sábado, 31 de maio de 2008
Novas ferramentas em ALPHA
sexta-feira, 30 de maio de 2008
Conquistando sonhos
Há pouco tempo eu via as pessoas correndo feito loucos atrás de sucesso e se esquecendo de coisas simples. Não sabia muito bem explicar aos meus amigos sobre como a verdadeira realização pode ser alcançada de maneira mais simples do que é pregado pelo invisível, porém presente, mercado de trabalho.
Nas últimas semanas, ficou bastante popular o video do doutor Randy Pausch e sua aula na Carnegie-Melon. Assisti ao video no último sábado e fiquei bastante tocado pela multiplicidade de mensagem contidas na fala de Pausch. Confesso que tenho certa aversão à onda de auto-ajuda que persiste por tantos anos. E acredito que tornar-se um "guru" é a última coisa que Pausch pensou quando falou para o auditório lotado com 500 pessoas.
Pequenas coisas podem trazer mais satisfação do que objetivos vazios. Dr. Randy Pausch nos lembra que tudo que precisamos para ser feliz são nossos sonhos de criança. Prefiro não me prolongar em tentar explicar algo do qual ainda não sei. Espero que quando tiver meus filhos, eu já saiba o suficiente para ensiná-los a viver uma vida melhor.
Assista ao video acima. Vale a pena!
Sphere: Related Contentquinta-feira, 29 de maio de 2008
The story of stuff: como a maneira que consumimos afeta nossa vida
O video acima fala sobre a cadeia produtiva e como a maneira que entendemos o consumo afeta diretamente o nosso futuro e o de nosso planeta. As soluções são mais simples do que imaginamos.
Acessem também http://www.storyofstuff.com/ e saiba mais sobre o video.
quarta-feira, 28 de maio de 2008
Empresas têm dificuldade para encontrar profissionais qualificados
terça-feira, 27 de maio de 2008
Pós-graduação na Alemanha
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Planejando abrir seu próprio negócio? - EXTRA
Achei mais alguns links interessantes para os leitores de ALPHA que estão planejando abrir o próprio negócio.
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/144-0-como-elaborar-um-plano-de-negocio/BIA_1440/integra_bia?
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/integra_documento?documento=B20258C7324D109C03256D520059A36F
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/integra_documento?documento=6AADA98C75F5AA0B03256D520059A62B
http://www.sebrae.com.br/momento/quero-abrir-um-negocio/planeje-sua-empresa/marketing/622-marketing/BIA_622/integra_bia?
The Milton H. Erickson Foundation Newsletter
Se quiser baixar o PDF dessa edição, clique aqui.
Se quiser ler edições anteriores, é só clicar aqui.
Sphere: Related Contentdomingo, 25 de maio de 2008
Como montar seu currículo
Programa de cooperação franco-brasileiro
Confira a notícia no site da ABOP.
sábado, 24 de maio de 2008
Reportagens sobre escolha profissional, mercado de trabalho e relações de trabalho no Brasil
Vale a pena ler!
http://www.universia.com.br/materia/materia.jsp?materia=15843
ALPHA é notícia novamente
sexta-feira, 23 de maio de 2008
Quem é você?
Toda empresa que se comprometa com a seriedade do negócio precisa pensar sobre sua missão, sua visão e seus valores.
A missão da empresa
Todos temos uma missão e estamos aqui por alguma razão. Qual é o propósito de sua empresa? Muito mais do que uma frase bonita numa placa pregada na parede, a missão deve realmente refletir a alma da empresa.
Além do horizonte
Como você se vê no mercado? Essa é a sua visão. Se quiser pode mudar a pergunta um pouco. Que tal "Quem você quer ser quando crescer?"?
Prioridades e marcos de referência
Após olhar além, faz-se necessário prestar atenção nas placas que lhe mostram o caminho. Demarcar os valores da empresa é fundamental para lembrar tanto gestores e como colaboradores em que acreditam e como o negócio deve ser pensado.
Já indiquei para o leitor de ALPHA o tutorial do Universia. Agora, gostaria de lhes recomendar o site Plano de Negócios e o Starta. Se quiserem saber mais sobre planejamento do seu negócio caro amigo empreendedor, dê um pulinho nesses links e aproveite as informações para fazer um planejamento adequado.
quinta-feira, 22 de maio de 2008
Para quem estou vendendo?
A segmentação, ou seja, descobrir para qual parte do mercado seu produto é oferecido pode lhe facilitar e muito. Segmentando você economiza na promoção do produto, otimiza a logística, e desenvolve um produto mais afinado com as necessidades do seu cliente.
quarta-feira, 21 de maio de 2008
O que você vai vender?
- Quero vender algo que já existe?
- Quero fabricar algo que alguém pede?
- Quero antecipar-me a algo que será pedido?
- Quero fabricar algo que ninguém demanda no momento, mas será valorizado pelos clientes?
- Quero modificar um produto existente e vendê-lo?
