terça-feira, 28 de abril de 2009

Vitória: uma ilha de congestionamentos e poluição?

Vitória é a ilha-capital do Espírito Santo, estado um pouco esquecido do desenvolvimento até a década de 1990, quando iniciou uma crescente de modernização, sobretudo nos últimos 5 anos. Mas, nem sempre o desenvolvimento é planejado e sustentável e o que podemos observar em Vitória foi uma falta de planejamento estratégico de longo prazo que hoje implica em sérios problemas para a capital capixaba e as cidades da região metropolitana.

Um dos pontos que necessita de intervenção urgente é a reengenharia viária e uma reflexão profunda sobre os nortes de urbanização de toda a região que se extende desde Guarapari até Fundão.

Como disse anteriormente em outro post, a forma de pensar o crescimento urbano sustentável é um paradigma a ser enfrentado nas esferas política, econômica e social. Infelizmente, nossa população tem a cultura de relegar ao governo a discussão e a implementação de soluções para as questões públicas - um resquício de nossa história colonial que se arrasta até os dias atuais.

Mudanças em nossas vidas, aqui inclusas as relativas ao transporte, ao estabelecimento de zonas residenciais, produtivas e comerciais, áreas de socialização e relacionamento dos cidadãos, entre outros pontos a serem discutidos, devem ser contabilizadas em nossas discussões em casa com nossas famílias, com os amigos, nas escolas, comunidades e esferas governamentais - englobando os três poderes: executivo, legislativo e judiciário.

É preciso que também se faça valer o acordo metropolitano e que políticas públicas passem a ser pensadas num âmbito maior, encorpando as cidades satélites à capital como integrantes da teia urbana e vislumbrando níveis de análise múltiplos de forma intregada: sociedade, economia, meio ambiente, entre outros.

Me incomoda profundamente nossos governantes e representantes políticos não terem um projeto urbano explícito, com matrizes de transporte público, áreas de recreação e socialização, infra-estrutura, soluções para educação e saúde, a ser debatido pela população.

Essas discussões não nos são exculsivas, emergiram como convergência de líderes mundiais que nos alertam para a maneira como temos vivido e as mudanças que inevitavelmente serão necessárias para que nossa existência tenha menor impacto sobre a biosfera.



Algumas empresas, como a IBM, tem se juntado a governos para refletir como podemos manter o crescimento das cidades de forma sustentável e reduzir os impactos da urbanização sobre a cidade.




Em Vitória, o vai-e-vem do debate volta e meio aparece na mídia [link 1, link 2, link 3]; entretanto, a população pouco tem sido chamada para se envolver em algo que tem impacto profundo em nosso cotidiano e na arquitetura urbana na qual ele se baseia. 

A crise de crédito e a desaceleração econômica estão maiores que a marola esperada pelo nosso presidente pop star Lula. Eu, que já fui surfista, sei que não podemos errar o cálculo com o tamanho da onda, senão podemos tomar um caixote e nos machucar bastante. A boa nova é que as conjunturas macro e micro-econômicas têm nos salvado de maiores apuros.

O cenário atual fez nossos governos federal, estadual e municipal freiarem planos para os anos de 2009 e 2010 e os PAC da vida foram novamente empacotados e colocados no freezer. Mas o que quero colocar aqui na mesa para você leitor é que não se trata apenas de dinheiro pública a ser investido, e sim uma reflexão de toda a população de como devemos agir diante dos problemas urbanos.

Algumas atitudes simples podem ser tomadas no dia-a-dia. Devemos nos lembrar que tudo que consumimos será descartado no ambiente [leia post sobre o assunto] e que nós mesmos podemos mudar hábitos e salvar nosso planeta, deixando um patrimônio decente para as próximas gerações.

A região metropolitana de Vitória é um exemplo claro de espaço urbano que demanda planejamento de curto, médio e longo prazos. E uma crise econômica não pode calar nosso clamor por mudanças de atitudes dos agentes políticos diretos - nossos representantes - e de nós - cidadãos -, que construímos nossa morada, nossa querida cidade, nosso palco e tabuleiro no jogo da vida.

Ainda é tempo de fazermos algo para mudar o mundo: o meu, o seu, o nosso mundo.


