abarque os aspectos políticos, econômicos, culturais, legais, ambientais, tecnológicos é bem vinda. Ex.: 5 forças de Porter, SWOT, ANSOFF, BSC, etc.

5) Quais os fatores constituem a cultura organizacional?
Toda o sistema de crenças e valores que constituem o conjunto simbólico que regem o aspecto sócio-grupal da organização formam a cultura organizacional.

6) Qual as características e como mudou a organização dos tempos industrial para o pós-industrial?
Cenário Industrial
  1. Burocracia
  2. Verticalização
  3. Produtos de massa
  4. Padronização
  5. Produção empurrada
  6. Oferta <>
  7. "HARDWARE"
Cenário Pós-Industrial
  1. Cooperação e Participação
  2. Horizontalização
  3. Produtos customizados
  4. Criatividade e Inovação
  5. Tecnologia intensa
  6. Produção puxada (just in time, just in case)
  7. Oferta >>>> Demanda
  8. "SOFTWARE"

7) Quais os 4 tipos básicos de empresas no cenário contemporâneo, segundo Crawford?
"A economia emergente será baseada em quatro tipos básicos de empresas: (1) capital intensivo, empresas altamente automatizadas, que são encontradas principalmente na manufatura, infra-estrutura básica e indústrias de recursos naturais; (2) manufatura baseada em mão-de-obra intensiva, com nichos de mercado protegidos, como, por exemplo, as empresas de processamento de comida; (3) negócios com serviços rotineiros ou com conhecimento não intensivo que utilizam um alto grau de automação, e (4) serviços especializados baseados em alto nível de conhecimento, que se tornarão cada vez mais a organização dominante na economia. Estas organizações serão encontradas numa variedade de setores, incluindo serviços financeiros, de saúde, serviços profissionais (consultoria, contabilidade, direito, engenharia e arquitetura), serviços de treinamento para software, empresas de softwares, empresas de pesquisa científica e de entretenimento." (p. 118)

8) Qual o perfil das equipes de trabalho da nova corporação emergente? (Lembre-se do video da IDEO mostrado em sala)
Multi ou transdisciplinares, com alta grau de especialização, profissionais altamente atualizados e pró-ativos.

9) Quais são as mudanças que as empresas precisaram fazer para atrair e manter talentos e conhecimento?
Promover o crescimento dos colaboradores, pagar salários no mínimo ligeiramente acima da média, possuir uma carteira de benefícios atraente, políticas de QVT, planejamento de carreira coerente e transparente, horários de trabalho flexíveis, oferecer ambientes de trabalho intelectualmente estimulantes e integração entre diversos departamentos.


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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Você sabe qual é a capital da Nigéria?

Pois é, nem eu sabia...


Segue abaixo texto de Ricardo Jordão Magalhães [link fonte].

Quantas vezes você já ouviu algum brasileiro criticar americanos e europeus por ainda acreditarem que Buenos Aires é a capital do Brasil?

Se você é um desses brasileiros que criticam aqueles que não sabem qual é a capital do Brasil, responda para mim, Você sabe qual é a capital da Nigéria?!!!

Não sabe?!?!

Se você não sabe qual é a capital da Nigéria, por que alguém deveria saber qual é a capital do Brasil?!?!

A comparação lhe parece absurda?

A Nigéria é a Nigéria e o Brasil é o Brasil?!

Pense novamente.

Ninguém tem a obrigação de saber o que nós somos, o que nós fazemos, ou o quê nós temos para oferecer. É exatamente esse o SEU, o MEU, o NOSSO DEVER: FAZÊ-LAS SABER!

Existem alguns mitos.

O mito que diz que o brasileiro é criativo. Pare para pensar por um momento. Olhe ao seu redor onde quer que você esteja. Procure por algo que o Brasil tenha inventado. Nós inventamos o computador? Não. Nós inventamos a lâmpada? Não. Nós inventamos o elevador? Não. Nós inventamos o carro ou a bicicleta? Não. Nós inventamos a geladeira da sua cozinha? Não. Nós inventamos o piano? Não. Nós inventamos a televisão ou o rádio? Não. Talvez a folha de papel que está ao lado do seu computador? Não.

CRIATIVO?

O mito que diz que o brasileiro é carinhoso, quente e amável. Pare para pensar por um momento. Quantos trabalhos voluntários você fez esse ano? Quantas vezes você visitou a sua avó esse ano? O que você fez totalmente de graça por alguém esse ano?

CARINHOSO?

O mito que diz que o brasileiro é flexível. Pare para pensar por um momento. Você nasceu na cidade de São Paulo. Estudou na cidade de São Paulo. Fez faculdade em São Paulo. Casou com um(a) paulistana na igreja de São Paulo. Trabalhou na Avenida Paulista em uma grande multinacional (inflexível) famosa. Come pizza aos domingos e assina o jornal Estado de São Paulo.

FLEXÍVEL?

O mito que diz que o brasileiro é empreendedor. Pare para pensar por um momento. Existem 155 mil pizzarias. Iguais. 250 mil representantes comerciais. Iguais. 25 mil lojas de informática. Iguais. 15 mil postos de gasolina. Iguais. 5 mil lojas de CDs. Iguais. 75 mil consultorias. Iguais. 15 mil vendedores de bananas. Iguais.

EMPREENDEDOR?

O Brasil é o país da criatividade, do carinho, da flexibilidade e do empreendedorismo? A Nigéria não?!

NADA DEPRECIA MAIS UMA PESSOA DO QUE SER VISTA COMO MAIS UMA PESSOA! ACORDA!!!!

Enquanto você fica aí sentado na esperança de que os outros descubram por si só o quê você faz, como você faz, o quanto você faz, e o que você sabe, alguém que precisa justamente do que você sabe, e do que você tem, acaba de passar por você. Ninguém sabe o que tem dentro de você, mas alguém precisa daquilo que tem dentro de você. ACREDITE!