Depois, siga para o próximo passo: descobrir se é viável tal produto ou serviço. Para tanto, faz-se uma análise do ambiente que abrange aspectos políticos, ambientais, sociais, tecnológicos, econômicos e legais. Feito isto, você pode tomar duas ferramentas para continuar sua análise de viabilidade: a SWOT da Harvard ou as forças de Porter.
Análise SWOT
Essa ferramenta foi desenvolvida pela Harvard Business School em 1960 e ainda é pertinente quando pensamos em iniciar um novo negócio. Liste quais são suas forças (strength), suas fraquezas (weakness), suas oportunidades de mercado (oportunities) e suas ameaças (threats).
Forças de Porter
As cinco forças de Porter são: poder de barganha dos fornecedores, concorrentes atuais, novos entrantes (concorrentes potenciais), poder de barganha dos clientes, e produtos substitutos. Pense bastante sobre esses pontos, principalmente sobre produtos substitutos; hoje, a concorrência não é mais direta com outros prestadores de serviços ou fabricantes de produtos similares e sim pela renda do cliente. Os serviços de um psicólogo clínico, por exemplo, concorrem no mercado da cidade de Vitória com academias de ginástica, bares e restaurantes, entre outros. Assim, analise profundamente as variáveis do ambiente de mercado se quiser obter sucesso na sua empreitada.
Qual é o meu produto ou serviço?
Feita a análise do ambiente, é necesário pensar sobre o produto ou serviço. Responda às seguintes perguntas:
- O que quero oferecer ao cliente?
- Qual o produto genérico?
- Qual o produto esperado?
- Qual o produto ampliado?
- Qual o produto potencial?
Digamos que você queira oferecer ao cliente uma experiência cultural significativa através do contato com outras culturas. Seu produto genérico pode ser programas de intercâmbio para os quais você oferece a possibilidade do cliente ir para outro país e estudar um idioma numa escola. O produto esperado é montar um programa de intercâmbio que inclua passagem e o custo com as aulas de idioma, por exemplo. O ampliado seria oferecer o curso, a passagem e seguro saúde. Como potencializar um programa de intercâmbio? Fácil... ofereça o curso, a passagem, o seguro saúde, cartão telefônico, cartão de débito internacional, atividades extras (esportes e atividades culturais), e ainda preparação pré-embarque com um psicólogo.
No próximo post, abordaremos a segmentação e o desenvolvimento do produto.
Até lá!
Sphere: Related Contentterça-feira, 20 de maio de 2008
Planejando abrir seu próprio negócio?
Foi pensando nisso que o Universia, montou um pequeno tutorial sobre como montar o próprio negócio. Afinal, muitos jovens, principalmente universitários, podem estar pensando em aproveitar os conhecimentos adquiridos na faculdade para por em prática novas tecnologias e aplicar seu espírito empreendedor.
Mais adiante, ao longo dessa e da próxima semana detalharemos alguns pontos sobre como o desenvolvimento de um bom planejamento de marketing pode fazer toda a diferença para seu negócio.
segunda-feira, 19 de maio de 2008
Repensando nossas cidades
sexta-feira, 16 de maio de 2008
Evento apresenta programa de bolsas para alunos em Vitória
University Athletic Program
Esse programa visa uma interação dinâmica entre estudantes e esportistas internacionais e instituições norte-americanas com o propósito de oferecer oportunidades educativas, intercâmbio cultural e esportivo. A partir disso vai ocorrer a colocação do aluno em universidades como bolsista. São avaliadas tanto suas habilidades desportivas e seu potencial acadêmico, permitindo a associação dos talentos dos alunos às necessidades dos técnicos das universidades participantes. Esse contato acontece durante 12 dias no mês de julho, quando os estudantes viajam para os EUA e são entrevistados pelas universidades, fazem teste de inglês e participam de jogos-treino para serem avaliados pelos treinadores.
University Academic Program
O academic program tem o objetivo de ajudar estudantes internacionais qualificados a realizarem o sonho de estudar em universidades nos EUA, através da obtenção de bolsas de estudo. As bolsas são concedidas com base no potencial acadêmico do estudante, no seu desejo de compartilhar idéias e experiências com estudantes de outros países no campus universitário e as necessidades das universidades na composição de seu quadro internacional de alunos. Esses outros fatores são levados em consideração para a concessão das bolsas e são muito importantes para as universidades: as necessidades de recrutamento das instituições acadêmicas, seus objetivos de diversidade cultural (país nativo do participante), a avaliação do histórico escolar do candidato e os recursos disponibilizados pelas bolsas.
Master Program
Se você já terminou sua graduação ou está no último ano, pode fazer um curso de pós-graduação nos EUA. O programa tem o objetivo de ajudar estudantes internacionais qualificados a realizarem o sonho de realizar seu mestrado em Universidades no USA, através da obtenção de bolsas de estudo. O objetivo do programa é ajudar estudantes internacionais qualificados a realizarem o sonho de realizar seu mestrado em universidades americanas, através da obtenção de bolsas de estudo. Outros fatores são levados em consideração para a concessão das bolsas tais como: as necessidades de recrutamento das instituições acadêmicas, seus objetivos de diversidade cultural, a avaliação do histórico escolar do aluno e os recursos disponibilizados pelas bolsas.