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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Um site para você aprender mais sobre Vitória (e quem sabe comprar e/ou vender seu imóvel...)

A capital capixaba é uma linda cidade e isso é questão que não se discute. Sem bairrismos, sem exageros, nossa querida ilha é um primor da natureza e o novo projeto de urbanização da orla e de alguns pontos históricos ajudam a mostrar o que há de mais belo nos arredores da ilha.


Hoje, gostaria de apresentar para vocês um site bem legal. É o site www.celiamoraesimoveis.com.br. Nele você pode fazer corretagem de imóveis, aprender sobre a história de alguns bairros da cidade, checar a previsão do tempo e ver fotos surpreendentes da nossa ilha maravilhosa.



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domingo, 26 de abril de 2009

Exercício> 5o. Período de Administração UNESC [texto 2]

Rego, A.; Pinha e Cunha, M.; Souto, S. Espiritualidade nas organizações e comprometimento organizacional. RAE Eletrônica. 6(2), jul./dez. 2007, pp. 1-27.

1) Quais as três definiçÕes de espiritualidade nas organizaações citadas no artigo?
2) Quais as cinco dimensões da espiritualidade usadas pelos autores da pesquisa?
3) Segundo o texto, no que difere a espiritualidade da religião?
4) Quais as vantagens, citadas no texto, da espiritualidade para o trabalhador?
5) O que é comprometimento organizacional?
6) Cite os três componentes do comprometimento organizacional?
7) Que tipos de comportamentos podemos esperar dos três diferentes tipos de laço ou comprometimento organizacional?
8) Que aspectos tendem a desenvolver o laço afetivo do trabalhador?
9) E o laço instrumental?
10) E o normativo?
11) Quais as vantagens do alinhamento entre os valores pessoais e corporativos?
12) Quais as desvantagens de não se adotar a espiritualidade nas organizações?


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Exercício> 5o. Período de Administração UNESC [texto 1]

Pereira, F.N. Uma análise sócio-histórica da educação, da construção da subjetividade e da escolha profissional. (MIMEO)

1) Explique a dialética e o processo de construção subjetivo-objetivo.
2) Qual(is) a(s) diferença(s) entre as concepções sócio-histórica e liberal de homem?
3) Dahrendorf aponta uma saída para a sobredeterminação do ambiente sobre o indivíduo. Como você entende essa saída? Dê exemplos.
4) Como Bourdieu e Passerón entendem a construção (desenvolvimento) da cultura ao longo da história da humanidade?
5) O que é educação, segundo o texto?
6) Como ocorre a construção da subjetividade, desde o nascimento, passando pela infância, pela escolarização, adolescência e a inserção no mundo adulto?
7) O que é o arbitrário cultural?
8) O que é habitus?
9) Por que não podemos deduzir o habitus individual do familiar ou do habitus da classe sócio-econômico-cultural ao qual a pessoa pertence?
10) Quais os agentes pedagógicos citados no texto?
11) Quais os quatro tipos de capital envolvidos no processo educacional e de desenvolvimento da subjetividade?  Explique eles.
12) Quais as estratégias de investimento escolar das de investimento familiar à educação formal citados no texto?
13) Levando em consideração a citação de Carnoy (pp. 8 e 9), como você entende o sistema de cotas adotado no vestibular?
14) Quando e por que surgiu a "livre" escolha da profissão?
15) Qual é o impasse na inserção no mercado de trabalho apresntado no 1o. parágrafo da p. 10? Qual sua opinião sobre o assunto?
16) Como a educação contribui para aumentar as possibilidades das pessoas na vida econômica e social (empregabilidade, trabalho, renda, cultura geral, etc.)? (Leia p.12-15).


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Exercício> 3o. Período de Administração UNESC [textos 1 e 2]

Stewart, T.A. (1998). O trabalhador do conhecimento. Em: T.A. Stewart. Capital intelectual: a nova vantagem competitiva das empresas (pp. 35-47). Rio de Janeiro: Campus.

Crawford, R. (1994). A organização empresarial é redefinida. Em: R. Crawford. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças econômicas, seu impacto nas empresas e nas decisões de investimento (pp. 114-121). São Paulo: Atlas.

