segunda-feira, 14 de junho de 2010

Multi-tarefas: multi-conquistas, multi-cansaços, multi-derrotas? ou... Sobre assoviar, chupar cana e tentar conquistar o mundo




É um fato cultural notório e bem estabelecido que devamos procurar sermos o primeiro lugar, que sejamos o melhor nisso, naquilo e em tudo que fazemos. Dias atrás tive a oportunidade de ler uma matéria de Isto É que uma aluna me mostrou.

Como estava super ocupado com mil e uma tarefas, só pude ler durante o feriado na semana passada. Tempo de descansar e eu "trabalhando".

Temos nos acostumados com o excesso de atividades e com atividades simultâneas. Não sei se você tem uma pergunta rondando suas ideias como acontece comigo: como está a qualidade dessas atividades e de sua experiência com elas?

Penso que de nada adianta "fazer" um monte de coisas e nada fazer ao final. Semana passada assisti uma palestra para ex-alunos da Fundação Getúlio Vargas e a palestrante apontou uma questão interessante no projeto de carreira dela. Ela tinha colocado como objetivo ter fluência em duas línguas em 5 anos.

Quando ouvi aquilo até gelei... Aprender línguas é muito além do idioma em si, envolve vários outros fatores de modelagem de comportamento e aspectos culturais.

Pode ser que vez ou outra façamos mais de uma atividade, mas isso é apenas uma adaptação ao momento e é restrito.

Quando penso em multitarefas, lembro do pessoal falando ao celular enquanto dirige o carro e até mesmo daqueles que desafiam a morte ao mandar SMS no trânsito.

Tenho minhas dúvidas sobre esse modismo de agilidade e destreza em atividades simultâneas. Minha sensação é de que as pessoas fazem muito e no final não fizeram nada.

Muitos acabam se sentindo culpados e nem sabem dizer porquê.


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