Não é necessária fluência em inglês. O TOEFL é obrigatório, porém, caso o estudante não atinja a média exigida pela universidade, ele fará um curso de ESL (English as a Second Language).
E aí? O que tá esperando?
quinta-feira, 15 de maio de 2008
Procurando informações para turbinar seu currículo e dar um gás na sua carreira?!?
quarta-feira, 14 de maio de 2008
Escola brasileira figura entre as grandes
terça-feira, 13 de maio de 2008
Meu contato profissional
Se quiser conhecer meu currículo, clique na figura.
segunda-feira, 12 de maio de 2008
VII Semana de Administração, Comércio Exterior, Economia e Contabilidade
Começou nesta segunda-feira (12/5), em São Paulo, a VII Semana de Administração, Comércio Exterior, Economia e Contabilidade, co-realizada por Época NEGÓCIOS. O evento acadêmico acontece de 12 a 16 de maio, nas dependências da Universidade Presbiteriana Mackenzie. No total, serão 29 palestras distribuídas ao longo dos 5 dias, pela manhã e à noite, relacionadas ao tema “Carreira – Oportunidades e desafios”. O ciclo de palestras no turno da manhã é das 9 às 10:30 e à noite das 19:30 às 21 horas. À tarde e no início da noite ocorrem workshops cujo os temas vão desde “como negociar com o oriente médio” até como se comportar em uma dinâmica de grupo. Para se inscrever, clique aqui.
Fonte: Época Negócios
domingo, 11 de maio de 2008
Intercâmbio urbano
Canadá tem novas regras para imigração de profissionais qualificados
O Canadá aprovou nova lei que regulamenta a imigração de profissionais qualificados. Agora, profissionais que fazem curso de pós-graduação em instituições canadenses podem requerer visto para trabalho por 3 anos.
Caso você queira tirar um visto de trabalho e depois um visto permanente para esse país, essa é uma boa opção para se qualificar e obter pontos com o governo e a autoridade de imigração do Canadá.
sábado, 10 de maio de 2008
Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - Bibliografia para os cientistas de plantão
BERGAMINI, C. W. A difícil administração das motivações. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 38, n. 1, jan./mar. 1998, p. 6-17.
BOCK, S. D. Orientação profissional: a abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez, 2002, 188p.
CARNOY, M. A educação na América Latina está preparando sua força de trabalho para as economias do século XXI?. Brasília: UNESCO Brasil, 2004, 130p.
CHIAVENATO, I. Recursos humanos. Edição compacta. São Paulo: Atlas, 2000.
CODO, W. Qualidade, participação e saúde mental: muitos impasses e algumas saídas para o trabalho no final do século. In: DAVEL, E.P.B., VASCONCELOS, J.G.M. (org.). Recursos humanos e subjetividade. Petrópolis: Vozes, 2000, p. 129-157.
COHENDOZ, M. (1999). Identidad joven y consume: la globalización se vê por MTV. Revista Latina de Comunicación Social 22. Disponível em: http://ull.es/publicaciones/latina/a1999coc/35mtv.html.
COUTINHO, M.C. Subjetividade e trabalho. In: LUCCHIARI, D.H.P.S. (org.). Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 2003, p. 117-122.
DRUCKER, P. Peter Drucker na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
EHRLICH, I. F., CASTRO, F. de, SOARES, D. H. P. Orientação Profissional: liberdade e determinantes da escolha profissional. Revista de Ciências Humanas, Florianópolis, n. 28, out. 2000, p. 61-79.
FERRETTI, C. Uma nova proposta de orientação profissional. São Paulo: Cortez, 1997.
FREITAG, B. Política social e educação. Em aberto, Brasília, v. 4, n. 27, jul./set. 1985, p. 1-15.
GAREGA, S. Las adolescentes del polimodal en la modernidad líquida: una mirada para comprender a los jóvenes de hoy. Aprendizaje Hoy v. 59, 2004, p. 7-19.
ILO – International Labor Organization. Learning and training for work in the knowledge society. Geneva: International Labour Office, 2002, 116p.
ISRAELSEN, L.D.; RATLIFF, R.L.; SKOUSEN, C.R.; SCHEUING, E.E. A brief introduction to relationship economics. In: GARCIA, A. (org.). Personal relationships – international studies. Vitória: UFES/NIERI, 2006, p. 5-20.
LASSANCE, M.C., SPARTA, M. A orientação profissional e as transformações no mundo do trabalho. Revista Brasileira de Orientação Profissional, São Paulo, v. 4, n. 1-2, p. 13-19, 2003.
LISBOA, M. D. Orientação profissional e mundo do trabalho: reflexões sobre uma nova proposta frente a um novo cenário. In: LEVENFUS, R. S., SOARES, D. H .P. (org.). Orientação vocacional ocupacional: novos achados teóricos, técnicos e instrumentais para a clínica, a escola e a empresa. Porto Alegre: Artmed, 2002, p. 33-49.