1) Quais as características da nova organização?
2) Quais as características do novo perfil de trabalhador pedido pelas empresas?
3) O que as empresas precisam levar em conta frente ao novo cenário de negócios?
4) Como fazer uma análise dos ambientes? Que técnicas podemos usar?
5) Quais os fatores constituem a cultura organizacional?
6) Qual as características e como mudou a organização dos tempos industrial para o pós-industrial?
7) Quais os 4 tipos básicos de empresas no cenário contemporâneo, segundo Crawford?
8) Qual o perfil das equipes de trabalho da nova corporação emergente? (Lembre-se do video da IDEO mostrado em sala)
9) Quais são as mudanças que as empresas precisaram fazer para atrair e manter talentos e conhecimento?


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sábado, 25 de abril de 2009

Moradores protestam para salvar cinema comprado por Igreja Universal em Londres


Interior do EMD Cinema

Cinema abrigou shows dos Beatles e era frenquentado por Hitchcock

Cerca de 600 pessoas realizaram no sábado uma vigília à luz de velas para protestar contra planos da Igreja Universal do Reino de Deus de transformar um cinema histórico do leste de Londres em um templo.



O prédio do EMD Cinema, inaugurado em 1887 como um salão de baile no bairro de Walthamstow, foi fechado em 2003, quando foi comprado pela igreja do bispo Edir Macedo.

Na época os planos para a conversão foram rejeitados pela administração regional de Waltham Forest. Mas agora, segundo a McGuffin Film Society, que lidera o movimento pela preservação do cinema, a Igreja Universal estaria novamente negociando a abertura do templo.

"A Igreja Universal contratou a empresa de marketing Remarkable Group para conseguir emplacar seus planos", diz a McGuffin em seu site. "Esta empresa é conhecida por ter clientes de peso, como a British Airways, a BMW e a GlaxoSmithKline."


Hitchcock e Beatles

Terry Wheeler, membro do gabinete de empreendimento e investimento de Waltham Forest, disse à BBC que o pedido da Igreja Universal junto à administração regional será analisado como "de costume", inclusive com uma consulta pública.

A ONG quer que a administração regional ofereça à Igreja Universal outro prédio desocupado, ao lado do cinema, e que este seja adquirido por empresários que queiram reabrir suas salas de projeção.

O EMD Cinema é conhecido em Londres por ter sido frequentado pelo cineasta Alfred Hitchcock quando criança, além de ter sido palco de shows dos Beatles, dos Rolling Stones e do The Who.

Durante a vigília, da qual participaram moradores de Walthamstow e atores britânicos, os manifestantes usaram máscaras com o rosto de Hitchcock e projetaram sua imagem na fachada do cinema.

A BBC não conseguiu entrar em contato com representantes da Igreja Universal para comentar sobre o assunto.


Fonte: BBC Brasil


Acho que nem preciso comentar, né?...



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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Se você pensa como eu...

Já no alto da página vocês podem ler que eu luto por um mundo melhor. Se não acreditasse nisso, acho que ia encostar num barranco e esperar pelo Apocalipse ou coisa parecida.

Agora, se você quer realmente colocar a mão na massa, leia algumas idéias que a IBM tem difundido. Vale a pena tomar algum tempo e alimentar a alma. Devemos manter acesa a chama da mudança.


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quarta-feira, 22 de abril de 2009

A mandate for change is a mandate for smart

Our political leaders are not the only ones who have been handed a mandate for change. Leaders of businesses and institutions everywhere have a unique opportunity to transform the way the world works.

We find ourselves at this moment because the crisis in our financial markets has jolted us awake. We are seriously focused now on the nature and dangers of highly complex global systems. And this isn't our first such jolt. Indeed, the first decade of the twenty-first century has been a series of wake-up calls with a single theme: the reality of global integration.

The problems of global climate change and energy, global supply chains for food and medicine, new security concerns ranging from identity theft to terrorism—all issues of a hyperconnected world—have surfaced since the start of this decade.

The world continues to get "smaller" and "flatter." But we see now that being connected isn't enough. Fortunately, something else is happening that holds new potential: the planet is becoming smarter.