Você não faz idéia do bem que você faz para a humanidade quando você expressa a sua PAIXÃO para todos que estão a sua volta. Você não deveria ter vergonha de fazer isso e muito menos sentimentos de culpa por isso. GRITE PARA TODOS OUVIREM! Deixe todos saberem do seu amor pela vida. O seu amor pelos seus ideais.

LEVANTE-SE AGORA!!! Saía de trás desse seu computador! PARE DE SE ESCONDER atrás do seu programa de e-mail, mensagem instantânea ou do seu telefone. Vá até o seu cliente mais próximo. Visite o colega que senta ao seu lado. Dê um passeio pelo departamento mais próximo ao seu (ele também é seu cliente) e diga a eles porque você veio.

SEJA CAMINHONEIRO pelo menos uma vez na sua vida!!! Transforme o pára-choque do seu carro em um manifesto àquilo que você ama.

Enquanto você se recusa a ser CRIATIVO, a Embraer produz um modelo de avião que vai bater a Boeing nos próximos anos. Enquanto você se recusa a ser CARINHOSO, 10 milhões de brasileiros fazem trabalhos voluntários nesse momento. Enquanto você se recusa a ser FLEXÍVEL, 25 milhões de nordestinos e nortistas deixam suas famílias para trás para construir um Brasil todo para nós. Enquanto você se recusa a ser EMPREENDEDOR, a churrascaria Fogo de Chão invade a Califórnia nos EUA, e a água-ardente Ypióca invade a Europa e o Japão.

A propósito, a capital da Nigéria é Abuja. O idioma oficial do país é o inglês. 130 milhões de nigerianos são fluentes em inglês além dos seus dialetos locais. E você? Qual idioma você fala além do português?

É seu DEVER deixar os outros saberem o quanto você tem para dar. Nada menos que isso interessa!!!!

QUEBRA TUDO!!! Foi para isso que eu vim! E Você?



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terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mind Map de Deepak Chopra

Sou avesso aos autores de auto-ajuda.
Mas devo admitir que o Deepak Chopra montou uma ferramenta muito interessante para usarmos na construção de projetos de carreira e projetos de vida. Trata-se do Mind Map seguido de meditação ou auto-hipnose.

Eu já fiz o meu.

Sucesso!


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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Bing> você já usou?

O projeto comum da Yahoo e da Microsoft para enfrentar a Google está começando a mostrar sinais de que logo logo vai crescer e muito.

Segundo pesquisa realizada pela comScore, instituto especializado em audiência na internet, a máquina de busca pode chegar a uma participação de cerca de 40% do mercado.

Bem, eu adorei o search engine... Coloquei meu nome e pedi uma pesquisa e meu currículo Lattes foi o primeiro resultado da lista.


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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Exercício 3 - 3o. Período 02-09

Pereira, F.N. Uma análise sócio-histórica da educação, da construção da subjetividade e da escolha profissional. (MIMEO)

1) Explique a dialética e o processo de construção subjetivo-objetivo.
2) Qual(is) a(s) diferença(s) entre as concepções sócio-histórica e liberal de homem?
3) Dahrendorf aponta uma saída para a sobredeterminação do ambiente sobre o indivíduo. Como você entende essa saída? Dê exemplos.
4) Como Bourdieu e Passerón entendem a construção (desenvolvimento) da cultura ao longo da história da humanidade?
5) O que é educação, segundo o texto?
6) Como ocorre a construção da subjetividade, desde o nascimento, passando pela infância, pela escolarização, adolescência e a inserção no mundo adulto?
7) O que é o arbitrário cultural?
8) O que é habitus?
9) Por que não podemos deduzir o habitus individual do familiar ou do habitus da classe sócio-econômico-cultural ao qual a pessoa pertence?
10) Quais os agentes pedagógicos citados no texto?
11) Quais os quatro tipos de capital envolvidos no processo educacional e de desenvolvimento da subjetividade? Explique eles.
12) Quais as estratégias de investimento escolar das de investimento familiar à educação formal citados no texto?
13) Levando em consideração a citação de Carnoy (pp. 8 e 9), como você entende o sistema de cotas adotado no vestibular?
14) Quando e por que surgiu a "livre" escolha da profissão?
15) Qual é o impasse na inserção no mercado de trabalho apresntado no 1o. parágrafo da p. 10? Qual sua opinião sobre o assunto?
16) Como a educação contribui para aumentar as possibilidades das pessoas na vida econômica e social (empregabilidade, trabalho, renda, cultura geral, etc.)? (Leia p.12-15).


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Exercício 2 - 3o. Período 02-09

Rego, A.; Pinha e Cunha, M.; Souto, S. Espiritualidade nas organizações e comprometimento organizacional. RAE Eletrônica. 6(2), jul./dez. 2007, pp. 1-27.

1) Quais as três definiçÕes de espiritualidade nas organizaações citadas no artigo?
2) Quais as cinco dimensões da espiritualidade usadas pelos autores da pesquisa?
3) Segundo o texto, no que difere a espiritualidade da religião?
4) Quais as vantagens, citadas no texto, da espiritualidade para o trabalhador?
5) O que é comprometimento organizacional?
6) Cite os três componentes do comprometimento organizacional?
7) Que tipos de comportamentos podemos esperar dos três diferentes tipos de laço ou comprometimento organizacional?
8) Que aspectos tendem a desenvolver o laço afetivo do trabalhador?
9) E o laço instrumental?
10) E o normativo?
11) Quais as vantagens do alinhamento entre os valores pessoais e corporativos?
12) Quais as desvantagens de não se adotar a espiritualidade nas organizações?


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