Ontem, ao assistir a The Wall, fui diversas vezes atravessado por lembranças do último semestre e das reflexões às quais tenho me dedicado há cerca de um mês com mais dedicação.
A forma como pensamos a formação dos profissionais (e cidadãos) do futuro precisa definitivamente de uma revisão. A promessa capitalista de que o estudo leva necessariamente ao sucesso na carreira e de que a propriedade de bens e a acumulação de capital são a saída para todos os males tem mostrado como temos destruído o mundo e a nós mesmos. Estamos doentes: indivíduos, sociedade e biosfera.
Recordo-me vivamente de uma aula ao final deste semestre. Disposto a me dedicar, com o propósito de mudar a vida daquelas pessoas, uma aluna me pergunta o motivo de dar aulas deste meu jeito diferente dos demais professores. Expliquei que gostaria de proporcionar uma vida diferente aos alunos, dá-los a oportunidade de conhecer o mundo de uma forma diferente e mudar suas vidas.
Ela implacavelmente retrucou que preferia permanecer alienada. Lembrei de Cypher em Matrix: ignorance is bliss.
Quem tem a razão: o ovo ou a galinha?
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