That is, intelligence is being infused into the way the world literally works—into the systems, processes and infrastructure that enable physical goods to be developed, manufactured, bought and sold. That allow services to be delivered. That facilitate the movement of everything from money and oil to water and electrons. And that help billions of people work and live.

How is this possible?

First, the world is becoming instrumented. Imagine, if you can, a billion transistors for every human being. We're almost there. Sensors are being embedded everywhere: in cars, appliances, cameras, roads, pipelines…even in medicine and livestock.

Second, our world is becoming interconnected. Soon, there will be two billion people on the Internet—but systems and objects can now "speak" to each other, as well. Think of a trillion connected and intelligent things, and the oceans of data they will produce.

Third, all of those instrumented and interconnected things are becoming intelligent. They are being linked to powerful new backend systems that can process all that data, and to advanced analytics capable of turning it into real insight, in real time.

With computational power now being put into things we wouldn't recognize as computers, any person, any object, any process or service and any organization—large or small—can become digitally aware, connected and smart.

With so much technology and networking available at such low cost, what wouldn't you enhance? What wouldn't you connect? What information wouldn't you mine for insight? What service wouldn't you provide a customer, a citizen, a student or a patient?

The answer is, you will do all these things—because you can. But there is another reason. We all will because we must.

Consider:

  • Congested roadways in the U.S. cost $78 billion in 4.2 billion lost work hours and 2.9 billion gallons of wasted gas annually—and that's not counting the impact on air quality.
  • Inefficient supply chains cost $40 billion annually in lost productivity—more than 3% of total sales.
  • Our healthcare system really isn't a "system." It fails to link diagnoses, drug delivery, healthcare providers, insurers and patients—as costs spiral out of control, threatening both individuals and institutions.
  • One in five people living today lacks safe drinking water.
  • And, of course, we've seen what's developed in our financial markets, a system in which institutions could spread risk, but not track it.

Yet all of these things are solvable on a smarter planet.

Stockholm has used smart traffic systems to cut gridlock by 20%, reduce emissions by 12% and increase public transportation use dramatically.

Smart food systems are using RFID technology to trace meat and poultry from the farm through the supply chain to store shelves.

Smart healthcare systems can lower the cost of therapy by as much as 90%.

Smart systems are transforming energy grids, supply chains and water management, as well as helping confirm the authenticity of pharmaceuticals and the security of currency exchanges.

There is a tremendous mandate for positive change in the world. We have the resources to do this. In the coming weeks, you'll be hearing more from IBM on the specific ways we can make our planet work better. Let's build a smarter planet.


Fonte: IBM



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segunda-feira, 20 de abril de 2009

11 lições da crise por Mauro Halfeld

Saiu na edição de 30 de março uma coluna do Halfeld que segue abaixo em resumo:

  1. A economia é cíclica
  2. Usar o dinheiro dos outros é perigoso
  3. Confie desconfiando
  4. Todo dia saem de casa um esperto e um trouxa
  5. Busque a simplicidade
  6. Bolhas são divertidas, mas estouram
  7. Quem tem caixa é rei
  8. Não tente adivinhar onde é o fundo do poço
  9. O Brasil não tem air bag
  10. Quem ri por último não ri melhor
  11. Diversificar não é a melhor maneira de ficar rico, mas é uma boa forma de não ficar pobre

É... vale a pena e refletir!


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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Semana sem TV



Vai acontecer em todo o mundo um mutirão para desligar as televisões por uma semana. Diversas pessoas ao redor do mundo desligarão suas tvs entre os dias 20 e 26 de abril.

O objetivo da interveção social mobilizada pela Turn Off Tv Network (aqui no Brasil representada pela ONG Deslique a Tv) é mostrar para as pessoas que estamos nos tornando escravizados pela nossa própria criação.

Os sites da ONGs propõe diversas formas de se ocupar durante a semana e atividades que agregam as famílias e instigam a participação comunitária. O site brasileiro oferece 101 opções de atividades para se fazer quando a tv está desligada e 10 razões para se viver sem a televisão.

Como diria Oscar Wilde a vida é o que acontece lá fora...

Sinceramente não consigo ver o mundo com todas as tvs desligadas, mas vale a pena tentar diminuir o uso da tv em casa. Afinal, segundo autores de esquerda, como Chomsky, a tv serve ao Aparato Repressor e Doutrinador, manipulando as massas em favor dos interesses das elites.

