Recebi por e-mail uma carta aberta pedindo ajuda sobre um assunto muito importante. Como orientador profissional, sinto-me na obrigação de publicá-la em ALPHA.
Espero que nossa voz chegue às autoridades.
Pensamos que o trabalho do orientador é de importância para nossa sociedade e lutamos para que as escolas brasileiras possam prover uma educação que inclua a reflexão vocacional em seu currículo. Assim, o avanço obtido nas últimas duas décadas nessa área de conhecimento deve ser aplicada de maneira correta para que os estudantes possam avaliar de forma crítica e construtiva sua inserção na sociedade como cidadãos.
Segue abaixo o manifesto.
Amigos e amigas,
É muito salutar a preocupação com o futuro profissional dos jovens brasileiros, em especial dos alunos das escolas públicas - os mais desassistidos quanto a este e a tantos problemas nessa esfera da educação. Entretanto, as mais avançadas teorias da orientação profissional demonstram que testes vocacionais são instrumentos de curto alcance e pior ainda quando se constituem numa intervenção isolada, sem um trabalho consistente de informação e de autoconhecimento dos jovens.
Neste momento, em que um projeto de lei é apresentado ao Senado propondo a obrigatoriedade da aplicação desses testes no ensino Médio das redes pública e privada, é fundamental abrir o debate para a sociedade sobre as várias possibilidades de atuação na área de orientação profissional.
Cabe a nós, cidadãos e educadores, dar nossa contribuição para garantir, em primeiro lugar, que seja oferecida aos nossos jovens uma oportunidade de reflexão efetiva sobre suas possibilidades de opção profissional e inserção no mercado de trabalho; além disso, que os recursos dos contribuintes (no caso da rede de escolas públicas) sejam direcionados a programas capazes de oferecer resultados eficazes.
Por isso, é preciso brecar o projeto de lei (PLS 187/08), apresentado pelo senador Sérgio Zambiase (PTB-RS), que impõe a aplicação de testes nas escolas. Vamos lutar pela implantação de programas de orientação profissional, nas escolas públicas e privadas.
Apóie esta proposta e divulgue este texto.
Uma iniciativa de:
Áurea Lopes
Jornalista, editora do Guia da Boa Escola
Silvio Bock
Pedagogo, diretor do Nace-Orientação Vocacional - SP
Com apoio de:
Ana Mercês Bahia Bock
Psicóloga e professora do Programa de Pós Graduação em Educação: Psicologia da Educação da PUC-SP
Bronia Liebesny
Professora na Faculdade de Psicologia da PUC-SP.
Fátima Freire Dowbor
Assessora pedagógica
Maria Marcia Sigrist Malavasi
Professora de graduação e pós-graduação da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora do Laboratório de Avaliação (LOED) na área de avaliação e formação de professores - SP
Marita de Almeida Pinheiro
Pedagoga, Diretor do NOVO – Núcleo de Desenvolvimento Psicodinâmico (RJ)
Paulo Afonso Caruso Ronca
Diretor do Instituto Esplan, em São Paulo
Yvette Piha Lehman
Professora do Instituto de Psicologia da USP e Coordenadora do Serviço de Orientação Profissional da USP-São Paulo
Wanda M. Junqueira de Aguiar
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