MAROCHI, M. L. G. Considerações sobre modelos de produção e a psicologia do trabalho. Revista da FAE, Curitiba, v. 5, n.41, jan./abr. 2002, p. 15-28.
MENEGASSO, M. E. O declínio do emprego e a ascensão da empregabilidade: um protótipo para promover a empregabilidade na empresa pública do setor bancário. Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção. Tese de doutorado não publicada. Universidade Federal de Santa Catarina, dezembro de 1998. Disponível em:
MORIN, E. M. Os sentidos do trabalho. Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 41, n. 3, jul./ set. 2001, p. 8-19.
MYERS, R. A., JORDAAN, J. P. Las diferencias individuales y el mundo del trabajo. In: BOHN, M. J. et al. Educacion, vocacion y ocupacion. Buenos Aires: Paidos, 1975, p. 11-71.
NASCIMENTO, E. P. do. Educação e desenvolvimento na contemporaneidade: dilema ou desafio?. In: BURSZTYN, M. (org.). Ciência, ética e sustentabilidade. São Paulo/Brasília: Cortez/UNESCO, 2001, p. 95-112.
PIMENTA, S. G., KAWASHITA, N. Orientação profissional: um diagnóstico emancipador. São Paulo: Loyola, 1991, 52p.
PRADO FILHO, K. Escolha profissional e atualidade do mercado de trabalho. In: LUCCHIARI, D. H. P. S. (org.). Pensando e vivendo a orientação profissional. São Paulo: Summus, 2003, p. 109-122.
SCHEIN, E. H. Career anchors revisited: implications for career development in the 21st century. Academy of Management Executive, v. 10, n. 4, 1996, p. 80-88.
SHAW, M. Review - Jan Aart Scholte: Globalization. A critical introduction. Milleneum Journal of international studies, 2001. Disponível em:
SOARES, D. H. P. A escolha profissional do jovem ao adulto. São Paulo: Summus, 2002, p. 197.
SODRÉ, N. W. Modos de produção no Brasil. In: LAPA, J. R. A. (org.). Modos de produção e realidade brasileira. Petrópolis: Vozes, 1980, p. 133-156.
STIGLITZ, J. E. A maldição dos recursos naturais. Valor Econômico, 5(1073), p. A11, 12 ago. 2004.
WERTHEIN, J. Educação, trabalho e desemprego: novos tempos, novas perspectivas. Brasília: UNESCO, 1999, 37p.
WORLD BANK. Absorbing knowledge. In: World Bank. World Bank development report 1998/1999: knowledge for development. New York: Oxford University Press, 1999b, p. 40-55.
WORLD BANK. World Bank development report 1998/1999: knowledge for development. Washington D.C.: World Bank, 1999a, 14p.
Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - PARTE III
Eis que surge na virada do século uma nova sociedade e, juntamente com ela, um novo paradigma. Hoje, exige-se maior qualificação e envolvimento do trabalhador por um fato nem tanto óbvio a muitos gestores: de todos os capitais alocados na empresa, o único que pode fazer todos funcionarem de forma competitiva e sustentável é o capital humano.
O gerenciamento dos relacionamentos entre os agentes econômicos, e aqui incluímos também os colaboradores e seu nível motivacional, pode repercutir de forma significativa na redução dos custos de transação no mercado (ISRAELSEN; RATLIFF; SKOUSEN; SCHEUING, 2006). Um bom gestor deve estar ciente de que a organização deve investir na especialização da informação de seus bancos de dados e na extrapolação dessas em conhecimento. Para tanto, afirma DRUCKER (2004), os profissionais executores nessas tarefas devem se auto-gerenciar. E é exatamente aí que a motivação (ambas, interna e estimulada pelo gestor) começa a trabalhar. Um profissional envolvido com os projetos pelos é responsável e comprometido com a missão da empresa renderá muito mais lucro para si mesmo, para a sociedade e para a organização, visto que poderá realizar-se em diferentes esferas: a) ética – ao auxiliar ao próximo e devolver à sociedade o investimento feito nele; b) estética – almejando à beleza; c) intelectual – na superação científica e busca da verdade; e, d) espiritual – na procura da unidade. Visto o trabalho corresponder a uma produção também subjetiva, a motivação e a satisfação da pessoa no ambiente de trabalho desdobram-se em potencialidades positivas além da simples produção de produtos e prestação de serviços.