Seja como for, a televisão deixou de ser um aparelho de entretenimento e informação há muito tempo. Conheço (e creio que você também) pessoas que chegam em casa e já ligam o aparelho só para tem a companhia do barulho da tv ligada.

Pense nisso...


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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Small Talk> Talk to Me participa de projeto na Bauhaus

Small Talk

Bate-papo em inglês


Nesses encontros, amantes e simpatizantes da Língua Inglesa terão oportunidade de se reunir para praticar o inglês sem ter medo de errar.

Num ambiente agradável e descontraído, cada encontro será sobre um determinado tema e liderado por um participante-convidado. Todos os participantes podem fazer comentários ou perguntas, o participante-convidado vai apenas nortear a conversa.

Os encontros destinam-se a todos que quiserem conversar em inglês, até mesmo a nativos da língua inglesa com saudade de casa.


Data: 25/04/2009

Duração: 1 encontro mensal.

Dias / Horários: Sábado, de 14:30 às 16:30h

Valor: R$ 15,00 por encontro.

(Inscrição antecipada necessária, vagas limitadas a no máximo 20 pessoas.)


Tema: 25/04 – AUSTRÁLIA E BRASIL: TÃO DISTANTES E TÃO PARECIDOS.

Há muito mais em comum entre esses dois países do que as cores nacionais, mas como a história influenciou para que o desenvolvimento de cada um tenha sido tão diferente?

This is a brief review of the history of both Australia and Brazil, showing the differences and how we are connected. It is easier to understand it by the manner the colonization happened; how slaves, indigenous populations and exploitation influenced the way these huge countries contribute to the world today.

Os temas dos próximos encontros serão sugeridos pelo próprio grupo.


Por: RODRIGO MALACCO – Australiano, filho de pais brasileiros. Dentista e professor de inglês. Sócio da Talk to Me – Personal English (27) 8823-5638



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segunda-feira, 13 de abril de 2009

Quand Viendra la Lumière

Quando a luz chegar

Exposição fotográfica de Eric Garault na Aliança Francesa

Quando e onde
08/04 a 28/04
2a. a 6a.> 9h - 20h

Rua Alaor Queiroz Araújo, 200
Enseada do Suá - Vitória


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sábado, 11 de abril de 2009

Expo Andy Warhol no MAES> eu fui, e você?



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Sobre a origem da poesia


Arnaldo Antunes
"12 Poemas para dançarmos" (12 poems to be danced: 2000)

A origem da poesia se confunde com a origem da própria linguagem.

Talvez fizesse mais sentido perguntar quando a linguagem verbal deixou de ser poesia. Ou: qual a origem do discurso não-poético, já que, restituindo laços mais íntimos entre os signos e as coisas por eles designadas, a poesia aponta para um uso muito primário da linguagem, que parece anterior ao perfil de sua ocorrência nas conversas, nos jornais, nas aulas, conferências, discussões, discursos, ensaios ou telefonemas.

Como se ela restituísse, através de um uso específico da língua, a integridade entre nome e coisa — que o tempo e as culturas do homem civilizado trataram de separar no decorrer da história.

A manifestação do que chamamos de poesia hoje nos sugere mínimos flashbacks de uma possível infância da linguagem, antes que a representação rompesse seu cordão umbilical, gerando essas duas metades — significante e significado.

Houve esse tempo? Quando não havia poesia porque a poesia estava em tudo o que se dizia? Quando o nome da coisa era algo que fazia parte dela, assim como sua cor, seu tamanho, seu peso? Quando os laços entre os sentidos ainda não se haviam desfeito, então música, poesia, pensamento, dança, imagem, cheiro, sabor, consistência se conjugavam em experiências integrais, associadas a utilidades práticas, mágicas, curativas, religiosas, sexuais, guerreiras?

Pode ser que essas suposições tenham algo de utópico, projetado sobre um passado pré-babélico, tribal, primitivo. Ao mesmo tempo, cada novo poema do futuro que o presente alcança cria, com sua ocorrência, um pouco desse passado.

