segunda-feira, 9 de março de 2009

Google prepara data center em alto mar

Bem que o professor de E-commerce avisou... era só uma questão de tempo.

Google prepara data center em alto mar

Em sua modesta ambição de organizar toda a informação da internet, o Google tornou-se um dos maiores responsáveis por armazenar dados no mundo. A expansão dos data centers, no entanto, pressiona os custos da companhia e a coloca a na mira de ambientalistas, preocupados com o consumo excessivo de energia.

Uma ousada proposta para cortar custos e explorar energias limpas é a criação de data centers em alto mar, ideia que o Google registrou no Trademark Office, órgão responsável por patentes nos Estados Unidos.

O Google não informa quando pretende colocar no oceano os primeiros navios/data center. Já a IDS, uma companhia americana de storage que detém patente similar para criar data centers flutuantes, prevê colocar em navegação seu primeiro barco do tipo até abril. 

No caso da IDS, a companhia comprou navios antigos que seriam aposentados por armadores. As embarcações estão sendo reformadas no porto de São Francisco, na Califórnia. Vão receber preparo especial para acomodar servidores, escritórios, gerador de energia, baterias, dormitórios e refeitório.

O navio contará com hélices aéreas para captar os ventos marítimos e transformá-los em energia elétrica. Um sistema de bóias lançadas ao mar é capaz também de transformar o movimento das ondas do oceano em energia. 

A geração de eletricidade baseada no movimento das ondas já é explorada comercialmente na costa de Portugal, numa demonstração de que o recurso é viável.

Além destas características, a embarcação vai usar água fresca do mar para circular em meio aos servidores, contribuindo para refrigerar os equipamentos.

Embora o investimento inicial seja considerado alto, com o tempo o projeto mostra-se economicamente interessante, pois poupa as empresas do aluguel de espaços físicos em continentes, do pagamento de impostos sobre propriedade de imóveis e gera economia de energia.

O projeto prevê ainda a instalação de baterias nas embarcações de modo que, mesmo que o barco fique inacessível por até 30 dias, os servidores continuam funcionando normalmente. Um gerador elétrico movido a diesel também pode ser instalado para uso em situações excepcionais, como ausência de ventos ou movimento das ondas por vários dias.



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