Se as corporações insistirem em contratar mão-de-obra altamente qualificada e investir no seu aperfeiçoamento contínuo sem despertar para a necessidade da gestão desse conhecimento produzido e da motivação, ou estará contribuindo para a concorrência – uma vez que preparará o colaborador para uma empresa que o valoriza e aproveita sua capacidade produtiva –, ou pecará por não aproveitar o investimento feito junto a seus funcionários. Afinal, toda organização é constituída de pessoas e seu sucesso depende diretamente delas (CHIAVENATO, 2000).
sexta-feira, 9 de maio de 2008
Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - PARTE II
Fenômeno capitalista, o emprego não é necessariamente parte integrante da vida; entretanto, o trabalho é fator de extrema importância. Transformando e significando a natureza, o homem produz o necessário a sua existência através do trabalho (PIMENTA; KAWASHITA, 1991; FERRETTI, 1997; CODO, 2000; SOARES, 2002; COUTINHO, 2003). O trabalho tem um papel mediador entre os mundos subjetivo e objetivo para a construção da subjetividade na apreensão e significação da realidade concreta num processo dialético e sócio-histórico (FERRETTI, 1997; EHRLICH; CASTRO; SOARES, 2000). O qual o trabalho e as profissões são significados através de uma construção histórica (MYERS; JORDAAN, 1975; BOCK, 2002)– na história da humanidade e para cada indivíduo. Enfim, o trabalho constitui-se produção de bens – tanto materiais quanto simbólicos –, com um determinado fim, necessários a existência humana. O trabalho só existe em função do homem e para o homem (SOARES, 2002). Já o emprego designa uma atividade parte de um sistema organizado economicamente e na troca de força de trabalho por salário.
2) ser muito individualista e, amo mesmo tempo, capaz de trabalhar em equipe;
3) capacidade para tomar iniciativa, mas também de se conformar completamente às regras ditadas pela organização;
4) flexibilidade e, ao mesmo tempo, perseverança e meticulosidade excessivo (perfeccionismo necessário à qualidade total);
5) capacidade de reagir rapidamente e de se adaptar às mudanças;
6) captar e adquirir continuamente novos conhecimentos em domínios variados;
7) ter o pensamento controlado, ou seja, pensar operatoriamente;
8) capacidade de autosuperação;
9) capacidade de comunicação, persuasão e de motivar a equipe.
[1] BRIEF, A. P., NORD, W. R. Meaning of occupational work. Toronto: Lexington Books, 1990.
[2] LIMA, M.E.A. Os equívocos da excelência: as novas formas de sedução na empresa. Petrópolis: Vozes, 1996.
quinta-feira, 8 de maio de 2008
Novos paradigmas produtivos e as mudanças no perfil do trabalhador - PARTE I
A alta velocidade das mudanças cria dificuldades para que as pessoas e a rede social que as integra consigam processá-las e adaptar-se a elas. O ritmo das mudanças e os efeitos do avanço tecnológico sobre a reestruturação produtiva cresceram exponencialmente nas últimas décadas, tornando o ritmo altamente acelerado e os efeitos praticamente imprevisíveis (WERTHEIN, 1999). Essas transformações não se limitam somente ao âmbito das rotinas e procedimentos inerentes às ocupações (PRADO FILHO, 2003), mas se desdobram em novas configurações no imaginário popular e na divisão de poder e status, bem como no acréscimo ou redução de oportunidades no mercado de trabalho. As exigências de mercado mudaram com as inovações tecnológicas, econômicas e sociais dos novos tempos, demandando um perfil diferente das profissões e dos trabalhadores (ILO, 2002). O século XXI aprofunda mudanças das últimas décadas do século XX. Os espaços profissionais, antes bastante delimitados, passam por uma revisão profunda que foge totalmente ao mapeamento tradicional (PRADO FILHO, 2003), levando à construção de novas formas de carreiras (SCHEIN, 1996).
As mudanças no modo de produção, nos mercados e nas tecnologias nos últimos cem anos foram certamente incríveis, entretanto, seguiram um direcionamento já estabelecido no início do século XX. A globalização ocorreu, fundamentalmente, pelo desenvolvimento das tecnologias de informação, comunicação, transporte e produção em função da microeletrônica e do aumento da automação, bem como pelo cenário social, político e econômico nos últimos trinta anos (LISBOA, 2002; LASSANCE; SPARTA, 2003). Scholte (2000, citado por SHAW, 2001) conceitua a globalização como o conjunto de transformações nas esferas social, política e econômica das últimas décadas cujos desdobramentos na geografia social são marcados pelo crescimento dos espaços supra territoriais. As principais conseqüências desse início de momento pós-industrial do capitalismo são a integração e a interdependência política e econômica cada vez maior entre os países, regiões e continentes.
Acontecimentos no outro lado do mundo podem ser acompanhados online e em tempo real. A economia globalizada permite novos avanços culturais, sociais e tecnológicos. Vemos hoje um mundo globalizado e repleto de interdependências, cuja sociedade da informação já foi superada pela sociedade do conhecimento. Nesse novo contexto do qual o adolescente é sujeito ativo, os meios de telecomunicação transmitem informação ao redor do planeta, divulgando o capitalismo e seus produtos. Com isso, percebemos mudanças de valores, nos laços sociais e nos modos de subjetivação (GAREGA, 2004; COHENDOZ, 1999).
A globalização trouxe consigo mudanças tecnológicas e no mercado financeiro, a emergência do mercado internacionalizado, competição internacional, novas estratégias de negócios e novas formas de racionalizar a produção através de novas práticas de gestão, e o aumento de investimento estrangeiro direto nos mercados nacionais. É prudente observar as mudanças com um olhar crítico, já que oferecem aos trabalhadores, organizações e países tanto oportunidades quanto desafios para os quais devem se adaptar.