Lembro-me de ter lido, certa vez, um comentário de Décio Pignatari, em que ele chamava a atenção para o fato de, tanto em chinês como em tupi, não existir o verbo ser, enquanto verbo de ligação. Assim, o ser das coisas ditas se manifestaria nelas próprias (substantivos), não numa partícula verbal externa a elas, o que faria delas línguas poéticas por natureza, mais propensas à composição analógica.

Mais perto do senso comum, podemos atentar para como colocam os índios americanos falando, na maioria dos filmes de cowboy — Eles dizem "maçã vermelha", "água boa", "cavalo veloz"; em vez de "a maçã é vermelha", "essa água é boa", "aquele cavalo é veloz". Essa forma mais sintética, telegráfica, aproxima os nomes da própria existência — como se a fala não estivesse se referindo àquelas coisas, e sim apresentando-as (ao mesmo tempo em que se apresenta).

No seu estado de língua, no dicionário, as palavras intermediam nossa relação com as coisas, impedindo nosso contato direto com elas. A linguagem poética inverte essa relação pois vindo a se tornar, ela em si, coisa, oferece uma via de acesso sensível mais direto entre nós e o mundo.

Segundo Mikhail Bakhtin, (em "Marxismo e Filosofia da Linguagem") "o estudo das línguas dos povos primitivos e a paleontologia contemporânea das significações levam-nos a uma conclusão acerca da chamada 'complexidade' do pensamento primitivo. O homem pré-histórico usava uma mesma e única palavra para designar manifestações muito diversas, que, do nosso ponto de vista, não apresentam nenhum elo entre si. Além disso, uma mesma e única palavra podia designar conceitos diametralmente opostos: o alto e o baixo, a terra e o céu, o bem e o mal, etc". Tais usos são inteiramente estranhos à linguagem referencial, mas bastante comuns à poesia, que elabora seus paradoxos, duplos sentidos, analogias e ambiguidades para gerar novas significações nos signos de sempre.

Já perdemos a inocência de uma linguagem plena assim. As palavras se desapegaram das coisas, assim como os olhos se desapegaram dos ouvidos, ou como a criação se desapegou da vida. Mas temos esses pequenos oásis — os poemas — contaminando o deserto da referencialidade.

Incluído no libreto do espetáculo “12 Poemas para dançarmos”, dirigido por Gisela Moreau, São Paulo



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sexta-feira, 10 de abril de 2009

Dicas para os que andam estressados

Volta e meia me deparo com pacientes no consultório se queixando de stress, de dificuldades de falar em público ou de se colocar de forma saudável para com os outros.

Outro dia, dirigindo pela cidade, com aquele trânsito paradão, vi vários adesivos dando dicas para os apressados e estressados ao volante: "tá com pressa, vai pescar" (um clássico e acho que um dos primeiros); "tá com pressa, vai orar" (versão evangélica); "tá com pressa, sai mais cedo" (bem humorado e coerente); "tá com pressa, vai voar" (comum entre alguns amantes de parapente e afins); inclusive, vi um sobre psicólogos, "tá estressado, procure um psicólogo".


Pois é... me lembrei do filme Tratamento de Choque (Anger Management em inglês, 2003) com Adam Sandler e Jack Nicholson.

Só para dar uma palhinha, caso você esteja estressado e não aguenta até marcar uma consulta comigo, veja o trecho do filme abaixo.






Caso queira marcar uma consulta, clique no primeiro link do Favoritos à direita (Cartão do Fábio) e ligue para meu consultório. Será um prazer atendê-lo(a)!


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terça-feira, 7 de abril de 2009

Small Talk> AUSTRÁLIA E BRASIL: TÃO DISTANTES E TÃO PARECIDOS

Small Talk

Bate-papo em inglês


Nesses encontros, amantes e simpatizantes da Língua Inglesa terão oportunidade de se reunir para praticar o inglês sem ter medo de errar.

Num ambiente agradável e descontraído, cada encontro será sobre um determinado tema e liderado por um participante-convidado. Todos os participantes podem fazer comentários ou perguntas, o participante-convidado vai apenas nortear a conversa.

Os encontros destinam-se a todos que quiserem conversar em inglês, até mesmo a nativos da língua inglesa com saudade de casa.


