Nós seremos humanos queremos porque queremos tentar prever o futuro. Passamos anos de nossas vidas estudando e meu caros amigos cientistas tentam criar metodologias para saber a probabilidade da ocorrência dos acontecimentos mais distintos.
Mas se fosse tão fácil assim, o bem afortunado que descobrisse a teoria geral da unificação dos palpites seria o camarada que dominaria o mundo e desafiaria as leis da natureza.
Diz a mitologia grega e judáica que nós já tentamos fazê-lo e o filósofo Bacon dizia que esse era o propósito de nossa existência.
Quando olhamos em retrospecto, é fácil vermos as correlações entre as variáveis. A ciência moderna estipula que, por uma questão de rigor metodológico, devemos sistematizar os experimentos para que possam ser reproduzidos e comprovar a veracidade do axioma proposto.
Falta-nos a humildade de entender que ver um palmo a nossa frente é factível, mas enxergar com nitidez quilômetros no horizonte está longe de acontecer. Sei que dispomos de tecnologia que nos permite enxergar além.
Pois agora os convido a pensar cá comigo sobre a Ecologia da Ação de Edgar Morin.
Caramba! O que isso tem a ver com o cisne negro?
Calma!
Morin diz que a escolha é inevitável e que tentamos prever as conseqüências dessa ação, porém nossa capacidade para previsões se dissolve quando tentamos antever os desdobramentos ao longo do tempo. Quanto mais distante no tempo, mais ofuscada fica nossa visão.
Assim, nos baseamos nas estruturas construídas ao longo da história na falsa esperança de que o futuro seguirá mais ou menos os mesmos padrões. Aí, ficamos abestados quando nos deparamos com algo que foge completamente às expectativas.
O que era antes impossível, agora tentamos explicar falando do passado. Eis o cisne negro.
Vejam os videos de uma entrevista com Nassim Taleb. Audio em inglês e legendas em espanhol.
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