terça-feira, 17 de novembro de 2009

Planejamento Estratégico de Carreira> Projeto de extensão do UNESC no I Congresso Brasileiro de Pesquisa do Relacionamento Interpessoal na UFES

Acontecerá de 4 a 6 de dezembro o I Congresso Brasileiro de Pesquisa do Relacionamento Interpessoal na Universidade Federal do Espírito Santo.

O evento contará com a presença de conferencistas internacionais, bem como apresentação de pesquisas e concurso de fotografias e curta-metragens sobre relacionamentos interpessoais.

Neste eventos, terei a honra de apresentar dois trabalhos. Um deles é uma pesquisa desenvolvida a partir do projeto de extensão do UNESC. O outro trabalho é resultado de pesquisa de minha orientanda no curso de pós-graduação em Sexologia na ABPC.


Agradeço a todos os envolvidos nestes trabalhos pelo apoio.

Para os curiosos e cientistas de plantão, segue abaixo os resumos:

CONCEITOS DE TRABALHO, PROJETO DE CARREIRA E RELACIONAMENTOS NUMA POPULAÇÃO DE UNIVERSITÁRIOS

FÁBIO NOGUEIRA PEREIRA (UNESC)

Esta pesquisa visa colaborar para duas áreas de conhecimento: relacionamento interpessoal e orientação profissional. O objetivo geral é investigar como universitários percebem o trabalho e sua carreira e a correlação com relacionamentos interpessoais. Foram aplicados questionários com perguntas abertas e fechadas sobre a temática em 18 universitários participantes de um projeto de extensão de planejamento de carreira. Os resultados dos questionários aplicados revelaram que: dos seis conceitos de trabalho estipulados pela literatura apenas duas foram identificadas entre a população (A, 33,4%; B, 66,6%); 100% dos sujeitos relataram perceber relação entre o exercício do trabalho e a construção e transformação da sociedade, o que corrobora com os dois conceitos supra citados; 83,3% dos participantes não percebem que as pessoas em geral trabalham com o compromisso de transformar a sociedade; quando nomearam pessoas que conheciam que se dedicavam ao trabalho seu próprio conceito de trabalho, 38,9% dos participantes citaram o pai, 16,7% o chefe e 11,1% a mãe; quando nomearam pessoas que não se dedicam ao trabalho segundo seu próprio conceito, 33,3% citaram colegas de trabalho, 16,7% irmãos, 11,1% outros familiares e 11,1% amigos. Quando perguntados sobre as pessoas mais importantes para sua carreira, os participantes apontaram a mãe em primeiro lugar, seguida por pai, pelos professores e pelos amigos respectivamente. A nomeação da mãe como a pessoa mais importante para a carreira e a baixa freqüência da mãe como resposta à pergunta sobre pessoas que se dedicam ao trabalho segundo o conceito dos sujeitos pode ocorrer por serem essas mulheres em sua maioria donas de casa. Os demais citados como pessoas de destaque na construção da carreira (pai, professores e amigos) corroboram com resultados de pesquisas anteriores com outras populações. Os citados como pessoas que não se dedicam ao trabalho segundo seu conceito apontaram principalmente indivíduos com os quais os participantes não necessariamente detêm aspectos de similaridade (colegas de trabalho). A ampliação da rede de relacionamentos ao longo da vida proporciona a exploração do ambiente, bem como a atualização da autopercepção e do conceito de trabalho introjetado pela família.

Palavras-chave: carreira; relacionamento interpessoal; trabalho.

Endereço eletrônico: fabionogueirapereira@gmail.com



UM ESTUDO DE CASO SOBRE O IMPACTO DA ANEMIA FALCIFORME NOS RELACIONAMENTOS

REGIANE CORNELIA DIAS (ABPC)

FÁBIO NOGUEIRA PEREIRA (UNESC)

Existem poucas referências sobre pesquisas brasileiras a respeito dos relacionamentos e da sexualidade dos acometidos por anemia falciforme. Esta pesquisa teve por objetivo analisar a interferência da doença no desenvolvimento sexual e na construção da sexualidade e dos relacionamentos interpessoais de uma mulher de 34 anos e como a mesma produz ou criou mecanismos de readaptação nas interações sociais. O presente estudo de caso pode contribuir na compreensão dos processos adaptativos à cronicidade da doença em relação ao desenvolvimento da sexualidade visto existirem poucas pesquisas sobre o tema. Utilizamos de um roteiro semi-estruturado de entrevista, cujo áudio foi gravado e transcrito para devida análise qualitativa posterior. Observamos que as dores e as recorrentes internações interferem na criação de vínculos e na seqüência de interações que se desdobram na construção dos relacionamentos. Tais conseqüências enfrentadas pela falcêmica são de difícil enfrentamento, sobretudo no que tange a sexualidade. O desenvolvimento de relacionamentos amorosos fica deteriorado devido às crises dolorosas, à restrição a atividades físicas e ao risco inerente à gravidez. Devido à situação de cronicidade da anemia falciforme, a forma como seu portador lida e reconstrói seus relacionamentos precisam ser revistos tanto pela restrição nas atividades e locais de interação quanto pelas expectativas a cerca dos relacionamentos.

Palavras-chave: anemia falciforme; relacionamento interpessoal; sexualidade.

Endereço eletrônico: regianecornelia@yahoo.com.br


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