Muitos profissionais de marketing perdem noites de sono e roem as unhas até o toco preocupados em criar produtos e serviços completamente inovadores e abocanhar uma grande fatia do market share. Eis que então surge seu filho de 5 ou 6 anos em pleno café da manhã, o caríssimo colega comendo sabe-se lá o que e lendo o Valor Econômico enquanto ouve à CBN. Vocês conseguem visualizar a cena? E aquela pergunta continua lá na cuca do meu querido colega marketeiro... Putz, o que posso criar de inovador?
A inovação pode estar mais perto de mim e de você do que imaginamos.
Pensar em inovação como algo nunca antes pensado em toda a história da humanidade, com tecnologia de ponta, para consumidores sedentos por algo a consumir. Será esse o caminho certo? Diz um grande filósofo [garanto que não sou o autor dessa máxima] que se você quer fazer algo novo, a primeira coisa que precisa fazer é começar raciocinar e perceber de forma diferente. Se continuarmos insistindo nas mesmas receitas (mesmas teorias, nas mesmas metodologias, mesmas técnicas), sempre obteremos o mesmo bolo, ou no mínimo bolos bem parecidos.
Por isso eu cozinho sem receitas. Digo, sem receitas oficiais. É claro que sei o que quero comer. Sim, sempre que posso provo um prato novo; e quando vejo algo interessante em revistas e jornais, mesmo que seja somente uma foto de um prato, fico pensando como ele foi feito. Depois vou para minha cozinha e faço como acho que deve ser feito. Devo confessar às vezes faço umas gororobas meio duvidosas. Porém, devo alertá-los que alguns já provaram de meus quitutes e algumas de minhas (re)criações foram aprovadas. Algumas dessas idéias culinárias, inclusive, degustadas e celebradas com louvor pelos criteriosos consumidores.
Ok, Fábio. Mas o que tem a ver meu filho de 5 anos, suas experimentações culinárias e a criação de novos produtos e serviços? Pois é aí, bem diante de nós que jazem as tão requisitadas inovações. Inovar pode ser mais fácil do que pensamos num primeiro momento. Em diversos momentos somos confrontados nas aulas do curso de MBA na FGV com a necessidade de criar produtos, fazer o planejamento estratégico deles e montar um plano de ação para seu lançamento no mercado. Vou guardar os exemplos para mim mesmo por enquanto. Nunca se sabe se alguma daquelas idéias são rentáveis, não é verdade?
Às vezes, produtos simples já são inovadores. Tomemos como exemplo a água flavorizada e gaseificada, vulgo H2OH da Ambev e Aquarius da Coca-Cola; o Wii da Nintendo, que nos trouxe aquele gostinho dos velhos tempo quando brincávamos de pique na rua; e, projetos de infra-estrutura.
In short, crie o produto que seu consumidor quer comprar.
Se quiserem ler mais sobre o assunto, sugiro:
http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0916/mundo/m0156978.html
http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0916/tecnologia/m0156981.html
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