No final do século passado e início do século XXI, as organizações brasileiras enfrentaram e ainda se deparam com um novo contexto caracterizado pela inovação tecnológica, pelos novos paradigmas de gestão, pelas mudanças profundas no campo da informação e do conhecimento e da emergente demanda por uma educação voltada para qualificar o trabalhador para o mercado de trabalho em transformação. Como o Brasil abriu suas portas recentemente para o mercado internacionalizado, muitas mudanças estruturais e conjunturais são necessárias para a adequação de nossa produção para o contexto que agora se apresenta.
Pela pluralidade de “economias” vigentes no país (SODRÉ, 1980; FREITAG, 1985), o Brasil encontra dificuldades para o ingresso nos novos espaços sócio-político e econômico da geografia globalizada. Nosso capitalismo avança devagar, aproveitando as brechas encontradas para avanços mais rápidos. Como efeito da globalização e, sobretudo, da introdução de novas TICs (tecnologias de comunicação e informação), BERGAMINI (1998) lembra que o redesenho das organizações impôs a eliminação de um grande número de cargos para aumentar as condições de produção, senão de sobrevivência das organizações. Na tentativa de se adaptar ou mesmo sobreviver num cenário tão instável, um novo perfil profissional e organizacional surge (MAROCHI, 2002). Os novos modelos desenvolvidos pela administração científica do trabalho (toyotista e volvista) buscam um paradigma mais sistêmico e integrado para entender as organizações no cenário atual – mais competitivo, complexo, flexível, ao qual autocontrole, capacidade de aprendizagem e autogestão e criatividade do trabalhador são características cruciais.
O ritmo das mudanças e os efeitos do avanço tecnológico sobre a reestruturação produtiva cresceram exponencialmente nas últimas décadas. O ciclo de mudança que levava até trinta anos para acontecer, hoje se dá em pouco mais de seis meses. As mudanças são bastante visíveis e ocorrem também nos ambientes de trabalho (MENEGASSO, 1998). Assim, as mudanças no mundo do trabalho exigem transformações no sistema de ensino, na política, na economia e no paradigma de gestão das organizações. As exigências do mercado de trabalho de capacidade para ser criativo, para lidar o com o novo, o inesperado, o imprevisível, para trabalhar em equipes e se atualizar constantemente, para julgar, discernir, intervir propor soluções e resolver problemas, vão de encontro à atual realidade educacional e administrativa brasileira. Isso exige uma mudança radical e definitiva com o paradigma predominante historicamente nas organizações de nosso país.
O capitalismo contemporâneo imprimiu profundas mudanças estruturais e culturais nas últimas décadas. Com a abertura da economia brasileira conduzida no começo da década de 1990 nos governos de Fernando Collor, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, as organizações brasileiras não estavam preparadas para o ambiente competitivo internacional e a invasão de produtos importados com preços competitivos. As empresas precisaram se adequar à nova realidade que demandou novas formas de gestão e melhor qualificação do trabalhador, entre outros aspectos.
Novidades em ALPHA: Sphere
quarta-feira, 7 de maio de 2008
Brasileiros preferem a experiência: 66% dos executivos se mudariam para a Argentina sem problemas
Novas perspectivas: globalização e política
Em 1936, a Alemanha sob comando do Führer nazista também teve a oportunidade de se mostrar ao mundo. Calma, não quero colocar os chineses na mesma gaveta que o execrável nacional socialismo alemão. Na verdade, quero separar o joio do trigo no que tange repercussões vindouras na política internacional e refletir o que pode nos aguardar dentro em breve.
A Alemanha foi um país nascido do esforço de alguns bem intencionados pensadores que resolveram unir reinos antes separados. Para tanto, costuraram politicamente uma república, cortaram terras com um sistema logístico de dar inveja e investiram pesado em educação. Outros países asiáticos também fizeram semelhante investida no período pós II Guerra e atualmente colhem frutos maduros de tais ações, como os casos de Japão, Coréia do Sul e da tardia China. Bem... dizem que antes tarde do que nunca!
O que será do mundo diante deste novo cenário geopolítico?
Geralmente (palavra que aprendi logo que comecei a trabalhar na World Study), quando uma nova potência surge, a que antes estava no poder sente-se ferida e parte para o ataque. O interessante é que atualmente a crise do subprime atingiu o flanco dos EUA e ainda não temos certeza das conseqüências disto somado à queda do dólar frente várias moedas e à alta do petróleo. Previsões afirmam que o dólar deve fechar o ano em torno de R$ 1,20 e o barril de petróleo será negociado na virada de 2009 para 2010 em US$ 200. Os EUA já não estão tão fortes como alguns anos atrás e a China ainda não sabe o que fazer diante da situação de abertura dos mercados e controle ditatorial severo da circulação de informações e da governança de sua imensa população.
Cavalos não são zebras...
