segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009




Livros e mais livros de auto-ajuda são vendidos país afora com títulos super criativos, textos rasos e exemplos de vida inimagináveis. Um desses personagens fantásticos é Joseph Klimber.

Usado com humor, o exemplo de Klimber é similar ao que nos é bombardeado diariamente: você pode ser um vencedor. Frases de impacto, simbologias e mensagens subliminares recheiam peças publicitárias impressas, televisivas, em spots de rádio, nas capas das revistas. Todos querendo vender-nos o sonho de ser o número 1 - coisa que só a Brahma é e por força maior quando foi batizada.

Todos queremos ser número 1. O segundo lugar não vale, é pouco, é coisa de fracassados. Conquiste seu espaço, batalhe, crie seu mapa mental, use o segredo (que todo mundo já conhece). Enfim, somos atordoados com a insígnia do mais alto lugar no pódio - coisa que só vejo nos esportes e nos escritórios em andares mais altos dos executivos de empresas multinacionais.

Pra quê você quer ser o número 1. Só existe um número 1. E lá, você vai ficar sozinho. Sei que podem me dizer, poxa, Fábio, mas aí o pessoal fica te redeando, bajulando e tal. Eu sei... e quando você deixar de ser o número 1, todo esse "pessoal" vai embora com o próximo número 1.

Vejo tantos por aí se esforçando, se esfolando e quebrando seus corpos, quebrando-se espiritualmente, psiquicamente, por ideal que lhes é externo. A massa urra para que todos corram atrás do sonho de ocupar aquele lugar de destaque.

Maldito dia em que Adam Smith escreveu que o melhor para o mercado é que todos os players fizessem o melhor para cada um de si. Agindo egoísticamente, o mercado sairia ganhando. Graças ao dia em que Nash provou que as coisas não são bem assim. Todos precisamos ganhar.

Eu sou mais nós! E você?...

É verdade que devemos persistir, vencer os obstáculos, dar o melhor de nós. Devemos também respeitar nossos limites, respeitar as pessoas, respeitar a natureza. É nisso que eu acredito. Esse é meu princípio número   1.

Sejamos sábios, sejamos coerentes, tenhamos bom senso e lembremos que o mundo é onde mora todos nós.

Nós somos o mundo. Sejamos aquilo que for melhor para todos nós.


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