Data: 25/04/2009

Duração: 1 encontro mensal.

Dias / Horários: Sábado, de 14:30 às 16:30h

Valor: R$ 15,00 por encontro.

(Inscrição antecipada necessária, vagas limitadas a no máximo 20 pessoas.)


Tema: 25/04 – AUSTRÁLIA E BRASIL: TÃO DISTANTES E TÃO PARECIDOS.

Há muito mais em comum entre esses dois países do que as cores nacionais, mas como a história influenciou para que o desenvolvimento de cada um tenha sido tão diferente?

This is a brief review of the history of both Australia and Brazil, showing the differences and how we are connected. It is easier to understand it by the manner the colonization happened; how slaves, indigenous populations and exploitation influenced the way these huge countries contribute to the world today.

Os temas dos próximos encontros serão sugeridos pelo próprio grupo.


Por: RODRIGO MALACCO – Australiano, filho de pais brasileiros. Dentista e professor de inglês. Sócio da Talk to Me – Personal English (27) 8823-5638



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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Aumente o som e curta algo diferente (antes tarde do que nunca)


 

A minisérie da Globo deste janeiro passado não foi lá essas coisas. Desde a época de exibição queria escrever um post sobre e, sinceramente, acho que muitos leitores nem devem se lembrar direito da minisérie.

Enfim, o estilo ópera-rock dado à trama foi legal, produção impecável. O que devia ser copiado do clipe Elephant Gun da banda Beirut (abaixo), tema de Capitu e Bentinho foi feito numa boa e sem remorsos. Como gosto muito da letra e da melodia da música em questão, resolvi postar mesmo sabendo que a vida útil de uma obra televisiva atualmente não deve durar mais do que 15 segundos de fama. No universo, nada se cria, tudo se transforma...[lembro das aulas de Química do Mário na época de escola].


 


Mas isso é uma boa verdade: nós somos assim. Pensamos que estamos perdidos e a solução está embaixo do nosso nariz. Bem dizia Milton H. Erickson, precisamos utilizar os recursos disponíveis. Isso não é somente terapia, é marketing, é vida.


 

Beirut é uma banda com conceito musical interessante (ao menos ao meu gosto). Então resolvi colocar mais um clipe, da música Sunday Smile, para vocês curtirem.


Enjoy your life, seize every single day, you never know when God will take you away...


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domingo, 5 de abril de 2009

Lançamento do site da banda Kung Fu Ko


Finalmente, Hugo colocou o site da banda no ar.


Aguardamos pelo show de lançamento...



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sexta-feira, 3 de abril de 2009

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Novo blog de minha autoria> long play experience

A idéia para este blog surgiu após cerca de mês e meio ouvindo discos de vinil e reconhecendo a discoteca que tinha em minha própria casa. A maior parte do acervo foi comprada por meu pai durante a década de 1970 e início da de 1980. Uma menor parte são discos meus: LPs de infância e uns poucos da adolescência. Afinal, meu primeiro CD eu ganhei como presente de aniversário em 1990: um álbum do Information Society.

Do que consiste este experimento. Ficarei exposto a discos de vinil por um período ainda indeterminado de tempo - creio que o experimento per se dure cerca de dois ou três meses.

As regras são as seguintes:
1) Somente ouvirei música em casa na eletrola da Philips modelo eletrofone GF 133 de cor amarela;
2) A coletânea escolhida para o mês referente deve ser ouvida por completo;
3) Evitarei o uso da televisão, salvo em caso de filmes para assistir em DVD e noticiários;
4) É permitido o uso de rádio no carro com as seguintes condições:
  • Estações de rádio permitidas:
  1. Rádio Cidade - o repertório é 95% rock;
  2. Rádio Universitária - estação escola da Universidade Federal do Espírito Santo, com repertório variado;
  3. Rádio OI FM - repertório variado com tendência ao alternativo;
  • Uso de CD Player somente quando requisitado pelo carona;
5) As únicas exceções de música digital durante o experimento serão o CD novo do Zé Ramalho cantando canções de Bob Dylan que comprei hoje pela internet e a rádio online Musicovery;
6) Os post relatarão o processo da experiência e as percepções do sujeito-experimentador sobre a mesma.

Visite o blog long play experience!


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