Nos anos 1980 e 1990, se você listasse maravilhas do mundo moderno, milionários, empresas de sucesso e artistas com vendagem extraordinária, a maioria dos apontados ou seriam americanos ou morariam nos EUA. Hoje o cenário é bem diferente. Países emergentes possuem empresas que se destacam mundialmente (Inbev, Tata, ArcelorMittal, Petrobras, entre tantas outras), acolhem milionários que ganham com a economia globalizada e inovam em suas áreas de atuação. O domínio norte-americano, só comparável no mundo ocidental ao império romano, manteve nos últimos 20 anos incontestável e inabalável dianteira. Contudo, essa soberania global é dia-a-dia contestada. Apesar da unipolaridade política e militar com o fim da guerra fria, outros aspectos – tais como industrial, financeiro, social e cultural – revelam diferentes tipos de capitais mudando de mãos.
Analistas americanos já começaram a falar numa era “pós-EUA”. O país que na última década perdeu posições em várias listas de top 10 (você pode escolher a categoria!) já não fascina a população média de suas antigas áreas de influência. O aumento do poder político das nações, economias aquecidas em países em desenvolvimento, melhoria no poder de compra e acesso a serviços e produtos a grupos de média e baixa renda fizeram com que as pessoas voltassem mais sua atenção para questões regionais bem como para as globais. A globalização, também, produziu um movimento contrário aos produtos massificados que distribuiu num primeiro momento. Tais produtos foram absorvidos e adaptados ao gosto local. Em contrapartida, movimentos de reafirmação cultural reforçaram aspectos da identidade cultural local, num esforço de manter coesa a identidade dessas pessoas.
E eu com isso!?
Bem, o mundo já não é mais o mesmo lugar de antes. O mercado de trabalho local cedeu espaço a um que abrange qualquer profissional que tenha a qualificação necessária e que cobre menos pela mesma atividade. O dinheiro que financia a produção troca de mãos na medida da velocidade dos processadores de nossos computadores, ou seja, acelera exponencialmente de tempos em tempos.
Se nosso país não investir em políticas educacionais pertinentes, logo teremos parte de nossa população defasada na disputa por trabalho num mundo globalizado. Entretanto, nosso governo ainda parece viver da colonial exportação de commodities ao invés de investir no desenvolvimento de capital intelectual e exportação de tecnologia e serviços com alto valor agregado.
domingo, 4 de maio de 2008
O mundo não é plano
sábado, 3 de maio de 2008
Você se lembra do Homem de Ferro?
sexta-feira, 2 de maio de 2008
Notícias Interpersona
Sphere: Related Content
Sugestões de leitura sobre amizade para os cientistas de plantão
Adams, G., Plaut, V. C. (2003). The cultural grounding of personal relationship: friendship in North America and West African worlds. Personal Relationship, 10 (3), 333-347.
Allan, G. (1998). Friendship and the private sphere. Em: R.G. Adams e G. Allan (org.). Placing friendship in context (pp. 71-91). Cambridge: Cambridge University Press.
Bertrera, E. M. (2005). Mental health in U.S. adults: the role of positive social support and social negativity in personal relationships. Journal of Social and Personal Relationships, 22 (1), 33-48.
Chan, D.K-S., Cheng, G.H.L. (2004). A comparison of offline and online friendships qualities at different stages of relationship development. Journal of Social and Personal Relationships, 21 (3), 305-320.
Feld, S., Carter, W.C. (1998). Foci of activity as changing contexts for friendship. Em: R.G. Adams e G. Allan (org). Placing friendship in context (pp. 136-152). Cambridge: Cambridge University Press.
Garcia, A. (2005a). Relacionamento interpessoal: uma área de investigação. Em: A. Garcia (org.). Relacionamento interpessoal: olhares diversos (pp. 7-27). Vitória, ES: UFES/PPGP.
Garcia, A. (2006b). Personal relationships research in South America – An overview. Em: A. Garcia (org.). Personal relationships: international studies (pp. 78-97). Vitória, ES: UFES / Núcleo Interdisciplinar para o Estudo do Relacionamento Interpessoal.
Hinde, R. A. (1979). Towards Understanding Relationships. London: Academic Press.
Hinde, R. A. (1987). Individuals, Relationships and Culture: Links between Ethology and the Social Sciences. Cambridge: Cambridge University Press.
Hinde, R.A. (1997), Relationships: a dialectical perspective. Hove, UK: Psychology Press.
Hinde, R. A., Groebel, J.(Eds). (1991). Cooperation and Prosocial Behaviour. Cambridge: Cambridge University Press.
O’Connor, P. (1998). Women’s friendships in a post-modern world. Em: R.G. Adams e G. Allan (org.). Placing friendship in context (pp. 117-135). Cambridge: Cambridge University Press.
Pereira, F.N., Garcia, A. (2007). Amizade e escolha profissional: influência ou cooperação? Revista Brasileira de Orientação Profissional, 8(1), 71-86.
Schütze, Y. (1996). Relationships between adult children and their parents. Em: A.E. Auhagen e M. Von Salisch (org.) The diversity of human relationships (pp. 106-119). New York: Cambridge University Press.
Tsai, M.-C. (2006). Sociable resources and close relationships: intimate relatives and friends in Taiwan. Journal of Social and Personal Relationships, 23, (1), 151-169.
Amizade e novas arquiteturas para os relacionamentos no século XXI
A sociedade tem passado por mudanças radicais desde o início da Revolução Industrial. A migração do meio rural para as cidades, a aglomeração da gente nas metrópoles e a procura por melhores condiçõees de vida e trabalho imprimem na sociedade uma nova arquitetura que aponta cada vez mais na contemporaneidade novas formas de nos relacionarmos com aqueles que nos cercam.
A necessidade de procurar por cenários mais favoráveis para viver, seja por motivos de trabalho ou outros, nos leva, às vezes, para longe de nossas famílias. Essa separação da família estimulada pela "meritocracia" moderna quebra o status da hierarquia familiar tradicional, mudando as responsabilidades frente à família para ir ao encontro da necessidade de preparação para o mercado de trabalho. Aí observamos uma migração de uma perspectiva mais coletivista ou familiar para uma perspectiva individualista fomentada pelo sistema capitalista. A famíia pode passar, assim, a um papel secundário em favorecimento da escolha pessoal e do desenvolvimento individual.
Por uma ciência dos relacionamentos interpessoais
Os estudos dos relacionamentos interpessoais abarcam hoje uma gama de abordagens teóricas muito ricas, relacionadas a diversas ciências que convergem de forma transdisciplinar para compreender esse fenômenos sociais. Quero reafirmar perante vocês minha simpatia pela viés adotado por Robert Hinde, cientista que dedicou sua vida à construção de uma ciência do relacionamento interpessoal. Hinde refere-se a uma rede de fatores que se correlacionam num sistema com múltiplos níveis, incluindo também a estrutura sócio-cultural e os fatores ambientais. Todos estes níveis afetam-se mutuamente de forma dialética. Esse autor ainda destaca a importância de se partir de uma ampla base descritiva para o estudo dos relacionamentos tendo como alvo a busca de princípios subjacentes aos aspectos observados.
Quem são nossos amigos?
As amizades sofrem a influência de diversos fatores desde o ambiente físico até a estrutura sócio-cultural. Viver em uma sociedade altamente urbanizada leva à necessidade de novos tipos de relacionamentos. Durante a adolescência, a intimidade, provida anteriormente pela família, passa cada vez mais a ser complementada pelos pares e amigos. Os amigos são, geralmente, aqueles com os quais compartilhamos certas similaridades, inclusive idade, gênero, etnia, religião, nível sócio-econômico-cultural e atividades. Essa similaridade é maior entre amigos mútuos do que entre amigos unilaterais (quando um dos indivíduos não considera o par como amigo reciprocamente) ou não amigos. Apesar de a amizade ser considerada um relacionamento voluntário, ela não deixa de fazer parte de um contexto social e cultural. As amizades não se baseiam em parentesco ou consangüineidade e o compromisso estabelecido entre as partes está enraizado na confiança, na lealdade, em atividades compartilhadas, em companheirismo e na interdependência de ambas as partes.
Além de a amizade ser social e historicamente contextualizada, ela possui algumas características fundamentais que podem ser encontradas em diferentes contextos sociais e culturais: a amizade é diádica, pessoal, informal e mútua, sustenta-se em emoção positiva, consideração, voluntariedade, apego e ausência de sexualidade exacerbada. Amigos tendem a se esforçar para providenciar apoio quando necessário. Segundo Hinde, os amigos afirmam reciprocamente suas identidades e as expectativas de confiança e de apoio são centrais nessa forma de relacionamento. Podemos listar algumas necessidades geralmente supridas por amigos: auxiliar a pessoa na manutenção de uma auto-imagem valorizada e de competência; expressar e reconhecer os atributos mais importantes do amigo; estimular a auto-elaboração positiva; ser confiável e confiante; e, cooperar e dar apoio no que se refere às necessidades cotidianas. A amizade ainda inclui auto-revelação, confiança e reciprocidade. Atividades e interações em grupo influenciam a díade e vice-versa. Além disso, as pessoas tendem a ter amizades com aqueles que lhes são similares em idade, gênero, grupo étnico, atributos físicos e preferências por atividades profissionais e recreacionais.
Amigos de fé, irmãos, camaradas
Ontem descobri duas edições de Vida Simples (outubro e novembro de 2005). Ambas com reportagens sobre amizade. E lendo esses textos na manhã de hoje me fizeram lembrar de vários queridos amigos que tenho guardados no meu coração. Amigos queridos apesar das distâncias, amigos apesar de algumas diferenças; amigos vêm e vão. Amigos porque gostamos um do outro e queremos ser amigos. A amizade é voluntária. Diante de nossos amigos podemos ser quem realmente somos e sermos compreendidos. Ter amigos faz bem para a saúde, para o coração e para a alma. Sem vocês meus queridos amigos, seria um ninguém. Obrigado por tudo que fizeram e fazem por mim. Obrigado por compartilharmos momentos memoráveis, confidências inenarráveis e emoções inexplicáveis.